domingo, 21 de julho de 2019

Alimentos vendidos como saudáveis mas que são venenos

Pão de forma integral, iogurte com sabor, peito de peru, gelatina, barra de cereais. Quase tudo que é industrializado e está nas prateleiras dos supermercados, em belas embalagens, atraente, pedindo: me compra. Quem entende de alimentação chama isso de lixo. E a gente sabe. Me engana que eu gosto. Que comer alimento saudável? Come frutas e verduras. Come orgânicos.
Jornal de domingo.

Como identificar os alimentos que parecem saudáveis, mas não são 

Renata Turbiani De São Paulo para a BBC News Brasil

Nem tudo é o que parece ser. Essa máxima vale para muitas coisas, inclusive para a alimentação, já que diversos produtos que parecem ser saudáveis nem sempre o são. Alguns exemplos clássicos são barras de cereal, cereais matinais, sucos prontos, pães de forma, mesmo os integrais, iogurtes (com exceção dos naturais), gelatina e peito de peru.

Presentes em vários cardápios, esses e tantos outros itens com "cara de nutritivos", na verdade, entram em uma categoria alimentar um tanto perigosa, a dos ultraprocesados, que, inclusive, nem existia até pouco tempo.

Ela só passou a ser efetivamente considerada em 2014, com a publicação da segunda edição do Guia Alimentar para a População Brasileira, do Ministério da Saúde, e a adoção do sistema de classificação alimentar NOVA, elaborado pelo Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde (Nupens), da Universidade de São Paulo (USP).

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Açúcar é veneno e provoca câncer, como cigarro. E já sabemos disso há séculos

Jornal de domingo.
Mais sobre a estúpida espécie humana. E não é só o açúcar, são os agrotóxicos que colocamos nas nossas comidas, a carne de bichos envenenados e maltratados, os conservadores, o sal, os óleos e todo esse lixo caro com o qual nos alimentamos. Tudo de que precisamos para viver saudáveis -- inclusive o açúcar -- está na natureza, mas nós estamos destruindo a natureza, envenenando a terra, as águas, o ar para ganhar dinheiro, para enriquecer, acumular e... ir à Lula, um corpo sem água, sem plantas, cujo ar não podemos respirar. É isso o símbolo do progresso.

Está na hora de tratarmos o açúcar como lidamos com o tabaco? 

Fernanda Bassette De São Paulo para a BBC News Brasil

Não é de hoje que observamos que a população brasileira está cada vez mais gorda -- o índice de obesos cresceu 42% em uma década (entre 2007 e 2017), segundo os dados mais recentes do Ministério da Saúde, enquanto o índice de fumantes caiu 40% no mesmo período.

Entre as razões apontadas por pesquisadores para o aumento da obesidade estão o excesso de consumo de açúcar, especialmente aquele adicionado às bebidas açucaradas e aos produtos ultraprocessados, cada vez mais presentes na mesa dos brasileiros. São alimentos que contêm mais sal, mais açúcar, mais gordura, além de uma série de aditivos e conservantes cujo real efeito sobre a saúde ninguém sabe precisamente.

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Não é incrível que haja bilhões para o programa espacial, mas falte para acabar com a fome e reduzir desigualdades?

Jornal de domingo.
A humanidade é uma espécie alienada, que quer alcançar o espaço enquanto destrói o planeta em que vive, que investe sua riqueza num programa espacial enquanto bilhões passam fome.

Da BBC Brasil.

O ambicioso plano da Nasa de voltar à Lua até 2024 e criar uma estação espacial na órbita do satélite

Em 2017, o presidente americano Donald Trump aprovou uma diretriz para levar astronautas americanos de volta à Lua e para "outros destinos". A Nasa disse que o objetivo é fazê-lo até 2028. Mas recentemente o governo pediu que a agência espacial americana reduza o prazo para 2024,

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segunda-feira, 15 de julho de 2019

Vazamentos confirmam os interesses privados da larva jato

Os últimos vazamentos publicados pelo The Intercept Brasil e pela Folha de S. Paulo (matéria reproduzida abaixo) são um escândalo aceito pela sociedade brasileira. Há pessoas que se indignam e autoridades que os barram, como aconteceu há mais tempo com o então juiz Sérgio Moro, mas em geral são sabidos por todos e aceitos pelas autoridades fiscais.
O então juiz queria trabalhar como auxiliar da ministra do STF Rosa Weber, em Brasília, e continuar lecionando na Universidade Federal do Paraná. Pediu para suas aulas serem transferidas para sábado, assim -- alegou -- trabalharia durante a semana em Brasília e uma vez por semana em Curitiba, acumulando dois empregos públicos federais excelentemente remunerados. O Conselho Universitário da UFPR negou seu pedido, ele apelou em todas as instâncias possíveis e perdeu. Argumentava que seria ótimo para a universidade e seus alunos terem um professor no STF. Revoltou-se, mas teve de aceitar e não pôde pegar a boquinha no STF.
O caso foi contado na imprensa, mas não teve repercussão, porque Batmoro já tinha sido escolhido como herói da classe média falsa moralista. Para mim foi revelador do caráter do herói macunaíma e desde então sei que ele não combatia corrupção nenhuma, que seus objetivos eram políticos. Como pode combater a corrupção quem é capaz de um ato corrupto que não considera corrupção? Acumular dois dois empregos públicos excelentemente remunerados e trabalhar em duas cidades ao mesmo tempo? Que trabalhador normal é capaz disso? Nem em empresa privada, só no serviço público, com conivência dos superiores, o que nessa caso, não aconteceu. Se quisesse servir de fato o público, Batmoro poderia abrir mão do emprego de professor universitário e uma vez e periodicamente dar palestras para seus ex-alunos curitibanos -- poderia até cobrar, o que seria menos imoral. Mas perder dinheiro e privilégios ela não queria (aliás, gostaria de saber o que ele fez com o emprego, agora que é ministro).
Agora os vazamentos da larva jato mostram que Robingnoll tratou e trata da mesma forma seu emprego público, como emprego, como meio para ganhar dinheiro e fama, não para servir o público que paga seus salário. E não paga pouco: R$ 300 mil por ano. É de praxe no Brasil, nos altos escalões. Com as palestras sobre a larva jato, porém, ele ganhava mais, R$ 400 mil. É o "por fora". E, se não usou, pretendia usar sua mulher como laranja, como sócia da empresa que na verdade era dele. Em suma, ele fez e faz o que denuncia e acusa, nos réus da larva jato, para depois Batmoro condenar e mandar para a cadeia.
Enquanto Robingnol faturava uma grana, empresas quebravam, milhões de brasileiros eram jogados no desemprego, o pré-sal era entregue aos estrangeiros, a democracia ia para o buraco. Vestido de verde-amarelo destruía a pátria e defendia seus interesses pessoais. Para essa gente nunca há crise, não há desemprego, não há atraso de salário, não há perda de privilégios.
Quem acreditou nas boas intenções da larva jato e no heroísmo de Robingnol e Batmoro ou é ingênuo ou mal intencionado. Acredito mais na última opção, porque brasileiro é muito maldoso para ser ingênuo, e se não viu foi porque não quis. Os de fato ingênuos há, mas são bem poucos.
Como disse, a sociedade brasileira de forma ampla aceita as espertezas praticadas por Robingnol usando o serviço público em proveito próprio e grande parte dos funcionários de alto escalão pratica o mesmo. Formam as castas dos serviços públicos jamais atingidas por crises de recursos do Estado -- agora mesmo saíram ilesas da reforma que acabou com a aposentadoria dos pobres.
E a esquerda não ataca o problema, o PT governou 13 anos e não mudou isso. Em geral, quando a oposição chega ao governo pensa que é sua vez de se locupletar. E a coisa se perpetua. Contra essa corrupção aceita só há dois remédios: a punição exemplar e o corte de privilégios. Quem vai fazer isso? Só o povo, quando se tornar consciente do seu poder e de fato participar do governo, com seus eleitos.

The Inrtecept Brasil
'400k'
Deltan Dallagnol usou fama da Lava Jato para lucrar com palestras e livros
Amanda Audi, Leandro Demori
14 de Julho de 2019, 2h03
Em parceria com Folha de S. Paulo
As mensagens secretas da Lava Jato
Parte 10
Chats privados mostram que procurador debateu com colega a criação de empresa no nome de familiares.

O procurador da República Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Lava Jato, montou um plano de negócios para lucrar com eventos e palestras na esteira da fama e dos contatos conseguidos durante a operação, mostram mensagens obtidas pelo Intercept e analisadas em conjunto com a equipe da Folha de S.Paulo.
Em um chat sobre o tema criado no fim de 2018, Dallagnol e um colega da Lava Jato discutiram a constituição de uma empresa na qual eles não apareceriam formalmente como sócios, para evitar questionamentos legais e críticas. A ideia era usar familiares.
Os procuradores também cogitaram a criação de um instituto sem fins lucrativos para pagar altos cachês a eles mesmos, além de uma parceria com uma firma organizadora de formaturas para alavancar os ganhos do projeto.

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sábado, 13 de julho de 2019

Para entender Tábata Amaral

The Intercept Brasil
Joga pedra na Tabata
De prodígio a ‘traidora’: Tabata Amaral foi o voto mais pesado a favor da Reforma da Previdência

Amanda Audi
12/7/19

A deputada federal Tabata Amaral estava visivelmente cansada durante a sessão de votação da Reforma da Previdência na Câmara dos Deputados, na quarta-feira. Ao contrário do que costuma fazer, pouco ficou no plenário e evitou contato com colegas. A deputada vinha de um longo processo de embates dentro do próprio partido, o PDT, em que o tom subiu a ponto de ela ser ameaçada de expulsão. Tabata votou a favor da reforma, e o PDT decidiu, há meses, que votaria contra. O projeto foi aprovado em primeiro turno na Câmara.

No dia anterior, em uma reunião da bancada do partido, o presidente Carlos Lupi havia deixado clara a sua posição. “Que bom que estamos reunidos”, disse ele, segundo duas pessoas que estavam presentes me contaram. “Vamos guardar com carinho esse momento porque pode ser a última vez que estaremos juntos com essa formação”. Tabata Amaral estava lá e sabia que o recado era para ela. Ainda assim, reafirmou sua posição.

Lupi ouviu. Depois, virou a madrugada tentando convencer outros parlamentares que também queriam votar a favor da reforma. Também durante a tarde, ela divulgou nas redes sociais um vídeo dizendo que seu voto era “com consciência, não um voto vendido” e um compilado dos argumentos que justificaram sua posição. “Ser de esquerda não pode significar ser contra um projeto que pode tornar o Brasil mais inclusivo e mais desenvolvido”, justificou no vídeo. Ela defende mudanças no regime de aposentadorias de servidores públicos, mulheres e professores.

(...)

A novata no Legislativo é fruto de dois programas suprapartidários que lhe concederam bolsa financeira e treinamentos de liderança em 2018: o RenovaBR e o Programa de Lideranças Públicas Lemann/RAPS. Este último é bancado pela fundação do segundo homem mais rico do Brasil, Jorge Paulo Lemann. Ela também faz parte do Movimento Acredito, que ajudou a fundar. Os três grupos pregam a renovação política e se dizem apartidários. Os integrantes são de variados espectros políticos, mas têm como compromisso cumprir princípios como transparência e redução de gastos do mandato.

Clique AQUI para ler a íntegra no original.