quinta-feira, 2 de fevereiro de 2023

Trabalhadores de todo o mundo, uni-vos pela redução da idade de aposentadoria!

Centrais sindicais protestam contra reforma da previdência do governo Emmanuel Macron

Absurda como tudo no capitalismo, a reforma da Previdência que políticos de esquerda, cientistas políticos, economistas, analistas, jornalistas e até dirigentes sindicais acham normal. Estão todos comprometidos até a medula com o sistema. Deveriam estar lutando pela redução da idade de aposentadoria, assim como pela redução da jornada de trabalho. A vida é pra viver, não é para trabalhar! Que fique bem claro: as pessoas que defendem o aumento da idade da aposentadoria não trabalham! São todos uns sanguessugas dos trabalhadores, vivem do trabalho alheio, de privilégios do Estado, de rendas, de lucros, do capital. E vêm com esse discurso hipócrita de que a Previdência está falida, na França, no Brasil, em toda parte.

Os trabalhadores querem viver como eles, ganhando sem trabalhar. Aposentadoria não tem nada a ver com tempo de contribuição nem com valor de contribuição. Não existe meritocracia na aposentadoria. Aposentadoria é direito humano de quem chega a determinada idade e não quer mais trabalhar. Os ricos, os capitalistas, os proprietários já nascem assim, nunca precisaram trabalhar. Nós, os escravos modernos, que não temos capital nem propriedades, trabalhamos para eles. Só imbecis podem pensar que são donos de terra, da Terra! Só imbecis podem pensar que a riqueza é produzida pelo capital, pelo investimento, pela "aplicação dos lucros em atividades produtivas, com risco". Assim como a terra não tem dono, não pode ter, porque é da natureza, a riqueza é produzida pelo trabalho e deve voltar para todos que produzem, que trabalham, mas o que acontece é exatamente o contrário e todos acham normal: a riqueza vai cada vez mais para as mãos de quem não trabalha, dos ociosos, dos ladrões, dos vagabundos, dos donos do capital. A coisa é simples assim: tirem o dinheiro para custear a previdência dos ganhos do capital! Canalhas! Ladrões! Bandidos! Corruptos! Exploradores! Vão trabalhar, ganhar salário e viver de aposentadoria como os os trabalhadores! Vagabundos!

A greve geral de 2023 na França. E o poder dos sindicatos no país

Marcelo Montanini, Nexo Jornal, 31/1/2023 (atualizado 31/1/2023 às 23h05)

Trabalhadores protestam contra a reforma da previdência de Macron. Centrais sindicais ajudam a organizar atos, mas adesão da população tem outras raízes

Foto: Gonzalo Fuentes/Reuters 31/1/2023

Centrais sindicais protestam contra reforma da previdência do governo Emmanuel Macron

A França voltou a viver uma greve geral por causa de uma proposta de reforma da previdência do presidente Emmanuel Macron, três anos depois de enfrentar grandes paralisações. Pelo menos 1,3 milhão de pessoas, de acordo com o Ministério do Interior francês, ou 2,8 milhões, segundo as centrais sindicais, marcharam nesta terça-feira (31) contra a reforma em diversas cidades.

Pela primeira vez em 12 anos, as maiores centrais sindicais da França aderiram, juntas, a uma greve. Estudantes se juntaram a trabalhadores de escolas, transportes públicos, usinas de energia e refinarias, entre outros setores. A primeira greve, em 19 de janeiro, contou com a participação de 1 a 2 milhões de pessoas.

Segundo uma pesquisa da Ipsos, publicada em 18 de janeiro, embora 81% dos franceses considerem necessária uma reforma, 61% rejeitam a proposta apresentada e 65% apoiam o movimento grevista.

As centrais sindicais convocaram novas mobilizações para 7 e 11 de fevereiro, período em que a proposta estará sendo debatida no plenário da Assembleia Nacional, equivalente à Câmara dos Deputados no Brasil. As paralisações seriam uma forma de ampliar a pressão sobre os deputados. Neste texto, o Nexo resume as propostas de reforma de 2019-2020 e a atual e explica o papel dos sindicatos nas mobilizações.

Link para matéria: https://www.nexojornal.com.br/expresso/2023/01/31/A-greve-geral-de-2023-na-Fran%C3%A7a.-E-o-poder-dos-sindicatos-no-pa%C3%ADs