sexta-feira, 27 de maio de 2011

A agressão da PM a jovens e jornalistas

Falta afastar a PM.

Do Comunique-se.
PMs que agrediram jornalistas durante a Marcha da Maconha são afastados
Dois dos PMs que agrediram repórteres da Folha, IG, O Globo e Diário de S.Paulo, durante a cobertura da Marcha da Maconha no último sábado (21/5) em SP, foram afastados da corporação. Na ocasião, os policiais jogaram spray de pimenta, bombas de efeito moral e bateram com cassetete nos jornalistas, além de ter agredido os manifestantes. O repórter Fábio Pagotto, do Diário de S.Paulo, por exemplo, teve o pé machucado por uma moto da PM. Segundo o jornalista, o atropelamento foi intencional. O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo prepara para a próxima semana um ato contra a violência à imprensa, que reunirá os jornalistas agredidos pelos policiais.

Dilma é contra anistia a fazendeiros

Do Blog do Planalto.
Em almoço com senadores do PT, presidenta apresenta firme defesa ao meio ambiente
Em almoço no Palácio da Alvorada com 15 senadores do Partido dos Trabalhadores (PT), a presidenta externou a preocupação com a aprovação da emenda que concede anistia a desmatadores. A presidenta deverá se reunir ainda com senadores de outros partidos que integram a base aliada para defender a importância de alteração do texto. Mais cedo, após participar de cerimônia de doação de bicicletas e capacetes escolares e autorização para construção de creches e quadras esportivas do PAC 2, no Palácio do Planalto, a presidenta informou que continuará "firme, defendendo a mudança dessa emenda no Senado". Ela afirmou que tentará construir uma solução que não leve à mesma "situação de impasse" que ocorreu na Câmara. Após o almoço, o senador Humberto Costa (PT-PE) conversou com os jornalistas, e disse que a presidenta Dilma manifestou preocupação com o texto aprovado pela Câmara, que poderia, inclusive, impactar em sanções internacionais por questões ambientais. O receio da presidenta, segundo o senador, é que países deixem de comprar os produtos agrícolas brasileiros por entenderem que o país não pratica uma política rígida de proteção ao meio ambiente.
A íntegra.

Quem aprovou a destruição do Código Florestal

Muita gente sempre quis ver juntos o PT e o PSDB. Aí estão: em defesa da mutilação do Código Florestal. E o PSDB ainda trouxe junto seus amigos do DEM. Quando até o Partido dos Trabalhadores defende os capitalistas, quem será contra? Quando até o Partido Comunista defende os interesses particulares dos fazendeiros contra os interesses coletivos, quem resistirá? Sobraram o PV e o PSOL para defender o ambiente. E alguns bravos petistas: deputados Padre João e Leonardo Monteiro. Embora o PPS tenha orientado o voto "não", o deputado do PPS mineiro Geraldo Tadeu votou "sim".

Do Greepeace.
Quem aprovou a destruição do Código Florestal

Como cada partido orientou a votação de seus deputados:

PT: Sim
PsbPtbPcdob: Sim
PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl: Sim
PSDB: Sim
DEM: Sim
PP: Sim
PDT: Sim
PvPps: Não
PSC: Sim
PMN: Sim
PSOL: Não
Minoria: Sim
Governo: Sim

Como cada parlamentar votou – Minas Gerais

Ademir Camilo PDT Sim
Aelton Freitas PR Sim
Antônio Andrade PMDB Sim
Antônio Roberto PV Não
Aracely de Paula PR Sim
Bernardo Santana de Vasconcellos PR Sim
Bonifácio de Andrada PSDB Sim
Carlaile Pedrosa PSDB Sim
Diego Andrade PR Sim
Dimas Fabiano PP Sim
Domingos Sávio PSDB Sim
Dr. Grilo PSL Sim
Eduardo Azeredo PSDB Sim
Eduardo Barbosa PSDB Sim
Eros Biondini PTB Sim
Fábio Ramalho PV Não
Gabriel Guimarães PT Sim
George Hilton PRB Sim
Geraldo Thadeu PPS Sim
Gilmar Machado PT Sim
Jairo Ataide DEM Sim
Jô Moraes PCdoB Sim
João Magalhães PMDB Sim
José Humberto PHS Sim
Júlio Delgado PSB Sim
Leonardo Monteiro PT Não
Lincoln Portela PR Sim
Luis Tibé PTdoB Sim
Luiz Fernando Faria Sim
Márcio Reinaldo Moreira PP Sim
Marcos Montes DEM Sim
Marcus Pestana PSDB Sim
Newton Cardoso PMDB Sim
Odair Cunha PT Sim
Padre João PT Não
Paulo Abi-Ackel PSDB Sim
Paulo Piau PMDB Sim
Reginaldo Lopes PT Sim
Rodrigo de Castro PSDB Abstenção
Saraiva Felipe PMDB Sim
Stefano Aguiar PSC Sim
Toninho Pinheiro PP Sim
Vitor Penido DEM Sim
Walter Tosta PMN Sim
Weliton Prado Sim
Zé Silva PDT Sim
Total Minas Gerais: 46
A íntegra.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Produtores rurais escravizam, destroem o meio ambiente e exportam para os ricos

Do Repórter Brasil.
Usinas de etanol com passivos exportam para Europa e EUA
A intensificação do debate mundial sobre a sustentabilidade da produção de etanol e a conseqüente criação de mecanismos de monitoramento pelos setores público e privado nos Estados Unidos e na Europa não estão impedindo usinas brasileiras flagradas com irregularidades trabalhistas e ambientais de exportarem o combustível para o exterior. A conclusão é do novo relatório da ONG Repórter Brasil sobre o setor canavieiro, chamado "O etanol brasileiro no mundo - Os impactos socioambientais causados por usinas exportadoras" e lançado nesta terça-feira (24/5). Ao cruzar informações sobre autuações trabalhistas e ambientais emitidas por órgãos oficiais com dados sobre grupos exportadores, o estudo detectou que vários deles estão presentes nas listas que apontam a ocorrência de problemas e, apesar disso, têm exportado etanol de cana-de-açúcar para países que já contam com legislações que pedem monitoramento socioambiental de importações. O estudo relata as irregularidades socioambientais, bem como os destinos das exportações, de grupos como Cosan, Greenergy International, São Martinho, Louis Dreyfus Commodities, Carlos Lyra, Copertrading, Moema / Bunge e Noble. Há casos de trabalho escravo, excesso de jornada de trabalho, falta de registro em carteira, despejo irregular de resíduos, queimadas não permitidas e uso de terra indígena para produção de cana.
A íntegra.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Massacre de Ipatinga vira filme

Do Diário Popular.
Cineasta lança documentário sobre o Massacre de Ipatinga
O cineasta ipatinguense Fábio Nascimento terminou em março os trabalhos do filme "Silêncio 63", que conta a história do Massacre de Ipatinga, ocorrido no início da década de 60. A produção é um curta-metragem em formato documental que busca resgatar o fato que até hoje é cercado de mistérios e dúvidas. As gravações do documentário aconteceram em Ipatinga, durante o mês de julho de 2009. Fábio, juntamente com uma equipe composta por mais quatro pessoas, colheram depoimentos de pessoas ligadas direta ou indiretamente à tragédia. Mesmo não tendo presenciado o Massacre de Ipatinga – Fábio nasceu em 1985 – o assunto sempre instigou o cineasta. Segundo ele, o primeiro contato com a história aconteceu quando ele ainda cursava o ensino fundamental. Sua curiosidade foi grande e quando passou a ter contato com o cinema documentário pensou em fazer um filme sobre os acontecimentos de 1963.

Polícia bate aqui, capangas matam lá

Do Greenpeace.
Em dia de votação do Código Florestal, líder extrativista é assassinado no Pará
Foram assassinados nessa madrugada José Claudio Ribeiro da Silva e sua esposa, Maria do Espírito Santo da Silva. Segundo informações preliminares, o crime ocorreu em um ramal de uma estrada no PA Agroextrativista Praialta-Piranheira, em Nova Ipixuna(PA). José Cláudio, castanheiro e líder extrativista, noticiou diversas vezes ter recebido ameaças de morte, derivadas de suas denúncias sobre a ação ilegal de madeireiros na região. De nada adiantou seu alarde. Mais uma vez a voz do povo da floresta não foi ouvida.

Repórter da TV Folha e manifestante são agredidos pela polícia na marcha da maconha


A ditadura continua. A polícia é a mesma dos tempos da ditadura e continua servindo bandidos e batendo em jovens e jornalistas. A tropa de choque é mais covarde hoje, a PM é mais corrupta hoje. Juizes continuam agindo como a justiça militar, proibindo manifestação e expressão, garantidos pela Constituição de 1988. Autoridades – agora são aqueles que um dia foram presos pela ditadura, mas que hoje são empresários milionários – continuam usando a polícia para reprimir a população. Não tem nada a ver com combate ao tráfico de drogas, que é feito pela própria polícia e acobertado por autoridades corruptas. Todos que viram Tropa de Elite sabem disso. PM valente não prende bandido, bate em jovens indefesos e cidadãos que, pagando impostos, garantem seu salário. Em SP como em BH. Isso só vai mudar quando as polícias da ditadura acabarem e forem criadas novas polícias da democracia.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Revolução na Espanha

A Europa continua se movendo, como um terremoto causado pela crise econômica capitalista, em que as camadas vão se acomodando, numa nova ordem.

Da Agência Carta Maior.
Cresce na Espanha a Revolução dos Indignados
O movimento que começou no dia 15 de maio, chamado 15-M ou a "revolução espanhola", cresceu quinta-feira com panelaços que reuniram multidões em dezenas de cidades de todo o país para exigir a mudança de um sistema que consideram injusto. A revolta cresce a cada hora. Começou com uma convocatória nas redes sociais e internet para repudiar a corrupção endêmica do sistema e a falta de oportunidades para os mais jovens. A também chamada Revolução dos Indignados acusa, pela situação atual, o FMI, a Otan, a União Europeia, as agências de classificação de risco, o Banco Mundial e, no caso da Espanha, os dois grandes partidos: PP e PSOE. O artigo é de Armando G. Tejeda, do La Jornada.
A íntegra.

Piscinão de Ramos de Belo Horizonte

Do blog Praça Livre BH.
Se você acha a Praia da Estação elitista, não tem mais desculpa: venha para o Piscinão de Ramos da Rodoviária! Futebol, farofa, gente diferenciada e se fizer sol gente de sunga e biquíni.
Onde? Praça da Rodoviária, Belo Horizonte.
Quando? Domingo, 29 de maio, 13h.
Quanto? De graça!
Debate: Qual é a cidade que queremos?
Belo Horizonte passa por um período de proibições e possibilidades. A cidade com seus despejos, "revitalizações", decretos forçados, prisão de pixadores, especulação imobiliária, parcerias público-privadas feitas por debaixo dos panos, poder público e a população seduzidos pela Copa, convivem com movimentos populares, festas de rua, ocupações, com o Movimento Passe Livre, Brigadas Populares, Praia da Estação, Massa Crítica, Comitê Popular dos Atingidos pela Copa, Piores de Belô dentre outros.
A íntegra.

O eterno problema da falta de equipamentos das escolas de jornalismo

Essa matéria do Comunique-se fala de uma questão elementar: cursos de jornalismo têm que ter laboratório de rádio e professores experientes. Nem é preciso dizer isso, no entanto... Os cursos de jornalismo (comunicação) proliferaram no Brasil a partir dos anos 60 porque era muito fácil para qualquer faculdade montá-los, com professores jornalistas práticos, uma sala e giz. A prática do jornalismo se aprende em seis meses, como então preencher quatro anos? Para isso inventaram mil matérias teóricas ridículas, como "teoria da comunicação", "pesquisa em comunicação" (que no meu curso era dada em quatro semestres: I, II, III e IV) e outras do gênero. Os pobres alunos se salvavam dessa mediocridade fazendo estágios em jornais e se apegando aos poucos professores que estavam ainda no mercado ou tinham um conhecimento específico (no meu caso foram três: Charles Magno Medeiros, que trabalhava no JB, José Mendonça, grande conhecedor do português, e Plínio Carneiro, com quem aprendi diagramação). No mais era um faz de conta deprimente. Vinte anos depois que eu formei, vi minha sobrinha passar pela mesma situação, a faculdade não tinha mudado quase nada. Por isso o diploma de jornalista é tão polêmico e acabou derrubado pelo Supremo (por motivos errados, deve-se dizer: para servir os patrões). Um bom curso de jornalismo é essencialmente prático e tem professores experientes. Quantos no país são assim? Professor experiente não é apenas aquele que passou por jornal, revista, tevê, rádio, mas aquele que continua trabalhando como jornalista, não apenas como professor, porque a profissão exige atualização permanente. Professor que fica usando em sala exemplos de dez anos atrás, quando ele trabalhava em redação, é ridicularizado pelos alunos. Não é possível brincar de fazer jornais e programas, é preciso fazê-los de verdade, por isso cursos têm que produzir jornais e revistas, têm que ter emissoras de rádio e tevê. A outra coisa é a formação intelectual do jornalista: sua cultura, seu conhecimento de áreas específicas que vai cobrir (política, economia, esportes, artes etc.), línguas – nada disso, o curso de jornalismo oferece. O curso superior supõe que o estudante sabe português, mas ele não sabe, e também não vai aprender no curso de jornalismo. O resultado desse faz de conta são profissionais ignorantes, que vão obedecer chefes e repetir o que fontes dizem, sem capacidade para avaliar informações criticamente ou resistir a patrões que encomendam e vetam matérias. Quando se discutem jornalismo, é preciso levar isso em conta, em vez de ficar na superfície do problema ou radicalizando posições contra ou a favor do diploma.

Do Comunique-se.
Radiojornalismo. Como ensinar o que você nunca viveu?
Anderson Scardoelli
O jornalista Alvaro Bufarah, professor de jornalismo da Uninove e coordenador do curso de Rádio e TV da Faap, creditou o baixo preparo para a formação de novos radialistas à falta de estrutura e de profissionais experientes nas instituições de ensino superior. "Faltam laboratórios (de rádio) nas universidades", disse, durante participação, nesta quinta-feira (19/5), do Brasil Rádio Show. O profissional também culpou a falta de vivência de alguns professores para a baixa qualidade no ensino. "O mais assustador é o professor que dá (aula de) rádio nunca foi, nunca botou o pé, em uma emissora", disse Bufarah, que também é chefe de reportagem e produtor da Rádio Globo de São Paulo, ao revelar que já vivenciou casos em que os professores desconhecem a estrutura e programação das grandes rádios.
A íntegra.

No Amapá, dinheiro para tratamento médico dos índios vai parar no bolso de senador

Segundo a revista Época. Interessante é que o senador acusa a revista, mas não a desmente.

Do Comunique-se.
Senador acusa revista Época de fazer matéria de encomenda

Renan Justi
O senador Geovani Borges (PMDB-PA) acusa a revista Época de ter feito uma matéria sob encomenda de seus inimigos políticos. No entanto, o veículo nega a acusação. A reportagem "Dos índios para o cacique", publicada esta semana, revela desvios de dinheiro público no estado do Amapá. A revista informa que a verba, que deveria ser destinada ao tratamento médico dos índios alocados na região, acabou sendo usada, de acordo com as investigações da Polícia Federal, para custear as campanhas eleitorais da família Borges, que já possui Gilvam como senador em licença e pleiteia as eleições de Geovani e Geodilson Borges às prefeituras de Santana e Mazagão, respectivamente. Em virtude das denúncias, o senador Geovani, que ocupa temporariamente o cargo político do irmão Gilvam, foi à tribuna do Senado, na segunda-feira (16/5), manifestar seu repúdio ao conteúdo da matéria de Época. A família Capiberipe, que tem João Capiberibe como ex-senador cassado do Amapá, seria a fonte da reportagem. O jornalista Andrei Meireles rechaça qualquer relacionamento com os Capiberibes. "A matéria é toda baseada em relatórios e documentos da Polícia Federal, Funasa e Controladoria-Geral da União. Nós relatamos investigações oficiais, tudo é documentado", explica Meireles, da sucursal de Época em Brasília. As investigações a respeito dos desvios já resultaram na prisão dos proprietários da consultora AFG, que recebeu R$ 667 mil por serviços jamais prestados e posteriormente repassou o valor para contas dos comitês eleitorais do PMDB no Amapá. Segundo a CGU, o prejuízo originado por este episódio é de R$ 6,2 milhões, além da morte de 20 índios por falta de atendimento médico adequado.
A matéria da Época.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Professora em greve no Rio Grande do Norte fala verdades sobre a educação


Depoimento da professora Amanda Gurgel diante da secretária de estado da Educação e de deputados estaduais. Ela diz o óbvio, que todos sabemos: educação não é prioridade de nenhum governo. Dinheiro sobra para a Copa do Mundo, para incentivos a agroexportadores e montadoras de automóveis, para empreiteiros. Educação não é interesse do capital, escola pública não dá lucro, o que dá lucro é faculdade particular de baixo nível e cara. Governos e mais governos fazem o discurso de que é preciso administrar bem com poucos recursos, de que é preciso melhorar a educação mesmo sem pagar melhor os professores. Por que não dizem isso aos empresários? Por que não pedem aos empreiteiros que toquem obras públicas de graça – ou para ganhar R$ 900 por mês, como um professor? Onde educação é prioridade, os resultados são imediatos e duradouros, mas o capital não ganha com isso. Então pra ele e para seus governos neoliberais (como o do prefeito Lacerda, que está privatizando escolas por 30 anos!) tanto faz.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Indignada, população reage à privatização do Mercado Distrital do Cruzeiro

Hotéis (não é um só, não), shopping, estacionamento para 1.900 carros. É o próprio inferno que Lacerda que criar no bairro Cruzeiro, onde hoje funciona um pacato e agradável mercado distrital. Decadente, sim, mas porque a prefeitura não cuida, porque não interessam à administração Lacerda áreas públicas, áreas verdes, áreas de lazer. Lacerda administra a cidade como se fosse sua empresa e só quer saber de fazer com que ela dê lucro. Lucro, para a população – cois que o prefeito ignora – é qualidade de vida.

Do Estado de Minas.
População rejeita demolição do Mercado Distrital do Cruzeiro
Representantes de moradores, arquitetos e urbanistas atacam o projeto que muda o perfil do centro de compras, enquanto a prefeitura corre para viabilizar a obra
Flávia Ayer
28/4/2011
Ao tentar dar o próximo passo para mudar o perfil do Mercado Distrital do Cruzeiro, a Prefeitura de Belo Horizonte viu que não será tão fácil derrubar o tradicional centro de compras da Região Centro-Sul de BH e transformá-lo em um empreendimento que abrigará dois hotéis, lojas, restaurantes e 1,9 mil vagas de estacionamento. Sob enxurrada de críticas da comunidade, arquitetos e urbanistas, o Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural de BH adiou a votação da proposta para o dia 18, com o objetivo de discutir melhor o assunto. Um empecilho a mais aos planos da prefeitura, que agora corre contra o tempo para conseguir protocolar o projeto até 31 de julho.
A comunidade e entidades representativas de arquitetos e urbanistas não se convencem dos atributos dados ao novo mercado. Pelo contrário, consideram que o projeto apaga uma história construída há 36 anos, com a assinatura do arquiteto Éolo Maia. "A memória da cidade não se constitui apenas de arquitetura. O mercado faz parte de um patrimônio imaterial, das tradições do bairro e das famílias. Defendemos a reabilitação do Distrital do Cruzeiro e não sua demolição", afirma a diretora de patrimônio do Instituto dos Arquitetos do Brasil, Luciana Feres, adiantando que a entidade defende um concurso público para criar um projeto para o mercado.
Durante a reunião do conselho, moradores deixaram clara a oposição à obra. "Nossa indignação é proporcional ao grande problema que agora enfrentamos", reiterou o músico Chico Amaral. A presidente da Associação dos Cidadãos do Bairro Cruzeiro (Amoreiro), Patrícia Caristo, afirma que a comunidade quer um espaço que presenteie a população com uma área de lazer, e não com mais concreto. "O mercado não está à mingua como a prefeitura insiste em dizer. Ele tem um papel social. Queremos nosso céu e não esse projeto."
A íntegra.

Diga não à demolição do Mercado Distrital do Cruzeiro

Vi no MGTV: a prefeitura pressiona os moradores para que o megaempreendimento seja aprovado rapidamente. Eu não sabia, mas está em vigor uma lei que suspende o código de posturas para que seja feita toda sorte de absurdos e todos tipo de atrocidades em Belo Horizonte por causa da Copa do Mundo. Realmente o prefeito Lacerda é insuperável em matéria de piorar a qualidade de vida na cidade que administra, mas na qual ele não mora. É o caso do mercado do Cruzeiro. Ele quer entregá-lo para uma grande empreiteira construir um super-hotel e mais não sei o que no terreno, numa região que não carece de prédios e sim de áreas de lazer e verdes. Mas Lacerda quer encher os bolsos dos seus amigos empresários e aumentar a arrecadação da prefeitura. A qualidade de vida que se dane, afinal ele não mora aqui mesmo. Se o mercado está decadente, que a prefeitura revitalize de verdade, com um projeto urbanístico, criando área de lazer para a população. Imagina o que é construir um superprédio ali, três anos de transtorno de obras, depois trânsito infernal (mais ainda, porque hoje já é), de hotel e shopping, num lugar que tem faculdade e muitos prédios. O prefeito chama a isso "modernização do mercado", quando na verdade é entregar uma área pública para a iniciativa privada durante 35 anos! É a privatização da cidade que Lacerda põe em curso no seu desastroso mandato. Só a população – que já se manifestou contrária ao projeto – pode deter mais essa monstruosidade.

sábado, 14 de maio de 2011

Chuva em Buenos Aires

Chuva (Lluvia), filme argentino em cartaz no Belas Artes. A página da Usiminas informa que o filme é de 2010, mas não é, é de 2008 e em 2009 participou do Festival de Gramado (o descaso da Usiminas com os cinemas que patrocina é evidente). Os argentinos também encontram seu jeito de fazer cinema, fenômeno que ocorre em todo o mundo. O cinema é uma arte, o cinema de Hollywood é apenas uma das suas possibilidades, a predominante e a mais pobre, mais fácil, embora sustentada por muito dinheiro e tecnologia. Quando diretores de qualquer país, como a argentina Paula Hernández, contam uma história para a câmara estão inventando sua forma de fazer arte. Cinema é isso, uma história a partir de uma situação: chuva. Não é preciso preencher todos os espaços com uma história densa e repleta de explicações. Importa a forma de contar – a história brota da experiência humana. Sensibilidade, talento, competência. Bela música, bela fotografia, bons atores. Uma história. Com a marca argentina, mais europeia do que latinoamericana. Paula Hernández conta a história com ritmo (de chuva?), acrescentando informações à medida que a narrativa exige, sem pressa, contendo, para criar o mistério, que não há, afinal, que é corriqueiro, como nossas vidas. Cinema é ilusão, arte é ilusão, o ser humano é ilusão: inventamos a nós mesmos em busca da nossa importância transcendental e nossa invenção ilude o outro, a geração seguinte. Presos no cinema, como se fica preso na chuva ou no trânsito, prestamos atenção, observamos, nos distraímos, esperamos o fim. Um belo filme argentino.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Reforma tributária da Dilma não afeta os ricos

Da Agência Carta Maior.
Proposta de reforma tributária do governo ignora distribuição injusta
Prioridade de Dilma Rousseff em 2011, proposta deixa intocada regressividade do sistema brasileiro. Só metade da tributação atinge renda, lucro e patrimônio. CUT defende imposto sobre jatinhos e iates. Auditores e fiscais querem taxar grandes fortunas. Com um terço do Congresso dono ou sócio de empresas ou fazendas, governo opta por reforma da 'eficiência'.
A íntegra.

Contra o aumento das tarifas nos transportes públicos


Vídeo do Ccentro de Mídia Independente.

Para salvar área verde em Paraisópolis

Vejam, belo-horizontinos: não é só aqui que o prefeito não gosta de espaços públicos, áreas verdes, bichos e gente.

Abaixo-assinado SOS Alto Paraíso de Goiás
Sr. Prefeito,
Nós, abaixo assinados, não aprovamos o desmatamento de Área Verde Preservada para qualquer finalidade, muito menos para construir uma Estação de Tratamento de Esgoto que vai incomodar moradores e turistas, que estará junto a três nascentes de água e prejudicará a fauna local. Por favor, seja mais democrático e ouça a população de Alto Paraíso de Goiás na definição da melhor solução de saneamento para a cidade.
Para assinar, clique aqui.

O que é novo na web

É a essência da web e das redes sociais: o controle da informação. Antes, dependíamos de jornais, rádios e televisões para nos informar, seus proprietários e concessionarios controlavam a produção e circulação de informações. Agora podemos nos informar livremente uns aos outros, sem depender do que interessa ou não aos veículos capitalistas.

Do Comunique-se.
Infraero segue Petrobras e publica respostas dadas a repórteres em seu saite
A Infraero, empresa que administra os aeroportos brasileiros, adotou este ano a medida tomada em 2009 pela Petrobras, que decidiu publicar em seu blog as questões feitas pelos jornalistas e as respostas da empresa aos respectivos questionamentos. Na época, a Petrobras gerou polêmica ao postar as perguntas e respostas antes da publicação das matérias nos veículos de imprensa. No entanto, segundo Cibele Nunes, gerente na Superintendência de Marketing e Comunicação Social da Infraero, a empresa aguarda a publicação dos veículos para divulgar a íntegra das respostas dadas aos jornalistas. De acordo com ela, a medida evita equívocos. "A empresa dá uma resposta completa, mas o jornalista edita, e a resposta nem sempre aparece como deveria. Todas as perguntas que os jornalistas nos fazem estão no site da Infraero, para quem quiser ver. Além da transparência, passou a ser uma ferramenta de trabalho para esclarecer dúvidas dos jornalistas", explicou Cibele, no Congrecom, 2 Congresso Sul-Brasileiro de Comunicação e Marketing no Serviço Público, nesta terça-feira (10/5) em Florianópolis.
A íntegra.

O que é novo nas redes sociais

Acho interessante a notícia abaixo por vários motivos. Primeiro, pela referência a Sócrates e Platão, dois filósofos reacionários, mas sempre citados para se demonstrar erudição e principalmente para liquidar a discussão. Segundo, porque a afirmação parece ser surpreendente, quando na verdade é óbvia: é claro que rede social existe desde que se inventou a sociedade, é claro que o mundo virtual reflete o mundo real. Terceiro, porque a discussão demonstra o esforço das pessoas para compreender o que está acontecendo aqui, neste imprevisível mundo virtual. E aí ocorrem fenômenos interessantes como os profissionais que lidam com as tecnologias mais avançadas às vezes são os mais atrasados, mentalmente. A questão toda é saber o que é que as novas tecnologias nos possibilitam que antes não podíamos fazer. E isso é social, não é tecnológico. Ou seja, o mais importante é avançar a ordem social, não é a tecnologia, porque esta é apropriada por aquela – os órgãos de informação americanos têm acesso aos dados do Facebook e do Google, como nos alertou Julian Assange, e estamos todos trabalhando gratuitamente, ingenuamente, para dotar os EUA do mais completo arquivo de informações sobre todos os cidadãos do planeta. O que acontece é que a tecnologia também interfere na ordem social. Ou como diria um contemporâneo (em termos) de Sócrates e Platão, mais progressista: a vida é dialética.

Do Comunique-se.
"Rede social existe desde a época de Platão e Sócrates", diz especialista
Durante a palestra "As marcas, as crises e as soluções digitais", realizada na tarde de segunda-feira (9/5), como parte do Congresso Internacional para Líderes da Comunicação, dois profissionais da área de comunicação digital desmistificaram as redes sociais. Para Daniel Miura, diretor de mídias sociais da CDI Digital, e Heloisa Mello, diretora do núcleo digital da Máquina da Notícia, os chamados saites de relacionamentos refletem o que acontece no "mundo real". "Rede social existe desde a época de Platão e Sócrates", afirmou Miura, ao citar que não vê tantas novidades sendo promovidas por páginas como Facebook, Twitter e Orkut. O pensamento do executivo foi parecido com a opinião de Heloísa. "O mundo digital não é tão diferente do offline", disse a diretora da agência Máquina da Notícia, durante o evento que foi realizado no Hotel Transamérica São Paulo, no bairro de Santo Amaro, região sudoeste da capital paulista.

O provincianismo das placas de obras da prefeitura

Além de administrar a cidade como se fosse sua empresa, o prefeito milionário Lacerda é de um provincianismo impressionante. As placas que espalhou pela cidade em qualquer buraco que fura têm escrito em letras garrafais "obra da prefeitura". Como fazem os prefeitos de cidadezinhas do interior que querem capitalizar benfeitorias possibilitadas por recursos federais. O famoso "fui eu que fiz". Se a legislação permitisse, certamente ele colocaria seu nome nas placas. É claro que as placas – imensas, feias e fincadas em locais inadequados, obstruindo a passagem dos pedestres e poluindo a paisagem, como as outras placas de propaganda que ele mesmo mandou arrancar, no único ato razoável do seu governo – precedem as obras. A gente vê placa anunciando obra que não está sendo feita; também permanecem durante longo tempo depois que a "obra" acabou. Obras simples, corriqueiras, que qualquer administrador competente faria em uma semana ou um mês – como a da Savassi, que vai levar um ano e meio para ficar pronta nas vésperas da eleição do ano que vem e se fazer bastante propaganda em cima dela. É bom lembrar que ele multiplicou por oito o orçamento de publicidade da prefeitura este ano. Fazer obra é obrigação, prefeito é eleito para isso mesmo, e o dinheiro que ele usa, embora pense ser da empresa dele, é público. Tudo que é feito hoje em dia envolve recursos federais e estaduais, quando não estrangeiros. O mérito de um prefeitinho é muito pequeno, e o maior é quando melhora a cidade radicalmente sem alarde, como fizeram Patrus e Célio de Castro. Prefeito deve ser discreto, eficente e democrático, qualidades que Lacerda desconhece. O que melhora a cidade para seus moradores é o transporte público de qualidade – e o de BH é péssimo, caótico; é a educação pública de qualidade – e Lacerda neoliberal está privatizando as escolas; é a saúde pública de qualidade – idem; são áreas públicas amplas, numerosas e agradáveis para a população usufruir – mas Lacerda proibiu o uso da Praça da Estação, vendeu 80 terrenos públicos, vendeu o Mercado da Barroca e está vendendo o Mercado do Cruzeiro, para que seus amigos empresários do setor imobiliário possam construir mais arranha-céus, como se a cidade já não os tivesse bastantes. A presença da autoridade, fazendo valer a lei para os mais fortes que não respeitam o povo, também ajuda, mas o que vemos é a total omissão da prefeitura e do governo do estado. A PM não aparece quando a gente precisa, a Guarda Municipal ninguém sabe pra que serve, a BHTrans desaparece das ruas quando o trânsito congestiona, os fiscais batem papo em bandos, fingindo não ver o que acontece do seu lado... A lógica da segurança e lotar a cidade de câmaras de vigilância, porque assim têm de comprar equipamentos caros de empresários que financiam campanhas. Enfim, BH é uma cidade sem autoridade. Nunca tivemos tantas polícias e ao mesmo tempo tanta ineficiência policial. Nos dias atuais, Belo Horizonte é cada vez pior para seus habitantes e "cada vez melhor" nas propagandas oficiais.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Eleição no Sindicato dos Jornalistas: Chapa 1

A chapa da Eneida e do Rogério Hilário. Aqui suas propostas.


Facebook e Google nos espionam

Do Estadão.
"Facebook é máquina de espionagem"
Em uma entrevista ao Russia Today, o fundador do Wikileaks, Julian Assange, disse que o Facebook é a "mais espantosa máquina de espionagem já inventada". "Nas redes sociais temos a base de dados mais ampla sobre os cidadãos, suas relações, o nome de seus contatos, seus endereços, as mensagens que trocam com outras pessoas e isso tudo é alojado nos EUA, acessível aos seus serviços de inteligência", disse ele. Para Assange, as empresas por trás desses serviços – como o Google e o Yahoo – criaram mecanismos para facilitar o acesso dos serviços de inteligência à esse tipo de informação. "Obter uma citação ou um requerimento judicial já não é um problema. Existe uma interface de conexão já em uso. Isso quer dizer que o Facebook está sendo gerido pelos serviços de inteligência americanos? Não, não é isso. Simplesmente a inteligência dos EUA tem a capacidade legal e política para pressioná-los. É caro manejar um a um cada um dos arquivos, por isso automatizaram o processo". E o fundador do Wikileaks vai além: quem usa as redes sociais com frequência e convida os amigos a participarem do Facebook está trabalhando de graça para as agências de inteligência dos EUA. Assange está aguardando sua extradição para a Suécia.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Prefeitura de BH privatiza educação

Segue a todo vapor a política neoliberal do prefeito empresário milionário que não mora na cidade que administra. Agora é o ensino público municipal (37 escolas, 20 mil alunos) que Lacerda passa para a iniciativa privada pelo prazo de 35 anos. Nem Serra e os demotucanos fariam tanto.

Do Valor Econômico.
Prefeitura de Belo Horizonte prepara primeira PPP na área de ensino

Beth Koike
De Belo Horizonte
6/5/2011
Oito meses após a criação de uma Parceria Público Privada (PPP) na área da saúde, a prefeitura de Belo Horizonte assinou um convênio para tornar viável a primeira PPP no segmento de ensino, que demandará investimento de cerca de R$ 200 milhões.
A íntegra.

domingo, 8 de maio de 2011

Sydney Possuelo e as espécies indígenas ameaçadas de extinção

Rondon, irmãos Vilas Boas, Sydney Possuelo. Os bem-intencionados com os indígenas. Antes, durante e ainda hoje, outros simplesmente atiram neles para matar, tratam-nos como bichos, como débeis mentais, como seres "sem alma". Talvez os jesuítas, os primeiros, tenham sido também bem-intencionados, querendo salvar sua alma, protegendo-os dos bandeirantes. O fato é que os "civilizados" fizeram mal aos indígenas deste Pindorama querendo ou sem querer. Bastava uma aproximação bem-intencionada para dizimar dezenas, centenas, com uma gripe. "Um ano depois do contato aqueles indivíduos bonitos, saudáveis, orgulhosos tinham se transformando em dependentes do homem branco", conta Possuelo no documentário. O sertanista, que foi afastado da Funai em 2006 porque chamou o presidente do órgão de fazendeiro, é a personificação da evolução do indigenismo brasileiro. Da ideia de convertê-los ao catolicismo passou-se ao projeto de integração, com Rondon, depois com os Vilas Boas, até a política de isolamento, de Possuelo. Os povos indígenas "brasileiros" (nacionalidade e território nacional são ideias completamente estranhas aos índios) devem ser mantidos isolados dos homens brancos. O dever do Estado brasileiro para com os índios é demarcar e proteger seu território, garantindo sua integridade, impedindo que seja invadido pelos "brancos" que derrubam milhares de árvores e matam toneladas de animais. Os povos indígenas, enfim, são espécies ameaçadas de extinção e devem ser preservadas, como preservamos árvores, aves, peixes, mamíferos.

sábado, 7 de maio de 2011

Como servir o poder fazendo 'jornalismo'

Do blog Praça Livre BH.
Factóide sensacionalista do jornal O Tempo criminaliza artesãos nômades e busca legitimar perante a população o abuso de poder da Gerência de Fiscalização da Prefeitura de Belo Horizonte
Por Ommar Motta
Marcando o retorno do blog, que tal sabermos o que aconteceu na Praça Sete no dia 29/4/2011? Todos jornais da capital estavam lá e vários canais de televisão, mas nenhum deles mostrou o outro lado da história…
Veja mais fotos no fim da página
Saiu no dia 28/4/2011, matéria intitulada "Com maconha liberada, praça Sete vira Amsterdã mineira". A noticia já começa equivocada, afinal, em Amsterdã ninguém fuma maconha na rua e sim em Coffee Shops destinados a isso. Mas como toda matéria sensacionalista, precisa de um título de impacto, na sequência se apresentam algumas fotos de pessoas enrolando e fumando cannabis sativa na praça Sete, centro de Belo Horizonte. As fotos mostram um grupo de jovens da periferia e um suposto artesão consumindo a erva.
A íntegra.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Vexames e constrangimentos

Os deuses do futebol são realmente incompreensíveis. Só ficou o Santos na Libertadores, ontem os outros quatro times brasileiros foram eliminados. A simpática e talentosa Júlia Lemmertz foi homenageada pelo Inter, antes do jogo de ontem. Era noite de festa, mas o Inter deu vexame e adeus à Libertadores, para constrangimento da atriz, sobre quem agora ficará a pecha de pé frio. Não são exatamente os pés que chamam atenção em outra atriz, Debora Secco, também presente a um estádio ontem à noite, a Arena do Jacaré. Foi ver seu marido jogar, mas o atacante cruzeirense Roger foi expulso aos 30 minutos – e "o melhor time da Libertadores" ainda foi eliminado pelo classificado mais fraco. Falta saber agora quais foram as atrizes presentes nos jogos do Fluminense e do Grêmio.

O fenômeno cultural do novo carnaval belo-horizontino

Dá alento ver que tem mais gente percebendo o enorme retrocesso da administração Lacerda. Como diz a matéria e mostra o vídeo, pular carnaval em BH é um ato subversivo, reprimido pela PM de Anastasia, com escopeta e gás lacrimogêno. Os truculentos policiais parecem dizer: "Que negócio é esse de querer ocupar espaços públicos?!" Na cidade de Lacerda e Anastasia, em que praças são reformadas, mas não se pode pisar na grama, espaços públicos são apenas imagem de propaganda para atrair turistas para a Copa.

PATÉTICA from Pulsatrix on Vimeo.


Do overmundo.
Chuta a família mineira!
Makely Ka
Esse é o refrão de uma das marchinhas que se pôde ouvir pelas ruas do Centro de Belo Horizonte nas ultimas semanas, mais especificamente no Bairro de Santa Tereza e nas imediações da Praça da Estação nos sábados à tarde. Não é o único, mas chama a atenção ser justamente esse um dos mais cantados. Vale destacar alguns aspectos no mínimo curiosos desse fenômeno, que traz consigo toda uma nova perspectiva cultural, política e comportamental para a cidade. Em primeiro lugar se destaca a afronta clara a uma idéia de moral e bons costumes representados pela tradicional família mineira. O imaginário nacional que se criou em torno de Minas Gerais dá conta de um estado que abriga uma população conservadora e recatada, passiva e ingenuamente desconfiada. Esse imaginário remonta ao período colonial, formando uma espécie de caricatura generalizada que não corresponde às transformações ocorridas no decorrer do processo de urbanização intensa de Belo Horizonte e das principais cidades do estado nas últimas décadas. Chutar a família mineira é, portanto, mais do que uma simples agressão verbal, um grito de inconformismo, uma tomada de consciência e uma chamada para si de responsabilidade. Não é gratuito o fato de que o movimento do carnaval de rua, que popularizou a marchinha desbocada, seja de certa forma o desdobramento de um protesto lúdico e inusitado contra um decreto municipal que proibia eventos nas praças públicas da cidade. Mais do que contestar o decreto que dá prosseguimento ao processo de higienização urbana e prepara o terreno para a especulação comercial dos espaços públicos da cidade, a Praia da Estação é uma manifestação espontânea, um happening em resposta à suposta passividade e conservadorismo dos mineiros.
A íntegra.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Mais um descalabro do prefeito Lacerda: vender o Mercado Distrital do Cruzeiro

Depois de privatizar a Praça da Estação, de lotear a mata do Isidoro, de vender o Mercado Distrital da Barroca e mais centenas de imóveis, o prefeito milionário que não mora na cidade que administra agora quer vender o Mercado Distrital do Cruzeiro. O neoliberal Lacerda vende tudo que a prefeitura tem para fazer caixa e pagar a publicidade da sua gestão, cujo orçamento aumentou 8 vezes! É a mais desastrosa administração da cidade desde os tempos da ditadura.

Abaixo assinado.
Mercado Distrital do Cruzeiro – revitalização sim, demolição não!

Para: Prefeitura de Belo Horizonte
Nós, abaixo assinados, rejeitamos e repudiamos o projeto vencedor do Pedido de Manifestação de Interesse - PMI 5/2010, proposto pela Prefeitura de Belo Horizonte, que prevê a demolição do Mercado Distrital do Cruzeiro para a construção de um mega empreendimento que inclui a construção de um shopping Center, dois hotéis e vagas para dois mil carros, ocupando totalmente a área que hoje é destinada ao Mercado e seus estacionamentos, sob o pretexto de revitalização do mercado.
Nós, abaixo assinados, consideramos que é direito das comunidades servidas pelo Mercado Distrital do Cruzeiro participar da elaboração e da escolha do projeto de revitalização que melhor atenda aos bairros do entorno do mercado, garantindo que este projeto não descaracterize o mercado como ele é, e não traga para a comunidade do Cruzeiro e bairros próximos (Anchieta, Serra, Carmo Sion e Mangabeiras) todos os insuportáveis impactos ambientais, de trânsito, mobilidade urbana, esgoto e outros, que o projeto da Santec Engenharia, aprovado pela PBH, certamente ocasionaria.
Nós, abaixo assinados, como parte integrante da Sociedade Civil e como moradores conscientes de seus direitos, efetivamente interessados na melhoria da qualidade de vida e do ambiente da região, estamos plenamente convictos do nosso direito em opinar e deliberar sobre o futuro desta área hoje ocupada pelo Mercado Distrital do Cruzeiro, para que não ocorra a triste possibilidade de uma ditadura econômica e administrativa que nos imponha, de cima para baixo, uma obra e um empreendimento que não queremos e repudiamos. Neste abaixo assinado salientamos que já somos muito afetados pelos imensos transtornos que nos causa o crescimento desordenado da indesejada vizinhança com a Universidade Fumec, em um bairro tipicamente residencial e que não entendemos o projeto da Santec Engenharia como solução para estes problemas, e sim, como agravamento da situação.
Por fim, esperamos que as autoridades do Executivo e do Legislativo, a quem se destina este documento, determinem as providências necessárias para que este projeto seja interditado e impedido e para que se realize um projeto que esteja em consonância com os anseios e necessidades do Bairro Cruzeiro e dos bairros do entorno do Mercado Distrital do Cruzeiro.
Este abaixo assinado irá integrar uma ação civil pública contra a Prefeitura de Belo Horizonte.
Os signatários
Para assinar, clique aqui.

Chove chuva

Chove em SP num dia, no outro chove em BH. Realmente de ontem pra hoje a temperatura subiu, mas esta chuva forte que cai agora é inesperada.

Vítimas das mudanças climáticas foram 30 milhões em 2010

Da Agência Brasil.
Cruz Vermelha: catástrofes naturais atingiram mais de 30 milhões de pessoas em todo o mundo em 2010
O aquecimento global e as consequentes alterações climáticas em todo o mundo foram o motivo de 30 milhões de atendimentos da Cruz Vermelha Internacional no ano passado. Foram atendimentos a vítimas de catástrofes naturais, algumas das quais não chegaram a repercutir na grande imprensa. A informação foi dada ontem (29/4), no Rio de Janeiro, pelo secretário-geral da Federação Internacional da Cruz Vermelha, Bekele Geleta, que está em visita ao Brasil, para tratar das relações institucionais, com entidades públicas e privadas do país. Os números dizem respeito apenas aos atendimentos decorrentes de tragédias naturais e foram feitos pelos cerca de 270 mil funcionários da Cruz Vermelha, em todo o mundo. Geleta ressaltou que o montante é ainda maior se forem computadas as pessoas beneficiadas por serviços de prevenção à saúde e aqueles relativos a questões sanitárias. Para o secretário-geral da Federação Internacional da Cruz Vermelha, o agravamento das questões climáticas poderá piorar a situação, como já vem sendo possível ser constatado também em 2011, com tragédias como o terremoto, seguido de tsunami, ocorrido no Japão e os tornados que vêm assolando vários estados norte-americanos.
A íntegra.

Construtora derruba árvores, compromete casas e prefeitura de BH nem quer saber


E repórter do CQC ainda apanha de funcionário (dono?) da empresa. Em BH. Desde 2006. Prefeitura diz que não é com ela. Que nem aconteceu com o shopping no Anchieta. Exemplo de como as construtoras fazem o que querem na cidade, sem serem incomodadas.