domingo, 19 de fevereiro de 2023

A classe dominante brasileira repensa a Amazônia

No programa Entrelinhas, de 17/2/2023, da TV Cultura de São Paulo, o banqueiro e intelectual João Moreira Sales mostra que a classe dominante brasileira finalmente começa a ver a Amazônia com outros olhos.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2023

'Grande' imprensa servil ao mercado e que se diz liberal pratica censura

A consagração da censura 

Jânio de Freitas, Poder 360, 17/2/2023 

No século 21, ainda há dirigentes de “mídia” – jornalistas profissionais ou não – que se ocupam de sonegar ou enfraquecer certas notícias, possuídos de uma visão patológica. É um vezo paranóico associado à falta de ética. A decisão repressiva parte de quem se imagina, e à sua publicação, com um poder gigantesco de influência sobre o leitor/ouvinte, visto, portanto, como inferior, incapaz de discernimento. A ética profissional e a pessoal, sempre indissociáveis, não convivem com os vezos paranoicos. 

Servilismo político e interesses financeiros tanto se alternam como se confundem na prática desse autoritarismo, vá lá, midiático. Dele vieram, nos últimos dias, 2 casos, exemplares. 

 A sociedade inteira recebe os reflexos dos juros oficiais, que o Banco Central estabelece com a autonomia de que desfruta há exatos 2 anos. A altitude dos atuais 13,75% contrapõe-se aos programas do governo, sobretudo aos sociais que são a sua prioridade. Um impasse complexo. Com mais 2 anos de mandato, Roberto Campos Neto preside o banco na condição de adepto íntimo do bolsonarismo e indemissível. 

O alcance dessa situação irracional, as formas da autonomia e ela mesma suscitaram reações do governo encabeçadas pelo próprio presidente Lula. A indisfarçável oposição majoritária da “mídia” abriu fartos espaços a economistas, políticos e empresários em ataques ao presidente e em defesa do Banco Central tal como está e faz. E daí se iniciou algo tão necessário quanto raro aqui: um debate público. Público em todos os sentidos. 

Clique aqui para ler a íntegra no Poder 360. 

Aqui link para a newsletter da economista Mônica de Bolle sobre o assunto: https://bolle.substack.com/p/episodio-9-a-solucao-para-a-censura?utm_source=podcast-email%2Csubstack&publication_id=904670&post_id=103493280&utm_medium=email#details  

E abaixo, matéria sobre a entrevista do economista André Lara Resende ao Canal Livre que a "grande" imprensa econômica dominada pelo mercado ignorou. 

 


quarta-feira, 15 de fevereiro de 2023

Pobre tem direito a morar com a mesma dignidade do rico

Pode surpreender muita gente, mas grande parte do governo Lula foi dar continuidade ao plano de obras da ditadura militar, como as hidrelétricas na Amazônia e o Minha Casa Minha Vida. É um programa que nasceu na Revolução de 1930, continuou na democracia populista, ganhou forma e pujança nos anos JK e foi mantido pela ditadura até a crise que derrubou o “milagre brasileiro” e mais tarde o próprio governo militar. Chama-se “desenvolvimentismo”. É o ideal de todos os governos brasileiros e o governo Lula foi o que lhe deu maior impulso. A questão é que desenvolvimento no século XXI precisa considerar sempre como ponto de partida o meio ambiente, coisa que os governos petistas ignoraram, assim como habitação não pode ser atender a demanda da construção civil, mas antes de tudo atender a demanda da população pobre: morar com dignidade em local que ofereça todos os serviços públicos que os ricos que moram em bons bairros centrais têm, isto é, acesso a saúde, educação, transporte, lazer, cultura e segurança. Isso se chama democracia.


A volta do Minha Casa Minha Vida e a política habitacional no Brasil

Aline Pellegrini e Letícia Arcoverde, Nexo Jornal, 14 de fevereiro de 2023 (atualizado 14/2/2023 às 19h48)

Governo Lula relança programa que incentiva produção e aquisição de residências. Iniciativa tem como foco construções subsidiadas para famílias de baixa renda

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva relançou nesta terça-feira (14) o Minha Casa Minha Vida. O programa, que foi substituído pelo Casa Verde e Amarela de Jair Bolsonaro em 2020, volta agora com um novo formato e vai retomar a construção de residências subsidiadas pelo governo. O Durma com Essa resgata a trajetória dos mais recentes programas habitacionais do país, as críticas à primeira versão do Minha Casa Minha Vida e as mudanças na iniciativa.

Clique aqui para ouvir a íntegra no Nexo.

O que nos espera

A iniciativa das Nações Unidas mostra a gravidade das mudanças climáticas.

O projeto da ONU para disseminar sistemas de alerta do clima

Lucas Zacari, Nexo Jornal, 14 de fevereiro de 2023 (atualizado 14/2/2023 às 14h18)

Iniciativa quer que até 2027 todos os países consigam proteger população de eventos climáticos extremos com antecedência. Caribe foi primeira região a receber programa

A ONU (Organização das Nações Unidas) lançou em 6 de fevereiro em Barbados, pequeno país insular do Caribe, a Iniciativa de Alerta Prévio para Todos, um projeto que pretende criar sistemas de alerta precoce contra perigos climáticos em todo o mundo até 2027.

O Caribe é a segunda região mais propensa a desastres climáticos do planeta. Apesar disso, apenas 30% dos países filiados à Agência Caribenha de Gerenciamento de Emergências em Desastres possuem sistemas de alerta precoce contra desastres naturais.

Neste texto, o Nexo mostra os principais pontos da iniciativa mundial e como funcionam os alertas no Brasil. 

Clique aqui para ler a íntegra no Nexo Jornal.

Quando a gente pensa que já viu tudo

A realidade supera a ficção. 

Por que russas grávidas estão indo à Argentina para parir

Marcelo Montanini, Nexo Jornal, 14 de fevereiro de 2023 (atualizado 14/2/2023 às 22h29)

Ida de milhares de gestantes a país sul-americano desde início da guerra na Ucrânia acendeu alerta de autoridades, que investigam suspeitas de fraudes em pacotes de ‘turismo de nascimento’

O governo da Argentina identificou a entrada de cerca de 10,5 mil russas grávidas no país desde o início da guerra na Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022. Desse número, 5.819 viajaram nos últimos três meses.

O movimento de gestantes russas levantou a suspeita das autoridades argentinas de que grupos mafiosos estejam lucrando com o chamado turismo de nascimento. Neste caso, a obtenção de um passaporte argentino seria o objetivo principal.

Neste texto, o Nexo resume como funciona o movimento identificado entre Rússia e Argentina, quais fatores o impulsionam e o que as autoridades sul-americanas investigam. 

Clique aqui para ler a notícia completa no Nexo.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2023

Aplausos para Burt Bacharach (12/5/28 - 8/2/23)

Compositor teve canções gravadas por artistas como Dionne Warwick, Aretha Franklin e Tom Jones. Obra ficou marcada por trilhas para o cinema

Foto: Dylan Martinez / Reuters 27/6/15. Burt Bacharach se apresenta no festival de Glastonbury, no Reino Unido.

Burt Bacharach sentado em um piano, tocando de terno e gravata.

O músico Burt Bacharach morreu nesta quinta-feira (9) aos 94 anos. A morte foi confirmada por sua agente Tina Brausam. A causa não foi divulgada. (CORREÇÃO: A MORTE FOI NO DIA 8.)

Bacharach nasceu em 1928 em Kansas City, no estado do Missouri, nos EUA. Ele começou a carreira na música nos anos 1950, quando emplacou seus primeiros sucessos, já em parceria com o letrista Hal David, com quem colaborou por mais de 15 anos.

A fama do músico cresceu ainda mais na década de 1960, quando compôs algumas das canções mais icônicas de sua carreira. Uma delas é “I Say a Little Prayer”, de 1966, cantada por Dionne Warwick e regravada posteriormente por diversos artistas. Warwick foi uma das artistas que mais gravou composições de Bacharach – a lista inclui também Aretha Franklin, Herb Alpert, Tom Jones e o brasileiro Sérgio Mendes.

Segundo levantamento do jornal britânico The Guardian, Bacharach atingiu a lista de 40 músicas mais vendidas 73 vezes nos EUA, e outras 52 vezes no Reino Unido. 

Clique aqui para ler a matéria completa no Nexo.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2023

Os ianomâmis somos nós

 

As análises da sensata Mônica de Bolle são muito boas. Com seu amplo conhecimento, ela mostra que a discussão sobre a taxa de juros é uma discussão política, não é econômica. E que Lula mete os pés pelas mãos ao atacar o BC. O hábil Lula não está sendo habilidoso. "Bater cabeça com o BC não é pragmático, não ajuda, só afunda o Brasil no atoleiro. Nem o BC tem que pressionar o governo nem o governo tem que pressionar o BC a fazer nada. Não é assim que funciona. Nos EUA não é assim, o FED e o governo cooperaram entrei si", explica Mônica, que concorda que a taxa de juros no Brasil está muito acima do que deveria estar. 

O que ela não diz (no finalzinho do vídeo, quase diz), mas escancara, porque é a conclusão óbvia, é que os juros são tão altos porque o capital financeiro manda no Brasil. Manda no BC, manda na Globo, manda na CNN, manda na Folha, manda no Estadão, manda até na piauí!, que é uma revista de banqueiros. E mandava no governo anterior. Tudo na política se resume a quais são os interesses que prevalecem no governo -- e o BC é um instrumento de governo. E Lula e o PT praticam a política do confronto e da polarização, em vez de buscarem a cooperação. 

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2023

Trabalhadores de todo o mundo, uni-vos pela redução da idade de aposentadoria!

Centrais sindicais protestam contra reforma da previdência do governo Emmanuel Macron

Absurda como tudo no capitalismo, a reforma da Previdência que políticos de esquerda, cientistas políticos, economistas, analistas, jornalistas e até dirigentes sindicais acham normal. Estão todos comprometidos até a medula com o sistema. Deveriam estar lutando pela redução da idade de aposentadoria, assim como pela redução da jornada de trabalho. A vida é pra viver, não é para trabalhar! Que fique bem claro: as pessoas que defendem o aumento da idade da aposentadoria não trabalham! São todos uns sanguessugas dos trabalhadores, vivem do trabalho alheio, de privilégios do Estado, de rendas, de lucros, do capital. E vêm com esse discurso hipócrita de que a Previdência está falida, na França, no Brasil, em toda parte.

Música do dia: Caymmi, Dois de Fevereiro