domingo, 29 de abril de 2012

Depois do esquema Veja-Cachoeira, agora o esquema Globo-Cachoeira

Objetivo seria derrubar o governador do Distrito Federal, do PT, para que o vice, do PMDB, assumisse. Como a "grande" imprensa faz o papel de oposição ao governo, conforme publicou o próprio Globo, não é de se duvidar. Afinal, a ligação entre a Veja e o bicheiro Cachoeira já foram reveladas.

Do blog Amigos do presidente Lula.
E agora, Globo? Inquérito cita R$ 100 mil por mês para jornalistas derrubarem Agnelo
Num dos telefonemas gravados na Operação Monte Carlo da Polícia Federal, de fevereiro deste ano, o ex-sargento Dadá diz que o jornalista Mino Pedrosa (ex-assessor de Cachoeira) teria um contrato de R$ 100 mil por mês com Filippelli (vice-governador do Distrito Federal e principal cacique do PMDB-DF). A TV Globo andou investindo nesta linha de derrubar Agnelo. Há 15 dias, o Blog da Helena" na Rede Brasil Atual, apontou que o "Jornal Nacional" noticiou de forma inversa aos fatos, e chegou a editar diálogos, transformando-os em monólogos para tirar o contexto da conversa que era favorável à inocência de Agnelo. Agora, com o vazamento do inquérito na internet, merece destaque alguns trechos da conversa de Dadá com Cachoeira, após uma matéria na revista Veja atacando o governador Agnelo.
A íntegra.

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Apoio ao Espaço Fluxo

Só conheço dele o que li abaixo e detesto barulho, que é o que mais tem em Belo Horizonte, hoje, a qualquer hora da noite e da madrugada, sem qualquer fiscalização, a começar por carros e construção civil, além de festas em edifícios, mas os argumentos desta petição são fortes. A campanha contra o Espaço Fluxo parece ser mais um lance da higienização de Belo Horizonte. Não é um fenômeno local nem nacional, é mundial, como mostram inúmeros filmes recentes, entre eles o belo "O porto" (Le Havre), em cartaz no Belas Artes. A urbanização acelerada, as migrações e a decomposição social do capitalismo tornam cidades contemporâneas caldeirões de culturas diversas, nos quais convivem desconhecidos que tentam se ignorar uns aos outros e viver suas vidas particulares sem serem importunados. A intolerância com as diferenças se manifesta em explosões, reclamações, denúncias, violências. Afinal, os vizinhos nunca são convidados para as festas barulhentas que têm de suportar... São festas particulares. Se o vizinho fosse convidado, talvez se tornasse um amigo, em vez de um desconhecido. Se o vizinho fosse à festa ao lado, talvez ficasse feliz, em vez de adoecer em casa. Mas o padrão não é esse. A questão é que esse mundo de intolerância não vai mudar, se não mudarmos nossos comportamentos. As autoridades jogam no outro time -- basta ver a privatização dos espaços públicos pela prefeitura de Belo Horizonte na atual gestão -- e sua polícia é truculenta. Feliz da sociedade que tem artistas e jovens com coragem para resistir. 

Petição de Apoio ao Espaço Fluxo

Para: Secretaria de Cultura; Conselho Municipal de Cultura; Prefeitura de Belo Horizonte.

Imaginem um centro cultural que desenvolve e apoia uma série de inciativas locais e que atua, de forma criativa e aberta, em vários flancos, promovendo a música, as artes plásticas, a poesia e a gastronomia, além de encontros entre as diferentes formas de expressão artística e também entre pessoas, entre ideias. Agora, peço-lhes que empreendam o desagradável exercício de tentar converter esse espaço e essas iniciativas em um perigo moral iminente, em uma ameaça, em um despautério, em uma afronta. Parece difícil?
Infelizmente não é, pelo menos algumas pessoas. Todos temos em nossas mentes uma série de apriorismos, de desinformações prontas, que recebemos passivamente em algum momento de nossas vidas sem perceber; refugo que está ali e ponto. Por vezes, nossos apriorismos encontram-se tão arraigados que se tornam quase estruturais, basilares. Se não tomarmos cuidado, podemos construir toda a nossa personalidade e nossa escala de valores com base em ideia cujas origens desconhecemos e que têm a força racional de uma simples frase feita que não pode e não carece ser explicada; de um aforisma retumbante e vazio.
A íntegra. 

A petição

Abaixo assino que o manifesto que narra descritivamente as atrocidades enfrentadas no percurso de nove meses de instalação do Espaço Fluxo {espaço destinado à fruição de atividades artísticas} é um texto que representa minha indignação.

Trabalhadores da revolução cotidiana > MULTIPLICAI-VOS
Construtores dos alicerces da cultura > AGLOMERAI-VOS

SOBRE O QUE FAZEMOS:

- Fazemos do absurdo o nosso terreno a fim de erguer uma casa que abrigue múltiplos processos
- Reafirmamos o hibridismo e mestiçagem para contribuir com a difusão da identidade brasileira
- Dispensamos os automatismos da individualidade para somar em um corpo-coletivo a resistência frente as demandas cruéis de um sistema vigente de arte
- Compreendemos com prazer nosso dever de responsabilidade social e esclarecimento frente aos dispositivos malignos do poder
- Acordamos diariamente para a devida contribuição no desenho da nossa geração com a arte que transforma a realidade
- Acreditamos na troca de saberes como mecanismo eficiente da educação brasileira
- Afirmamos a fruição do processo como ferramenta de compreensão da arte e desenvolvimento de indivíduos mais críticos
- Fazemos do pensamento exercício diário e vital para a revolução diária na legitimação de uma nova realidade cultural em nosso país

O QUE COMBATEMOS PELO QUE FAZEMOS:

- Indivíduos hostis, dotados de desinteresse em questões culturais e na transformação da sociedade
- Coletivo de indivíduos com discursos esvaziados, preconceituosos, sem fundamento algum.
- Abuso de suposto poder e constantes ameaças sob o uso de discursos inflamados.
- Desinteresse em compreender ou ao menos conhecer o projeto a que se destinam tais críticas.
- Violência verbal e física em função da situação geográfica da casa (ovos!)
- Uma vizinhança que se camufla no breu do anonimato para exercer a revelia da violência, uma crueldade socialmente localizada.
- Ainda uma vizinhança pequeno-burguesa que temerosa ao público indiscriminado {freqüentador do espaço fluxo} quer se apropriar dos espaços públicos, ainda do inteiro bairro Santa Tereza para fundar os quintais de suas propriedades burguesas e pior: particulares.

DELICADAMENTE,
Mariana de Matos.
Espaço Fluxo
Os signatários

Clique aqui para assinar a petição.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Os deputados mineiros que votaram contra o Código Florestal

E pela liberação do desmatamento e pela anistia aos desmatadores. Parlamentares eleitos pelo voto popular, mas que atuam pelo lobby do "agronegócio". Entre eles, Leonardo Quintão, provável candidato a prefeito de Belo Horizonte pelo PMDB. O próprio relator do projeto aprovado pela Câmara foi um deputado mineiro do PMDB: Paulo Piau. No PSDB, Eduardo Barbosa, Marcus Pestana e Rodrigo de Castro foram louváveis exceções. Fonte: saite da Câmara dos Deputados.

Minas Gerais (MG)

Antônio Andrade - PMDB
João Magalhães - PMDB
Leonardo Quintão - PMDB
Mauro Lopes - PMDB
Newton Cardoso - PMDB
Paulo Piau - PMDB
Saraiva Felipe - PMDB

Dimas Fabiano - PP
Luiz Fernando Faria - PP
Márcio Reinaldo Moreira - PP
Toninho Pinheiro - PP

Bonifácio de Andrada - PSDB
Domingos Sávio - PSDB
Paulo Abi-Ackel - PSDB

Jairo Ataide - DEM
João Bittar - DEM
Vitor Penido - DEM

Ademir Camilo- PSD
Diego Andrade - PSD
Geraldo Thadeu - PSD

Aelto Freitas - PR
Aracely de Paula - PR
Bernardo Santana de Vasconcellos - PR

José Humberto - PHS
Luis Tibé - PTdoB
Mário de Oliveira - PSC
Zé Silva - PDT

Governo gaúcho do PT tenta se adequar ao piso salarial dos professores

Ao contrário do governo Aécio Anastasia, que não dá a mínima para os professores e para a educação pública.

Do Brasil Atual.
Governo gaúcho acorda com MP pagamento provisório do piso do magistério Por: Rachel Duarte, do Sul21, 26/4/2012
Porto Alegre – Uma solução parcial e provisória para adequar o Rio Grande do Sul à Lei Nacional do Piso do Magistério foi acordada entre o governo gaúcho e o Ministério Público do Estado (MP-RS). Nesta quarta-feira (25), o consenso de pagar uma parcela complementar a 20 mil professores que ainda não recebem R$ 1.451, valor estipulado pela legislação federal, foi peticionada em juízo. O estado aguarda homologação da proposta pela Justiça para pagar a compensação na próxima folha de pagamento, a partir de 15 de maio. A medida não irá incidir sobre o plano de carreira do magistério, motivo pelo qual o sindicato da categoria, Cpers, alega que não se trata de um real pagamento do piso.
O anúncio do acordo entre o executivo e o MP-RS foi por meio de coletiva conjunta de imprensa. Estiveram na mesma mesa o chefe da Casa Civil, Carlos Pestana, o procurador geral de Justiça, Eduardo de Lima Veiga e o procurador Evilásio Carvalho da Silva, da Procuradoria-Geral do Rio Grande do Sul (PGE). Todos defenderam o acordo como um esforço conjunto de valorização do magistério e cumprimento da exigência de remuneração de acordo com a Lei Nacional do Piso, enquanto se desdobram questionamentos dos estados em relação à correção dos valores.
"É um acordo parcial e provisório. Vigorará a partir da homologação até o momento da sentença transitado em julgado. Queremos garantir que nenhum professor no regime de 40 horas, proporcionalmente aos de 20 horas, recebam menos de R$ 1.451 até o resultado da ação", salienta Pestana. Segundo o chefe da Casa Civil, a medida não terá incidência no Plano de Carreira. "Será uma forma de antecipação dos valores que o estado poderá ter que pagar se perder a ação que questiona os critérios do cálculo do piso."
A íntegra.

Veta, Dilma!

O Congresso brasileiro não representa a população. Deputados e senadores são eleitos pelo voto popular, mas depois dão as costas aos eleitores e votam e atuam de acordo com os lobbies que representam -- o senador DEMóstenes está aí para provar. O lobbie do "agronegócio", setor econômico que preenche tanto o noticiário policial quanto o de economia, é o mais forte deles.

Da Agência Carta Maior.
Ruralistas dão motivos para Dilma vetar mudanças no Código Florestal
Vinicius Mansur, Brasília
Por 274 votos a favor, 189 contrários e 2 abstenções, a Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira (25), o relatório do deputado Paulo Piau (PMDB-MG) que modifica o Código Florestal, impondo sérios retrocessos à legislação ambiental brasileira. O resultado foi uma derrota para o governo federal que defendia a aprovação na íntegra do texto definido pelo Senado, no final do ano passado, ao qual considerava fruto de um acordo com os representantes do agronegócio no parlamento. Reiteradas falas do governo anunciaram que o texto dos senadores não era o ideal, mas o possível de ser alcançado pela mediação dos interesses presentes no Congresso Nacional. A bancada ruralista na Câmara, entretanto, manteve-se fiel apenas ao seu programa e incorporou mais de vinte alterações ao texto do Senado, que já representava um retrocesso na legislação ambiental para organizações sociais diversas, como a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a Via Campesina, ONGs como Greenpeace, SOS Mata Atlântica e Instituto Socioambiental, entre outras. A expectativa destas organizações é de que a presidenta Dilma Roussef vete as mudanças para proteger o Código Florestal. O presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), disse na terça-feira (24/4/12) que a presidenta vetaria o texto, caso ele fosse aprovado com as alterações propostas por Piau.
A íntegra.

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Teixeira, Havelange e a corrupção na Fifa

Da CartaCapital.
Havelange e Teixeira são os nomes do suborno da ISL 

25/4/2012
O Conselho Europeu anunciou na segunda-feira 23 um relatório que investigou e confirmou o recebimento de suborno por parte de dois integrantes sul-americanos da alta cúpula da Fifa. Os subornos foram feitos nos anos 1990 pela ISL, a empresa de marketing esportivo que detinha os direitos comerciais da Copa do Mundo até 2001. Nesta quarta-feira 25, o UOL Esporte revela documentos que comprovam os dois nomes: João Havelange, ex-presidente da Fifa, e Ricardo Teixeira, seu ex-genro e ex-presidente da CBF. A ISL foi a empresa criada no fim dos anos 1970 com capital da maior empresa de marketing do Japão, a Dentsu, e de Horst Dassler, dono da Adidas, e mais um seleto grupo de empresários franco-atiradores. A ISL comprava da Fifa os direitos de transmissão da Copa do Mundo e os revendia a tevês do mundo inteiro por um valor várias vezes superior ao original. A empresa faliu em 2001, o que despertou a curiosidade da justiça suíça, que investigou o caso e denunciou Havelange e Teixeira. Ambos devolveram parte do dinheiro à conta da massa falida da ISL em troca do sigilo do caso.
A íntegra.

E aqui a matéria do Uol Esporte.

Prima de Cachoeira no governo de MG: ligações entre Aécio e Demóstenes

Está chegando perto, mas só atingirá Aécio se o governo Dilma deixar. Assim como o ministro Pimentel, protegido pela presidente, ainda não foi derrubado, apesar das fartas denúncias contra ele. PT e PSDB são muito amigos em Minas, estão unidos em torno da reeleição do prefeito "socialista" Márcio Lacerda. É o PTSDB. Numa rara sessão do Senado a que compareceu, Aécio defendeu Demóstenes das acusações que lhe eram feitas, disse que o conhece "em profundidade" e o encheu de elogios. Agora, com a cara de pau de sempre, se diz "traído", segundo matéria do Hoje em Dia. O Tempo também publicou matéria a respeito. O Estado de Minas, como era de se esperar, ignora o assunto.

Do Estadão.
Com ajuda de Demóstenes, Cachoeira 'nomeou' prima no governo de Minas  
Senador recorreu ao colega e ex-governador Aécio Neves para emplacar Mônica Vieira
Fausto Macedo
Escutas telefônicas da Polícia Federal revelam que o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) intercedeu diretamente junto a seu colega, Aécio Neves (PSDB-MG), e arrumou emprego comissionado para uma prima do empresário do jogo de azar Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Mônica Beatriz Silva Vieira, a prima do bicheiro, assumiu em 25 de maio de 2011 o cargo de Diretora Regional da Secretaria de Estado de Assistência Social em Uberaba. Do pedido de Cachoeira a Demóstenes, até a nomeação de Mônica, bastaram apenas 12 dias e 7 telefonemas. Aécio confirma o empenho para atender solicitação de Demóstenes, mas alega desconhecer interesse de Cachoeira na indicação. São citados nos grampos Marcos Montes (PSD), ex-prefeito de Uberaba, e Danilo de Castro, principal articulador político de Aécio em seu Estado e secretário de Governo da gestão Antonio Anastasia (PSDB), governador de Minas. Eles negam envolvimento na trama. A PF monitorou Cachoeira, a prima e Demóstenes no bojo da Operação Monte Carlo, que desmantelou alentado esquema da contravenção, fez ruir a aura de paladino do senador goiano e expôs métodos supostamente ilícitos da Delta Construções para atingir a supremacia em sua área de ação. Aécio não caiu no grampo porque não é alvo da investigação, mas é mencionado por Demóstenes e Cachoeira.
A íntegra.

Ameaçada por madeireiros, Força Nacional foge na Amazônia

Da série "quem manda no Brasil". A Força Nacional estava protegendo uma líder de lavradores que denunciam o desmatamento ilegal. No faroeste do Norte do Brasil, onde impera a lei do mais forte, os bandidos põem o xerife pra correr. Afinal, o "agronegócio" é uma das forças que mandam no País e contam com a simpatia do governo Lula-Dilma.

Da Pública, agência de reportagem e jornalismo investigativo.
Força Nacional recebe ameaça e recua do sul do Amazonas
Por Ana Aranha, 24/4/12
Depois de passar cinco meses protegendo Nilcilene Miguel de Lima, a equipe da Força de Segurança Nacional se retirou da região do conflito entre madeireiros e lavradores no município de Lábrea, ao sul do Amazonas. A líder rural Nilcilene, ameaçada de morte por denunciar o desmatamento, foi retirada de sua casa por sua escolta e levada para local mantido em sigilo pela força policial do governo federal. A decisão foi tomada depois que as ameaças se voltaram contra a própria Força Nacional. "Eles descobriram que os pistoleiros estavam armando uma emboscada para matar Nilcilene e os policiais da escolta", diz Francisneide Lourenço, coordenadora da Comissão Pastoral da Terra do Amazonas. Desde que foi removida de sua casa, Nilcilene perdeu contato com as famílias de sua comunidade, que também estão recebendo ameaças, e não pode dar entrevistas. Em resposta ao recuo das forças do governo, a Anistia Internacional lançou uma "ação urgente" pedindo providências imediatas ao Ministério da Justiça e governo do Amazonas. A ação é uma campanha internacional que convida os milhares de membros da Anistia no mundo todo a escrever cartas ao governo brasileiro.
A íntegra.

terça-feira, 24 de abril de 2012

Lula e o novo PT, sem movimentos sociais

Ele acha que essa fase passou. Será? Em Belo Horizonte, pelo que sei, foi o PT que se afastou dos movimentos sociais e não estes, dele.

Da Agência Carta Maior.
Os desafios da esquerda na gestão municipal, segundo Pochmann Maria Inês Nassif
São Paulo - A intervenção do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições dos dois mais importantes municípios paulistas - São Paulo, capital e Campinas – tem um objetivo que transcende o pleito de outubro. Lula colocou em andamento uma estratégia que consiste em oxigenar o PT via seu núcleo paulista, estruturado a partir dos movimentos sindicais dos anos 80, e trazê-lo para uma realidade de democracia consolidada no país, mas de onde emerge uma classe desgarrada do sindicalismo, das associações de base ou da militância em movimentos sociais.
Essa visão dos desafios que o partido terá que enfrentar para se adequar a esse novo ciclo político foi exposta por Lula ao economista Márcio Pochmann, no ano passado, quando o chamou para conversar sobre a possibilidade de aceitar a candidatura petista à prefeitura de Campinas. Simultaneamente, Lula investiu no seu ex-ministro da Educação, Fernando Haddad, para que assumisse igual papel, em outubro, na disputa pela prefeitura da maior cidade do país e da América Latina, São Paulo.
Pochmann e Haddad têm biografias parecidas. Ambos, muito jovens, estavam nas articulações que resultaram na fundação do PT. Os dois, em algum momento, tornaram-se quadros intelectuais do partido, ao seguirem carreira acadêmica. Ambos integraram a administração de Marta Suplicy (2001-2004) - Pochmann comandou a pasta do Trabalho e Haddad foi chefe de gabinete da Secretaria de Finanças, cujo titular era João Sayad. Haddad foi ministro de Lula; Pochmann assumiu, em 2007, a presidência do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea).
A íntegra.

Qual é o negócio da Band?

O modelo de televisão no Brasil é um desvirtuamento completo do que deve ser o serviço. É bom lembrar que televisão, assim como rádio, é concessão pública. E então o Estado concede à Band o canal de televisão, mas em vez de produzir conteúdos, ela serve de intermediária para outros, aluga seu canal para transmissões de terceiros -- no caso igrejas. Quase um terço do seu faturamento vem disso. Se é para alugar, que tal o Estado alugar diretamente, sem a intermediação de "empresários da comunicação"?

Do Comunique-se.
Band fatura R$ 280 mi por ano com igrejas
Priscila Fonseca
Com a estreia de mais um programa comandado por Silas Malafaia, da Assembleia de Deus, no próximo mês, o Grupo Bandeirantes baterá o recorde como a rede de TV que mais fatura com religião no Brasil. São mais de R$ 280 milhões por ano com parte da programação vendida para igrejas, informa a Folha. Segundo informações do jornal, 33 diárias horas (duas emissoras) foram vendidas para três religiosos: Valdemiro Santiago (Mundial) -- que arrenda 22 por dia do canal 21 e parte das madrugadas da Band --, R. R. Soares (Internacional da Graça), ocupa o horário nobre -- e Malafaia, que voltará às madrugadas do canal 13 de São Paulo. Ainda de acordo com a Folha, 30% do faturamento bruto da Band tem origem no dinheiro pago pelas instituições religiosas.
A íntegra.

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Enquanto as crianças brincam


As tears go by
(Jagger-Richards-Oldham)

It is the evening of the day
I sit and watch the children play
Smiling faces I can see
But not for me
I sit and watch as tears go by
My riches can't buy everything
I want to hear the children sing
All I hear is the sound
Of rain falling on the ground
I sit and watch as tears go by
It is the evening of the day
I sit and watch the children play
Doing things I used to do
They think are new
I sit and watch as tears go by

quinta-feira, 19 de abril de 2012

As maiores empresas do mundo em 2012

Segundo a lista Forbes Global 2000 publicada anualmente pela revista Forbes. Petrobrás está em décimo lugar. Companhias de petróleo e bancos são os campeões. A crise capitalista gera notícias e preocupações, impõe cortes de despesas às nações e sofrimentos aos seus povos, mas -- surpresa! -- o faturamento e o lucro das maiores empresas aumentaram! Como é que pode? Simples: a crise faz parte do sistema, é uma forma de concentração de riqueza, enquanto o povo faz sacrifícios, as grandes empresas ficam ainda mais ricas. A função da crise é concentrar riqueza. Não é interessante que as duas mil maiores empresas do planeta empreguem apenas 83 milhões de pessoas numa população de 7 bilhões? Os seres humanos sobrevivem de outras formas que não as atividades das maiores empresas capitalistas. Como?

De acordo com notícia da agência EFE publicada pelo portal iG, a companhia petrolífera americana Exxon Mobil lidera o ranking das duas mil maiores empresas do mundo da revista Forbes. Ela desbancou o banco JPMorgan Chase, que caiu para o segundo lugar, seguido da General Electric (3), da companhia petrolífera anglo-holandesa Royal Dutch Shell (4) do banco chinês ICBC (5), da gigante financeira britânica HSBC (6), da energética chinesa PetroChina (7), do grupo Berkshire Hathaway (8), do banco Wells Fargo do investidor americano Warren Buffet (9), e da Petrobras (10). As companhias que figuram na lista acumulam uma receita de US$ 36 trilhões de dólares (11% a mais que há um ano), lucro de US$ 2,6 trilhões (12% a mais), ativos de US$ 149 trilhões (8% a mais) e um valor de mercado conjunto de US$ 37 trilhões (0,5% a menos). O setor financeiro, com 478 representantes, e o petroleiro, com 131, lideram a nona edição do cobiçado ranking da revista, onde aparecem duas mil empresas classificadas a partir de quatro variáveis (vendas, lucro, ativos e valor de mercado) e que empregam 83 milhões de pessoas no mundo todo. O Brasil tem 32 empresas no ranking. A Petrobras é a primeira delas, com ativos avaliados em US$ 319 bilhões e valor de mercado de US$ 180 bilhões. Entre os cem primeiros lugares também estão Itaú Unibanco Holding, Banco Bradesco, Banco do Brasil e Vale.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

O diplomata italiano Enrico Calamai e a Operação Condor

A Lista de Schindler é o mais belo filme de Steven Spielberg e um dos maiores filmes da história do cinema. Tem o que precisa ser dito sobre o nazismo e sobre a perseguição aos judeus, mas, mais do que isso, mostra que nossas ações fazem diferença neste mundo. O diplomata italiano Enrico Calamai foi um Schindler também na Argentina, durante a ditadura em que o general Videla matou "uns sete ou oito mil".

Da Agência Carta Maior.
O 'Schindler' italiano que salvou centenas de vidas na Argentina
Darío Pignotti, de Roma
Se a Itália fosse uma Meca do cinema político como o era nos anos 60 e 70, seguramente os estúdios romanos de Cinecittá teriam filmado algo parecido à Lista de Schindler, aquela produção de Hollywood sobre um magnata alemão que resgatou cerca de mil judeus condenados a morrer em Auschwitz. O protagonista do filme que nunca se realizou seria o diplomata italiano Enrico Calamai, um herói silencioso que atuou no Consulado em Buenos Aires durante a ditadura, quando arriscou sua vida e sua carreira para facilitar a fuga de centenas de dissidentes políticos e partidários que pegaram em armas contra o experimento neonazista dos generais argentinos. "Nunca me detive a contar as pessoas que passaram pelo Consulado. Em um programa da RAI (TV italiana) disseram que foram mais de 400, sinceramente não sei se esse número é correto, não sei quantos receberam nossa ajuda para poder sair com vida da Argentina." A biografia de Calamai é a de um diplomata incomum no outono portenho de 1976, quando a chegada ao poder do general Videla era bem acolhida pela maioria das embaixadas ocidentais e comemorada secretamente pela do Brasil, como consta na intensa comunicação gerada pelo então embaixador João Batista Pinheiro.[...] "Até agora não se estudou a fundo como atuaram os serviços diplomáticos em geral frente à ditadura", afirma Calamai durante a conversa com a Carta Maior em Roma. "Não digo só pela Itália, me refiro à maioria dos países ocidentais, que foram completamente omissos ante as violações dos direitos humanos na Argentina." Como nos pactos mafiosos, o grosso dos diplomáticos instalados em Buenos Aires, salvo os da embaixada do México, onde o ex-presidente democrático Héctor Cámpora recebeu refúgio durante anos, optou por omitir-se. "Direta ou indiretamente, as principais embaixadas, inclusive aqui as da Itália, e acho lógico que também a do Brasil, embora não tenho informação concreta, foram informadas de que viria o golpe de estado. Estes avisos sobre a iminente derrubada do governo civil eram também uma forma de advertir que não aceitariam que as embaixadas recebessem refugiados, como haviam feito nossa embaixada e outras depois do golpe do Chile. E quase todos os países que receberam o aviso dos militares argentinos, pelo visto, entenderam o recado e o aceitaram. Agora, com o passar do tempo, compreendo que em torno da Operação Condor havia uma colaboração estreita das embaixadas e dos militares argentinos, e das embaixadas e seus próprios agregados militares. A diplomacia é algo muito próximo ao poder, e o foi durante as ditaduras. Os diplomatas sabem que se se opuserem ao poder serão ou marginalizados ou eliminados. Nessa época isto era um risco real." [...] As exéquias de João Paulo I, antecessor do papa polaco que frequentava o bairro de Calamai, foram um pretexto para estreitar as relações entre o Vaticano e Videla, que foi um dos chefes de Estado convidados. As gestões para a viagem de Videla e seu encontro com o então primeiro ministro italiano, foram realizadas pela loja maçônica Propaganda Due (P2), segundo consta em um livro lançado este ano na Universidade Roma Três. "A loja P2 se movia como um poder oculto e gozava de uma notável influência no serviço exterior italiano e no Vaticano, e um de seus principais homens, Licio Gelli, mantinha boas relações na Igreja. O Vaticano esteve muito próximo do regime argentino, não só porque coincidia com seu anticomunismo, mas porque contribuía na decisão de Roma de terminar com a teologia da liberação na América Latina. Dizia-se que o núncio apostólico jogava tênis com o almirante (Emilio) Massera, um dos membros da Junta, a quem correspondia o controle do Ministério do Exterior argentino. Mas também é preciso lembrar que os motivos ideológicos que levaram o Vaticano a apoiar os militares eram tão importantes como os interesses econômicos de empresas ligadas à Igreja que estavam radicadas na Argentina." Estas razões contribuem para explicar, segundo Calamai, porque o Estado do Vaticano omitiu-se durante anos em denunciar o genocídio argentino e negou ajuda aos familiares dos desaparecidos e prisioneiros.
A íntegra.

Número de computadores e telefones no Brasil

Somos consumidores de tecnologia.

Da Agência Brasil.  
Pesquisa mostra que existem 99 milhões de computadores em uso no Brasil
Bruno Bocchini, 18/4/2012
Há no Brasil 99 milhões de computadores em uso, somados os utilizados no ambiente corporativo e no doméstico, o que representa cerca de um equipamento para cada dois habitantes. Os dados são da 23ª Pesquisa Anual de Tecnologia da Informação (TI), divulgada hoje (18) pelo Centro de Tecnologia de Informação Aplicada da Escola de Administração de Empresas de São Paulo, da Fundação Getulio Vargas (FGV). O levantamento mostra que o total de computadores em uso no país dobrou nos últimos quatro anos e que, em 2012, devem ser vendidos mais 17,9 milhões de unidades. O percentual de computadores por habitante no Brasil (cerca de 51%) coloca o país acima da média mundial (42%). Nos Estados Unidos, há cerca de 354 milhões de computadores, ou 114% da população. O número de telefones em uso no Brasil é 300 milhões, ou 153% da população, mesmo percentual encontrado nos Estados Unidos. No mundo, a média é 108%.
A íntegra.

terça-feira, 17 de abril de 2012

As cidades militarizadas

A ditadura não acabou. As forças armadas ocupam mais espaços nas cidades hoje do que ocupavam durante a ditadura militar. Militares não chegam ao poder sozinhos, são colocados lá por interesses de classes civis.

Do Jornal do Campus.
Segurança na USP será chefiada por ex-militar
por Daniela Frabasile
Luiz de Castro Júnior, oficial reformado da Polícia Militar, passou a coordenar a segurança na Universidade. Em 29 de março, o ex militar foi nomeado para chefiar o órgão responsável pela administração da segurança na Universidade. Segundo a assessoria de imprensa da reitoria, “a formação e a experiência nas áreas de policiamento comunitário e direitos humanos do novo superintendente foram fatores preponderantes nessa indicação”. O coronel foi diretor de Polícia Comunitária e de Direitos Humanos da Polícia Militar de São Paulo.
A Superintendência de Segurança da USP foi criada no início desse ano. A resolução publicada pelo Conselho Universitário é do dia 27 de fevereiro, e coloca que “cabe à Superintendência de Segurança, planejar, implantar e manter todas as atividades de interesse comum relacionadas à segurança patrimonial e pessoal no âmbito da Universidade”.
No dia 9 de abril aconteceu uma reunião conjunta entre o Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp), a Associação dos Docentes da USP (Adusp) e o Diretório Central dos estudantes da USP (DCE), na qual ficou decidido que as três entidades redigiriam um documento repudiando a contratação de Luiz de Castro Júnior, não apenas pela escolha do superintendente, mas também pelo fato de a contratação ter sido firmada sem aprovação do Conselho Gestor do Campus da Capital ou do Conselho Universitário.
A íntegra.

A corrupção na iniciativa privada

Da BBC Brasil.
Dilma cobra mais transparência do setor privado
Alessandra Corrêa, enviada especial da BBC Brasil a Brasília.
A presidente Dilma Rousseff cobrou nesta terça-feira mais transparência do setor privado, durante um encontro em que discutiu a questão da corrupção ao lado da secretária de Estado americana, Hillary Clinton. "A transparência e o compromisso com o bem público também devem ser exigidos dos agentes privados, cujas condutas afetam diretamente a vida dos cidadãos", disse Dilma, na abertura da conferência anual da Parceria para Governo Aberto, em Brasília. "Permitam-me mencionar o setor financeiro e destacar que quando não há regulação e monitoramento adequados, os fluxos financeiros internacionais são passíveis de manipulação, com prejuízo para toda a economia mundial e para as conquistas sociais dos países", disse Dilma. O Brasil lidera, ao lado dos EUA, a Parceria para Governo Aberto, iniciativa que reúne 55 países dispostos a melhorar suas práticas para aumentar a transparência e combater a corrupção. Durante dois dias, líderes e organizações da sociedade civil desses países estarão reunidos em Brasília para discutir desafios comuns e trocar experiências.
A íntegra.

Veja, uma revista subversiva

Veja subverte o jornalismo. E ainda tem gente que lê a revista. Por isso é preciso explicar o básico da profissão, como faz o Luiz Carlos Azenha.

Do blog Vi o mundo.
Investigar Cachoeira, uma ameaça à liberdade de expressão
por Luiz Carlos Azenha
Por dever de ofício, li o texto de capa de revista que tenta provar que investigar os crimes do Carlinhos Cachoeira, no Congresso, é um atentado à liberdade de expressão. O que chamou minha atenção foi a frase abaixo, que interpretei como defesa do uso de fontes-bandidas:
Qualquer repórter iniciante sabe que maus cidadãos podem ser portadores de boas informações. As chances de um repórter obter informações verdadeiras sobre um ato de corrupção com quem participou dele são muito maiores do que com quem nunca esteve envolvido. A ética do jornalista não pode variar conforme a ética da fonte que está lhe dando informações. Isso é básico. Disso sabem os promotores que, valendo-se do mecanismo da delação premiada, obtêm informações valiosas de um criminoso, oferecendo-lhe em troca recompensas como o abrandamento da pena.
Registre-se, inicialmente, a tentativa dos autores de usar os promotores de Justiça como escada. Tentam sugerir ao leitor que o esforço da revista, ao dar espaço em suas páginas a fontes-bandidas, equivale ao dos promotores de Justiça.
Sonegam que existe uma diferença brutal: os promotores de Justiça usam a delação premiada para combater o crime. Os criminosos que optam pela delação premiada têm as penas reduzidas, mas não são perdoados. E a ação ajuda a combater um mal maior. Um resultado que pode ser quantificado. O peixe pequeno entregou o peixe grande. Ambos serão punidos.
O mesmo não se pode dizer da relação de um jornalista com uma fonte-bandida. Se um jornalista sabe que sua fonte é bandida, divulgar informações obtidas dela não significa, necessariamente, que algum crime maior será evitado. Parece-me justamente o contrário.
O raciocínio que qualquer jornalista faria, ao divulgar informações obtidas de uma fonte que ele sabe ser bandida, é: será que não estou ajudando este sujeito a aumentar seu poder, a ser um bandido ainda maior, a corromper muito mais?
Leiam de novo esta frase: As chances de um repórter obter informações verdadeiras sobre um ato de corrupção com quem participou dele são muito maiores do que com quem nunca esteve envolvido.
Não necessariamente. Ele não tem qualquer garantia de que as informações são verdadeiras se vieram de um corrupto. Que lógica é esta?
O policial que não estava lá mas gravou a conversa que se deu durante um ato de corrupção provavelmente vai fornecer uma versão muito mais honesta sobre a conversa do que os corruptos envolvidos nela.
O repórter que lida com alguém envolvido em um ato de corrupção sabe, antecipadamente e sem qualquer dúvida, que a informação passada por alguém que cometeu um ato de corrupção atende aos interesses de quem cometeu o ato de corrupção. Isso, sim, é claro, não que as informações sejam necessariamente verdadeiras.
O repórter sabe também que, se os leitores souberem que a informação vem de alguém que cometeu um ato de corrupção, imediatamente perde parte de sua credibilidade. Não é por acaso que Carlinhos Cachoeira, o bicheiro, se transformou em "empresário do ramo de jogos".
É por saber que ele era um "mau cidadão" que a revista escondeu de seus leitores que usava informações vindas dele. Era uma fonte inconfessável.
Não foi por acaso que Rubnei Quicoli, o ex-presidiário, foi apresentado como "empresário" pela mídia corporativa quando atendia a determinados interesses políticos em plena campanha eleitoral. A mídia corporativa pode torturar a lógica, mas jamais vai confessar que atende a determinados interesses políticos.
A íntegra.

Partido tucano com quatro letras