Pode
surpreender muita gente, mas grande parte do governo Lula foi dar
continuidade ao plano de obras da ditadura militar, como as
hidrelétricas na Amazônia e o Minha Casa Minha Vida. É um programa
que nasceu na Revolução de 1930, continuou na democracia populista,
ganhou forma e pujança nos anos JK e foi mantido pela ditadura até
a crise que derrubou o “milagre brasileiro” e mais tarde o
próprio governo militar. Chama-se “desenvolvimentismo”. É o
ideal de todos os governos brasileiros e o governo Lula foi o que lhe
deu maior impulso. A questão é que desenvolvimento no século XXI
precisa considerar sempre como ponto de partida o meio ambiente,
coisa que os governos petistas ignoraram, assim como habitação não
pode ser atender a demanda da construção civil, mas antes de tudo
atender a demanda da população pobre: morar com dignidade em local
que ofereça todos os serviços públicos que os ricos que moram em
bons bairros centrais têm, isto é, acesso a saúde, educação,
transporte, lazer, cultura e segurança. Isso se chama democracia.
A volta do Minha Casa Minha Vida e a política habitacional no Brasil
Aline Pellegrini e Letícia Arcoverde, Nexo Jornal, 14 de fevereiro de 2023 (atualizado 14/2/2023 às 19h48)
Governo Lula relança programa que incentiva produção e aquisição de residências. Iniciativa tem como foco construções subsidiadas para famílias de baixa renda
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva relançou nesta terça-feira (14) o Minha Casa Minha Vida. O programa, que foi substituído pelo Casa Verde e Amarela de Jair Bolsonaro em 2020, volta agora com um novo formato e vai retomar a construção de residências subsidiadas pelo governo. O Durma com Essa resgata a trajetória dos mais recentes programas habitacionais do país, as críticas à primeira versão do Minha Casa Minha Vida e as mudanças na iniciativa.
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