Os atos protagonizados pelo Bozo na tragédia brasileira me fazem pensar no atraso em que se meteu esta nação que poderia ter um destino único e brilhante na história do Homo sapiens, o que não aconteceu porque a qualidade dos nossos políticos, como disse Brizola, é muito ruim. Nos ocuparmos hoje do que fez a escória é o atraso do atraso.
Vivemos paradoxos; a ditadura militar tinha um projeto nacional e os governos democráticos que vieram depois, não. Os militares que implantaram a República, em 1889, eram idealistas e as expressões mais próximas do povo que tivemos, até o governo Lula, os militares de hoje são apenas uma casta privilegiada, que cuida só do seu e foi capaz de apoiar um sujeito que o próprio Exército expulsou dos seus quadros. Um presidente operário, líder sindical, retirante nordestino tornou-se a maior liderança política da nossa época, mas em vez de governar para os trabalhadores, governou e governa ainda para os banqueiros, para os agrotoxiconegociantes, para as mineradoras, para as multinacionais, enfim, para o grande capital internacional. Um partido definido como "dos trabalhadores" tornou-se o principal partido dos capitalistas.
Como partido da ordem, o PT não faz nada para desmontar a tragédia brasileira. Lula presidente não mudou a política econômica do seu antecessor, nos dois primeiros mandatos, e não revogou a reforma trabalhista do golpe nem a política de desmatamento da Amazônia do bozo, para dar exemplos importantes.
Isso não acontece à toa, mas porque o PT virou PC, o partido dos capitalistas e a política dos capitalistas para o Brasil é essa.
A direita quando chega ao poder, faz o que promete e nos impinge atrasos terríveis. E então o PT volta para manter tudo como está, sem mudar o que a direita fez, sem fazer coisas novas, sem dar outro rumo para o país.
Uma direita que faz mais do que promete e uma esquerda que não faz o que se espera dela. E assim vamos andando para trás -- ou para o abismo. Essa é a tragédia brasileira.
Julgamento sobre golpe é marcado para o dia 25; saiba os próximos passos do processo que pode tornar Bolsonaro réu
Ontem (13), o relator do caso no STF, ministro Alexandre de Moraes, liberou os autos para votação da Primeira Turma
Ana Gabriela Sales
Publicado em 14 de março de 2025, 10:38
O ministro presidente da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), Cristiano Zanin, marcou para o dia 25 de março o início do julgamento da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete acusados pela tentativa de golpe de Estado em 2022.
Ao todo, foram convocadas três sessões para análise do caso. As discussões da Primeira Turma irão começar com uma sessão extraordinária, às 9h30, da terça-feira (25). No mesmo dia haverá uma segunda sessão, na faixa tradicional das 14h. Outro encontro extraordinário foi agendado para a quarta-feira (26), às 9h30.