The Intercept Brasil continua fazendo história e devolvendo ao jornalismo brasileiro, que deteriorou nas últimas três décadas de forma acelerada, embora com altos e baixos, e vertiginosamente no último quinquênio, o que ele tem de fundamental: informação, independência, imparcialidade, respeito ao leitor, compromisso com a verdade.
Neste texto publicado há dois dias, o saite analisa o comportamento da imprensa brasileira e faz uma afirmação animadora.
A quem interessa a narrativa dos 'hackers criminosos' na #VazaJato?
Por Leandro Demori e Glenn Greenwald, The Intercept Brasil, 17/6/19
Durante cinco anos, a Lava Jato usou vazamentos e relacionamentos com jornalistas como uma estratégia de pressão na opinião pública. Funcionou, e a operação passou incólume, sofrendo poucas críticas enquanto abastecia a mídia com manchetes diárias. Teve pista livre para cometer ilegalidades em nome do combate a ilegalidades. Agora, a maior parte da imprensa está pondo em dúvida os procuradores e o superministro.
Mas existe uma força disposta a mudar essa narrativa. A grande preocupação dos envolvidos agora, com ajuda da Rede Globo – já que não podem negar seus malfeitos – é com o "hacker". E também nunca vimos tantos jornalistas interessados mais em descobrir a fonte de uma informação do que com a informação em si. Nós jamais falamos em hacker. Nós não falamos sobre nossa fonte. Nunca.
Já imaginou se toda a imprensa entrasse numa cruzada para tentar descobrir as fontes das reportagens de todo mundo? A quem serve esse desvio de rota? Por enquanto nós vamos chamar só de mau jornalismo, mas talvez muito em breve tudo seja esclarecido. Nós já vimos o futuro, e as respostas estão lá.
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