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segunda-feira, 16 de junho de 2025

Cenas do fim do mundo: vida individual e ação política

Há alguns dias notei que o ator Lázaro Ramos anda sumido, mas eu não tenho televisão e não acompanho noticiário de celebridades, podia estar enganado. Hoje vi essa notícia abaixo, que não pode ser compartilhada, mas pode ser lida no link. Reproduzo aqui porque é uma questão importante do mundo globalizado: a relação entre a vida individual e a situação geral da espécie humana e da Terra. O que aconteceu com o ator é o que acontece silenciosamente com todos nós que acompanhamos as notícias do mundo e do Brasil e olhamos a nossa cidade quando andamos nas ruas.

Os idiotas não sofrem com o que está acontecendo e até justificam e promovem as atrocidades, os conscientes sofrem. É comum que aqueles que protestam por causas gerais ajam na vida pessoal de forma contrária ao que dizem defender. O genocídio dos palestinos por um povo que sofreu genocídio é um terror que mobiliza ativistas, o genocídio dos pretos no Brasil pelas polícias não mobiliza. O que indivíduos podem fazer para melhorar o mundo? Eis a questão. Quando a ação se dá em torno de instituições, como partidos e outras, torna-se política e política é negociação, é falsidade, aparência, dinheiro, corrupção, interesses e coisas assim. O controle dos judeus sionistas sobre a comunicação mundial é impressionante, o controle dos banqueiros sobre a comunicação brasileira, também. O filme de um banqueiro que denuncia a ditadura militar ganhou Oscar, mas o cineasta não fala do Brasil contemporâneo, dos 99,99% dos brasileiros que os juros bancários mantêm na pobreza e na miséria. Sofrer pelo mundo e fazer o quê? E as vidas dos pobres e miseráveis que já são tão sofridas? E as vidas individuais de luxos dos ricos e célebres hipócritas que protestam? Coerência entre vida individual e vida social, ação política consequente e radical: acho difícil salvar o Homo sapiens (por sinal, o grande escritor e judeu sionista israelense Yuval Harari se cala criminosamente sobre o genocídios dos palestinos) e a Terra de outra forma que não esta. Tudo nesse cenário do fim do mundo é muito contraditório.

'Meu corpo parou e eu me vi adoecido': o desabafo de Lázaro Ramos na Bienal 

Filipe Pavão De Splash, no Rio 15/6/2025 22h52 

Lázaro Ramos, 46, relembrou o episódio de burnout que teve em 2024 e fez um desabafo hoje, durante a Bienal do Livro, no Rio. Compartilhou uma confissão particular sobre adoecimento emocional recente, causado por um período intenso de trabalho, como revelou anteriormente, e por absorver as "dores do mundo" – em especial, as que atingem as pessoas negras. "Uma das coisas que me fez adoecer no ano passado foi porque estava ouvindo os problemas das pessoas, do mundo e eu processava como se fosse comigo. Eu tinha sensações físicas, mentais, pensamento… Não conseguia distinguir um pensamento do outro. Eram quatro coisas ao mesmo tempo."

https://www.uol.com.br/splash/noticias/2025/06/15/meu-corpo-parou-e-eu-me-vi-adoecido-o-desabafo-de-lazaro-ramos-na-bienal.htm