Nem um nem outro. Ainda sobre o debate muito informativo entre o trotskista Gustavo Machado e o stalinista Breno Altman, cujo vídeo compartilhei abaixo, quero dizer que não faz nenhum sentido ressuscitar Stalin em 2025, assim como os trotskistas precisam compreender que, passados 85 anos do assassinato de Trotski a mando do Stalin, o programa do grande revolucionário russo pertence à história. A revolução socialista no século XXI passa pela liderança do enfrentamento da destruição ambiental que ameaça as condições de vida na Terra e a sobrevivência da espécie humana. É o capitalismo que faz isso, como fazia em 1917. Os marxistas, sejam eles leninistas, trotskistas, stalinistas ou de qualquer outra corrente, precisam ser capazes de se unir e liderar movimentos revolucionários nacionais populares, começando pelos trabalhadores organizados, em qualquer categoria, juntando a eles os cada vez maiores exércitos de trabalhadores desorganizados, os "empreendedores" do próprio trabalho, em torno de um projeto ao mesmo tempo nacional e internacional que seja uma alternativa concreta ao avanço do neoliberalismo de extrema direita que representa a barbárie capitalista. Um socialismo que ofereça segurança social, emprego, salário, previdência, saúde e educação pública, moradia, transporte de qualidade, esportes, lazer e um programa urgente de contenção da destruição ambiental e do uso de combustíveis fósseis, de agrotóxicos e armas de destruição em massa. Tudo bancado pelo Estado controlado pelos trabalhadores, com o dinheiro que hoje vai para os bilionários, o "capital". E a união dessas forças nacionais para colaborarem entre si e enfrentarem a ameaça das mudanças climáticas e construírem o socialismo mundial. É disso que se trata. Ou o socialismo se torna um projeto dos trabalhadores em todo o mundo ou os bilionários capitalistas da extrema direita neoliberal vão levar a espécie humana à catástrofe ambiental, destruição nuclear e autoextinção. Em outras palavras, os trabalhadores do século XXI precisam se mostrar capazes de liderar a humanidade na luta contra sua autoextinção, apresentando um projeto próprio alternativo ao capitalismo neoliberal de extrema direita, e os marxistas precisam ser capazes de apontar esse caminho para os trabalhadores, organizá-los, liderá-los. Marxismo, hoje, é isso.
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