quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Oposição usou pesquisa enganosa

Imprensa paulista adere à desconstrução do tucano mineiro. Candidato em 2018 é Alckmin. 

Do DCM, reproduzindo matéria da Folha de S. Paulo.
Aécio usou pesquisa com dados enganosos
Ricardo Mendonça, 30/10/14

Informações de uma pesquisa de intenção de voto do instituto Veritá usadas na propaganda de segundo turno do tucano Aécio Neves são comprovadamente enganosas.
Quem confirma é o próprio dono do instituto que fez o levantamento, Adriano Silvoni. E também o estatístico responsável pelas pesquisas do Veritá, Leonard de Assis.
A informação infundada era a liderança de Aécio em Minas Gerais com 14 pontos de vantagem sobre Dilma Rousseff (PT): uma pesquisa que o mostrava com 57% ante 43% da petista.
O enredo que levou o PSDB a propagar esses números começa em 6 de outubro, logo após o primeiro turno, quando o Veritá conclui uma pesquisa nacional para presidente com 5.161 entrevistas, estudo registrado no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) com o código BR-01067/2014.
A íntegra.

Quem quer discutir reforma política a sério?

A primeira coisa é acabar com o atual modelo em que o presidente é eleito pela maioria num dia e no dia seguinte um projeto seu é derrotado pelo Congresso.
Isso é um absurdo numa democracia: para que o governo funcione e a vontade do povo seja respeitada -- seja para distribuir renda, bandeira principal do PT nesta eleição, seja para implantar uma política neoliberal, bandeira da oposição --, é preciso que exista correspondência entre a eleição do poder Executivo e a do Legislativo.
O presidente eleito precisa ter maioria no Congresso.
Ter é muito diferente de obter, que no caso brasileiro, com mais de 30 partidos representados, significa sair negociando, partido por partido, com bancadas de três ou quatro, que querem vantagens pessoais ou para seus grupos em troca dos seus votos.
E quando o presidente faz isso, qualquer governo, porque é obrigado, para poder governar, a oposição, a "grande" imprensa e o Judiciário saem denunciando a corrupção.
Maioria para o presidente, para o governador e para o prefeito precisa significar também maioria no Congresso, na Assembleia e na Câmara de Vereadores, obtida nas urnas.
O resto é conversa pra boi dormir.

Uma luz contra a ignorância arrogante

Um vídeo curto e interessante. Mostra quanto as arrogantes estrelas da direita na "grande" imprensa são ignorantes. E quanto o melhor quadro político do país continua sendo o ex-ministro Ciro Gomes. Quantos são capazes de discutir tudo que ele discute, com opinião própria, baseada em conhecimento e não ser contestado?
Por que está marginalizado no duelo entre esquerda e direita?
Taí um cara que Dilma devia chamar para o seu novo governo.
Pessoas como ele e o Nassif já perderam a paciência -- percebe-se nos seus discursos -- diante do que precisa ser feito no país e não é, bem como da estupidez em que a "grande" imprensa transformou a discussão política no Brasil. 

PSDB precisa voltar a ser um partido político

A primeira opção do eleitorado foi Marina, o candidato tucano entrou depois, por decepção com a outra.
Em 2018 pode acontecer o mesmo.
Envenenada pelo bombardeio de calúnias da "grande" imprensa, parte da população quer "mudança".
Está pronta a embarcar em qualquer canoa que a proponha.
O PSDB, que já foi um partido de intelectuais e classe média, tornou-se um rabo de lagartixa da "grande" imprensa, que é a cabeça desse corpo oposicionista.
Dispensável, desde que surja outro mais capaz de angariar votos mudancistas.
O que o PSDB original precisa é abandonar esse caminho que o leva a apoiar forças protofascistas e voltar a ser um partido social-democrata.

Do jornal GGN.
PSDB: reavaliar ideias e reorientar o comportamento 
Roberto Bitencourt da Silva

De acordo com Norberto Bobbio, esquerda e direita são posições relacionais. Quanto maior a atenção dada à igualdade econômica e social, mais à esquerda encontram-se os agentes políticos. Com a prática do veto a tudo que combata as desigualdades sociais no país, Aécio, PSDB e seus eleitores mais empedernidos apenas contribuem para um bloqueio reacionário da agenda pública. Por outro lado, vale assinalar que o comprometimento das direitas com ideias que não são produzidas por elas, em geral nascidas ou repercutidas no estuário das esquerdas, marcou o processo civilizatório de alguns países europeus. Um requisito elementar da democracia eleitoral.
Na contramão, o PSDB cada vez mais tem se assemelhado à velha UDN. Na retórica e na cosmovisão elitista sobre o Brasil. Não é difícil atribuir-lhe a pecha de “partido dos ricos”. Acentuados laivos fascistas têm reverberado em suas hostes. A seguir tal trajetória, o seu estreito programa não tem capacidade de sensibilizar amplas faixas do eleitorado. Só lhe restariam apelos golpistas, como alguns eleitores tucanos histericamente andam fazendo. É esse lastimável destino que o partido quer reservar para si? Convenhamos, um partido conservador não precisa se apoiar na barbárie social e no grotesco político.
Aécio falou muito em mudança. Seria oportuno que ele, o seu partido e demais forças conservadoras começassem a mudar a si próprios e a entender melhor o Brasil. A maior mudança que o PSDB poderia fazer seria converter-se em um partido de fato, com propostas e antenado com o que se passa no país, em vez de caminhar na esteira da agenda despolitizante, reacionária e sensacionalista dos conglomerados da mídia. Seria saudável à democracia brasileira.
A íntegra.

Ainda sobre a Veja distribuída na véspera da eleição

Jânio de Freitas é reconhecido por todos como o principal analista político do país. Cada vez mais bate de frente contra a Folha, na qual trabalha há trinta anos. Na cobertura do julgamento do "mensalão" foi uma rara voz destoante da farsa combinada entre STF, oposição e "grande" imprensa. Agora mais uma vez denuncia o crime eleitoral da revista Veja, que teve os jornalões e o candidato da oposição como cúmplices.
Não nos iludamos, o que aconteceu nesta eleição foi uma tentativa de golpe, como os novos golpes que se tornaram comuns na América Latina, que não são protagonizados pelos militares, pois estes se queimaram nas ditaduras dos anos 60, 70 e 80 e não se prestam mais ao papel de instrumento das elites.
Os golpes agora, desde o de 2002, na Venezuela, são liderados pela imprensa velha e oligopolizada, que dissemina o ódio na população e a lança nas ruas e nas urnas para derrubar governos de esquerda.

Do jornal GGN.
da Folha
Janio de Freitas
Um fato sem retificação
PF suspeita que Youssef foi induzido a acusar Dilma e Lula, numa operação para influir na eleição deste ano

Antes mesmo de alguma informação do inquérito, em início na Polícia Federal, sobre o "vazamento" da acusação a Lula e Dilma Rousseff pelo doleiro Alberto Youssef, não é mais necessário suspeitar de procedimentos, digamos, exóticos nesse fato anexado à eleição para o posto culminante deste país. Pode-se ter certeza .
Na quarta 22, "um dos advogados" de Youssef "pediu para fazer uma retificação" em depoimento prestado na véspera por seu cliente. "No interrogatório, perguntou quem mais sabia (...) das fraudes na Petrobras. Youssef disse, então, que, pela dimensão do caso, não teria como Lula e Dilma não saberem. A partir daí, concluiu-se a retificação." Ou seja, foi só a acusação.
As aspas em "vazamento", lá em cima, são porque a palavra, nesse caso, sem aspas será falsa. As outras aspas indicam a origem alheia de frases encontradas a meio de uma pequena notícia, com a magreza incomum de uma só coluna no estilo em tudo grandiloquente de certos jornais, e no mais discreto canto interno inferior da pág. 6 de "O Globo", de 29/10. Para precisar melhor: abaixo de um sucinto editorial com o título "Transparência", cobrando-a da Petrobras.
Já no dia seguinte à "retificação", "Veja" divulgou-a, abrindo o material ao uso que muitos esperaram por parte da TV Globo na mesma noite e logo por Folha, "O Estado de S. Paulo" e "Globo". Nenhum dos três valeu-se do material. Se o fizessem, aliás, Dilma, Lula e o PT disporiam de tempo e de funcionamento judicial para para uma reação em grande escala, inclusive com direito de resposta em horário nobre de TV. O PT apenas entrou com uma ação comum contra "Veja".
O que foi evitado a dois dias da eleição, foi feito na véspera. A explicação publicada, e idêntica em quase todos os que se associaram ao material da revista, foi de que aguardaram confirmar o depoimento de Youssef. Àquela altura, Lula, Dilma e o PT não tinham mais tempo senão para um desmentido convencional, embora indignado, já estando relaxados pelo fim de semana os possíveis dispositivos para buscarem mais.
"O Globo" não dá o nome de "um dos advogados". Até agora constava haver um só, que, sem pedir anonimato, foi quem divulgou acusações feitas em audiências judiciais, autorizado a acompanhá-las, que nem incluíam o seu cliente. Seja quem for o requerente, pediu e obteve o que não houve.
Retificação é mudança para corrigir. Não houve mudança nem correção. E o pedido do advogado teve propósito explícito: os nomes de quem mais sabia da prática de corrupção na Petrobras. Uma indagação, com o acusado preso e prestando seguidos depoimentos, sem urgência. E sem urgência no processo, insuficiente para justificar uma inquirição especial.
O complemento dessa sequência veio também na véspera da eleição, já para a tarde. Youssef foi levado da cadeia para um hospital em Curitiba. O médico, que se restringiu a essa condição, não escondeu nem enfeitou que encontrara um paciente "consciente, lúcido e orientado", cujos exames laboratoriais "estão dentro da normalidade". Mas alguém "vazou" de imediato que Youssef, mesmo socorrido, morrera por assassinato.
O boato da queima de arquivo pela campanha de Dilma ia muito bem, entrando pela noite, quando alguém teve a ideia de telefonar para a enlutada filha da vítima, que disse, no entanto, estar o papai muito bem. O jornalista Sandro Moreyra já tinha inventado, para o seu ficcionado Garrincha, a necessidade de combinação prévia com os russos.
A Polícia Federal suspeita que Youssef foi induzido a fazer as acusações a Dilma e Lula, entre o depoimento dado na terça, 21, e a alegada "retificação" na quinta, 23. Suspeita um pouco mais: que se tratasse de uma operação para influir na eleição presidencial.
A Polícia Federal tem comprovado muita e crescente competência. Mas, nem chega a ser estranho, jamais mostrou resultado consequente, quando chegou a algum, nos vários casos de interferência em eleições. Não se espere por exceção.

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Sarney, com adesivo da Dilma, votou no Aécio

Direita não gosta da democracia porque pobres elegem a esquerda

Não é só no Brasil, não, diz o economista americano, prêmio Nobel de 2008. Ele é colunista da Folha, será que ela vai publicar este artigo?
PS: E não é que publicou? Um dia antes do El País! Aqui, o link.

Do El País.
Os plutocratas contra a democracia
A direita, mesmo indo às urnas, sempre se sentiu incomodada com a democracia 
Paul Krugman, 25/10/14

Sempre é bom que os governantes digam a verdade, especialmente se não era essa a intenção. Por isso temos de agradecer que Leung Chun-ying, chefe do executivo de Hong Kong respaldado por Pequim, tenha deixado escapar a verdadeira razão pela qual os manifestantes pró-democracia não podem conseguir o que querem: em eleições abertas, “estaríamos dirigindo-nos a essa metade da população de Hong Kong que ganha menos de 1.800 dólares por mês. E acabaríamos tendo esse tipo de políticos e de medidas políticas” (certas políticas, supomos, que fariam com que os ricos fossem menos ricos e proporcionariam mais ajuda a quem tem menos renda).
Assim, Leung se preocupa com os 50% da população de Hong Kong que, em sua opinião, votariam a favor de más políticas porque não ganha o suficiente. Pode ser que isso nos lembre dos 47% de norte-americanos que Mitt Romney disse que votariam contra ele porque não pagam imposto de renda e, portanto, não assumem suas responsabilidades, ou aos 60% que o representante Paul Ryan sustentava que representavam um perigo porque eram “acomodados” que recebiam da Administração mais do que entregavam. No fundo, tudo isso é a mesma coisa.
Porque a direita política sempre se sentiu incomodada com a democracia. Por melhor que esteja a situação dos conservadores nas eleições, por mais generalizado que seja o discurso em favor do livre mercado, sempre há um medo no fundo de que o povo vote e ponha no Governo esquerdistas que cobrem impostos dos ricos, deem dinheiro a rodo para os pobres e destruam a economia.
A íntegra.

Bastidores da apuração

Do Diário do Centro do Mundo: 
Vazou: às 19:30 de domingo, Aécio recebeu telefonema que dizia que ele já era o novo presidente
A íntegra.

O Congresso contra o povo

Mais uma vez.
Dilma foi reeleita pela maioria, o Congresso foi eleito pelo voto popular.
Dilma propõe mudanças, o Congresso veta.
O mesmos políticos que fizeram o discurso da mudança, votam contra ela.
A rejeição do decreto de participação popular desmascara a oposição, mais uma vez.
Quem vem fazendo mudanças no país é o governo do PT.
Quem as impede é a oposição que gritou por mudanças. 

Da RBA.  
Câmara derruba decreto de Dilma que cria plano de participação social
Oposição tiveram apoio de partidos aliados do governo como PMDB, PP e PSD, entre outros da base. Para PT e Psol, partidos dão tom de "terceiro turno eleitoral" em revés sobre o governo

por Redação RBA publicado 29/10/2014 00:57, última modificação 29/10/2014 01:24
Depois de muitas horas de discussão e obstrução do PT, PCdoB e do PSOL, o plenário da Câmara rejeitou ontem (28) o decreto presidencial que criou a Política Nacional de Participação Social. A rejeição se deu com a aprovação do Projeto de Decreto Legislativo (PDC) 1491/14, apresentado pela oposição, anulando o decreto presidencial. O PDC, de autoria do deputado Mendonça Filho (DEM-PE), líder de seu partido, tem agora que ser apreciado pelo Senado.
Foram quase três horas de obstrução dos petistas, que estavam acompanhados do PCdoB e do PSOL, na tentativa de impedir a derrubada do decreto. De acordo com o líder do governo, deputado Henrique Fontana (PT-RS), o decreto presidencial apenas fortalece um conjunto de conselhos que amplia a representação da sociedade em processos de orientação e consulta sobre políticas públicas.
O governo perde, assim, a primeira votação na Câmara dos Deputados depois da reeleição da presidenta Dilma Rousseff. A oposição obteve o apoio de partidos da base, como PMDB, PSD e PP. Mendonça Filho (PE), disse que o decreto presidencial tem viés autoritário. “É uma forma autocrática, autoritária, passando por cima do Parlamento, do Congresso Nacional, de estabelecer mecanismos de ouvir a sociedade”.
A íntegra.

O Brasil não está dividido ao meio

A tese é óbvia e serve ao partido da direita ("grande" imprensa), que quer o terceiro turno, isto é, o golpe.
Se tirarmos da conta os votos que foram manipulados pela "grande" imprensa, sobra uma minoria protofascista que faz barulho, mas não é numerosa.
A aprovação popular ao governo é muito maior do que os votos que Dilma teve. 
Grande parte dos que querem mudanças não quer as mudanças que o candidato da oposição faria e a "grande" imprensa quer.
A eleição passou, o eleitorado só se pronunciará novamente daqui a quatro anos.
Até lá, a presidenta é Dilma, o governo é esse.
É assim que funciona a democracia, como reconhece até o Clube Militar.
A "grande" imprensa está à direita dos militares, que já foram convocados mais uma vez pelos protofascistas para voltar ao poder e rejeitaram.

Do blog Viomundo.
Conta de dividir
A soma dos votos em Dilma e Aécio leva a 105,5 milhões; logo, o que está dividido são os votos, não o país
por Janio de Freitas, na Folha de S. Paulo

Entre as incontáveis confusões propaladas a respeito da eleição presidencial, já se tornou lugar-comum a afirmação de que o Brasil dividiu-se ao meio. Afirmação que vem de antes da votação, induzida pelas pesquisas, e dada como definitiva e comprovada pela proximidade dos 51,64% de votos em Dilma e 48,36% em Aécio, ou 54,5 milhões para ela e 51 milhões para ele. Mas o tal país dividido em dois não existe. Ao menos no Brasil.
A soma dos votos em Dilma e Aécio leva a 105,5 milhões de eleitores, equivalentes à metade da população, também em número redondo, de 200 milhões. Logo, o que está dividido ao meio, ou quase, são os votos, não o país. No qual os 51 milhões de Aécio correspondem a 1/4 da população. O mesmo se dando com Dilma. E, portanto, nenhum deles dividindo o país em dois. Cada um é apenas metade da metade dos brasileiros. Além dos totais de eleitores que se aproximam, sobra outro tanto na população do Brasil.
Mas a ideia do país dividido ao meio, rachado, metade contra metade, é necessária. Como diz o velho slogan, “a luta continua” — tão consagrado quanto seu companheiro de derrotas “o povo unido jamais será vencido”. “Fora Lula”, “Fora PT”, “Fora Dilma” foram levados à urna por um símbolo físico, o símbolo que foi possível arranjar, nas circunstâncias ingratas.
Não sucumbem, porém, no desastre do seu representante ocasional. São uma ideia de força. E, mal a contagem concluíra, já um dublê de blogueiro e colunista político lançava, altissonante e global, o brado da beligerância: “O país está dividido e a culpa é do PT”. Beligerância ferida, sim, mas não de morte. Apenas no cotovelo.
Há que considerar ainda, na divisão do país, a quantidade imensa de eleitores que não se manifestaram por um nem por outro candidato. Os ausentes na votação foram 30,13 milhões. Os que anularam o voto, 5,21 milhões. Somados também os que deixaram o voto em branco, totalizam-se 37,27 milhões de eleitores. Ou 27,44% do eleitorado.
Excluídos os possíveis ausentes por morte, não é imaginável que esse povaréu, quase um quinto da população, seja desprovido de toda preferência com sentido político. A propaganda de divisão meio a meio os elimina do cômputo, mas existem e são comprovantes, também, do país multifacetado — como sempre.
A íntegra.

O avanço do protofascismo

Do Jornalismo B. 
Militante do PSTU e integrante do Bloco de Lutas é intimidado por policiais militares em Porto Alegre
Como mais um capítulo da criminalização dos movimentos sociais e do avanço da repressão legal e ilegal, o militante do PSTU e integrante do Bloco de Lutas pelo Transporte Público Matheus Gomes, conhecido como Gordo, foi abordado e intimidado por dois policiais militares na manhã desta terça-feira (28/10/14), no bairro Partenon, em Porto Alegre, onde mora. De acordo com Matheus, a abordagem aconteceu por volta das 9h30, na esquina das ruas Chile e La Plata.
Segundo o relato de Matheus, estudante de História na UFRGS, um dos policiais o puxou pelo braço, ao que se seguiu o seguinte diálogo, narrado pelo estudante em seu perfil no Facebook:
PM 1 – Ele mora no bairro.
PM 2 – Sim, tu tem entorpecentes?
Eu – Não!
PM 1 – Ué, tu defendeu a legalização da maconha na eleição e não tem entorpecentes? Como assim?
Eu – Não precisa ser usuário pra defender a legalização.
PM 2 – Tu era o black block né? Porque vocês atacam a polícia?
PM 1 – Tu invadiu a Câmara né? Eu te conheço bem, tu é estudante da UFRGS.
PM 2 – Vocês são muito burros, lutam por passagem ao invés de falar em coisas mais importantes e ainda atacam a polícia.
Eu – Nunca atacamos vocês, defendemos o povo.
PM 1 – Sei. Te liga no bairro que os assaltos tão crescendo.

Após a ameaça, o PSTU prometeu fazer denúncias na Corregedoria Geral da Brigada Militar do Rio Grande do Sul e também no Ministério Público. Leia abaixo a nota oficial divulgada pela direção municipal do partido:

Nota oficial do PSTU sobre ação policial contra Matheus Gomes

Nesta terça-feira (28/10), por volta das 9h e 30 minutos, Matheus Gomes (liderança da Juventude do PSTU), foi abordado a duas quadras da sua residência por dois policiais fardados que agiram de maneira propositalmente coerciva, tentando intimidá-lo.
A íntegra.

terça-feira, 28 de outubro de 2014

A primeira entrevista da presidenta reeleita

Foi ao Jornal da Record, não foi ao Jornal Nacional. E a entrevistadora é mineira (belo-horizontina?), como a presidenta.

O jornal dos engarrafamentos prega o terceiro turno e insinua o golpe

Distribuído de graça nos engarrafamentos, sem precisar, como outros, que o leitor gaste dinheiro para lê-lo, o que acontece cada vez menos com seus concorrentes, o jornal Metro foi mais um panfleto da propaganda tucana, no segundo turno, e não reconheceu a derrota nas urnas.
Ontem fez uma capa horrorosa com a imagem da presidenta Dilma e tinha tanta propaganda, inclusive duas capas falsas de anúncios, que dá para supor que a edição foi planejada para comemorar a vitória tucana e refeita em cima da hora.
Hoje, já retomou seu noticiário tendencioso, disseminando a desconfiança e o ódio a Dilma e também ao governador eleito Pimentel, ambos eleitos pela maioria dos mineiros, o último também pela maioria dos belo-horizontinos.
Não percebe que essa desconfiança e esse ódio podem se virar contra ele.
O povo não é bobo, como gritaram milhares de manifestantes domingo à noite durante o discurso da presidenta reeleita, obrigando a Globo a transmitir ao vivo a denúncia da desaprovação ao seu antijornalismo.
O povo vai à urnas de quatro em quatro anos e respeita a decisão da maioria, com exceção de alguns protofascistas, que agora estão correndo para a boa vida no exterior, porque detestam o Brasil.
Para a maioria do povo, que mesmo intensamente manipulado, votou pela continuidade do governo, uma nova oportunidade de mudar acontecerá daqui a quatro anos.
A "grande" imprensa, no entanto, que está falida e precisa de dinheiro público para salvá-la, não quer esperar.
Metro circula com muita publicidade, em dias normais é praticamente um folheto publicitário recheado de notícias escandalosas, violência, programação cultural e futebol. É uma franquia internacional e no Brasil pertence à Rede Band. Qual será a situação financeira da Band? Estará também quebrada, como outros grupos do oligopólio de comunicação? Metro não deu sequer um dia de descanso para os leitores, não fez a tradicional edição comemorativa, não se curvou à maioria, não mudou de assunto.
Demonstra que é o jornal da minoria, porta-voz da direita derrotada, e começou imediatamente a campanha do terceiro turno.
O terceiro turno é vencer fora das urnas, manipulando informações, o Congresso e o Judiciário, como fez no julgamento do "mensalão".
A imprensa golpista não vai esperar mais quatro anos, quer fazer o que fez com Collor e tentou sem sucesso contra Lula.

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

A tomada do pirulito da Praça 7

Uma história passada em Belo Horizonte e contada pela imprensa estrangeira é reveladora de como a verdade, a militância petista e os trabalhadores reelegeram a presidenta Dilma.
Mostra também, com uma reportagem simples, que a gente não vê mais aqui, como a "grande" imprensa estrangeira está mil vezes melhor do que a brasileira.

Do Diário do Centro do Mundo.
O El País foi a Minas investigar o legado de Aécio na educação
Postado em 23 out 2014
por : Diario do Centro do Mundo
Publicado no El País.

A batalha da Praça Sete de Setembro
Talita Bedinelli

Da ilha de concreto que separa a rua Amazonas em duas, na praça Sete de Setembro, em Belo Horizonte, um carro de som gritava um batidão eleitoral pró-Aécio quando centenas de militantes petistas e professores da rede pública, sacudindo bandeiras de Dilma Rousseff, se aproximaram e tomaram o obelisco, do lado oposto. Sob os olhares apreensivos de uma dezena de policiais armados com cassetetes, começou uma batalha musical. “Olê, Olê, Olê, Olá, Dilmá, Dilmá.”
O clima ficou tenso e acabou em bate-boca. Cada grupo reivindicava o direito pelo marco histórico belo-horizontino. Até que, em menor número, os do azul-amarelo tucano, contratados para hastear a bandeira do candidato Aécio Neves a 30 reais ao dia (ou 900 reais ao mês), tiraram o carro de campo. A Praça Sete era dos petistas.
A íntegra.

Números da eleição

Do portal EBC. 
Saiba como os estados votaram para presidente do Brasil
A presidenta venceu no Nordeste (71,66%) e no Norte (56,79%). Já Aécio Neves foi melhor no Sudeste (56,17%), Sul (58,90%) e Centro-Oeste (57,42%).
Apesar do predomínio de Aécio no Sudeste, em Minas Gerais a candidata do PT contou com 52,41% dos votos válidos.
Saiba em quais estados Dilma teve maioria:
Dilma ganhou em Alagoas (62,12%),  Amapá (61,45%), Amazonas (64,78%), Bahia (70%), Ceará (76,74%), Maranhão (78,75%), Minas Gerais (52,41), Pará (57,36%), Paraíba (64,26%), Pernambuco (70,20%), Piauí (78,28%), Rio de Janeiro (54,94%) , Rio Grande do Norte (69,96%), Sergipe (67,01%) e Tocantins (59,48%).
Saiba em quais estados Aécio teve maioria:
Aécio Neves ganhou no Acre (63,625), Distrito Federal (61,90%) , Espírito Santo (53,85%), Goiás (57,11%), Mato Grosso do Sul (56,33%), Mato Grosso (54,6%), Paraná (60,98%), Rondônia (54,85%), Roraima (58,93%), Rio Grande do Sul (53,53%), Santa Catarina (64,59%),  São Paulo (64,31%).
A íntegra.

Como o YouTube retira vídeos do ar

Do DCM.
Como funciona o esquema do YouTube para retirar vídeos como o “Helicoca” do ar
Postado em 27 out 2014
por : Pedro Zambarda de Araujo

O documentário “Helicoca”, do DCM, foi bloqueado no dia 9 de outubro, uma quinta-feira, por uma suposta infração de direitos autorais, reivindicada por um usuário de nome Jorge Scalvini. Para entender melhor o que aconteceu, o DCM participou de uma série de palestras sobre o YouTube na filial do Google em São Paulo.
A palestra que discutiu vídeos fora do ar foi ministrada pelo gerente técnico para a América Latina, Daniel Araújo. “As pessoas que reclamam de irregularidades nos vídeos podem solicitar a retirada através de um formulário digital e, não tem jeito, nós temos que suspender o material por dez dias para averiguação”, explicou.
A íntegra.

"Minas elegeu Dilma"

A análise do Diário do Centro do Mundo.

Do DCM. 
Por que a Minas de Aécio deu a vitória a Dilma
Postado em 26 out 2014 
por : Kiko Nogueira

Uma das certezas desse fim de eleição é que os ignorantes de sempre culparão os nordestinos ignorantes pela derrota de Aécio Neves e proporão um racha.
Estarão errados, mais uma vez, não apenas pelo julgamento odioso. O Nordeste escolheu Dilma maciçamente — inclusive Pernambuco, onde a viúva de Eduardo Campos declarou apoio a Aécio Neves –, mas decidiu o pleito com a ajuda inestimável dos mineiros.
Em Minas, o ex-governador perdeu por 52,4% a 47,6%. São cerca de 500 mil votos.
Para quem se jactava de ter deixado o cargo com 92% de aprovação, número nunca comprovado, e falava de seu estado com um tom de apropriação, foi uma paulada.
Aécio não apenas não elegeu o candidato de seu partido em MG como apanhou de uma conterrânea que, como ele, passou muito pouco tempo por lá.
A nacionalização de Aécio, trazida pela campanha, mostrou aos habitantes de Minas um homem que eles talvez desconfiassem que não fosse grande coisa. Mas como saber ao certo com uma imprensa totalmente vendida e uma propaganda oficial diuturna?
A íntegra.

Deu no Uol: Dilma tem melhor resultado em Belágua e Aécio, em Miami

São Paulo e Miami são os ninhos tucanos. Para aqueles que se acham melhores do que os outros, este resultado é um retrato. Devem se olhar no espelho e ver com quem se parecem. Miami não é exatamente um modelo de status intelectual.

Do Uol:
Dilma tem vitória mais folgada em Belágua (MA); a de Aécio é em Miami
A petista, reeleita neste domingo (26), teve 93,93% dos votos válidos na cidade, contra 6,07% do tucano. Foram 3558 votos para Dilma contra apenas 230 para Aécio.
Já o peessedebista venceu mais tranquilamente em Miami (EUA), onde somou 91,79% dos votos válidos (7.225), contra 8,21% (646) de Dilma.
A íntegra.

Diiiiilmaaaaaa!

Melhor do que uma vitória do Galo.

O amor venceu o ódio.
Dilma foi reeleita.
Dilma venceu em Minas Gerais.
Minas foi fundamental para a vitória da Dilma.
O resultado no estado (52,41% x 47,59%) foi, como sempre, praticamente idêntico ao resultado nacional (51,64% x 48,36%). Minas é a média nacional. Nunca foi eleito um presidente que perdeu em Minas. A derrota da oposição no estado foi a grande surpresa da eleição, já no primeiro turno, com a vitória do petista Pimentel. Apesar do cavalo de troia tucano, o prefeito Lacerda, que entrou na capital em 2008, pelas mãos do governador eleito este ano, numa dessas ironias da História.
Os próximos quatro anos podem ser os melhores para os mineiros desde que nos lembramos.
Mas a situação financeira do estado é muito ruim, porque os tucanos o deixaram quebrado.

A presidente disse no discurso da vitória que a reforma política é prioridade e que vai dialogar com toda a sociedade.
A tentativa de golpe perpetrada por Veja e pelo candidato da oposição, na véspera da eleição, quase mudou o resultado da eleição.
Ele seria muito mais tranquilo não fossem os ataques diários, há 12 anos, sofridos pelo governo petista, com calúnias, mentiras e desinformação. Não existe mais jornalismo na "grande" imprensa, cujas principais empresas estão falidas, por isso se agarraram à tábua de salvação representada pelo candidato tucano. Tendo feito tanto e contando com aprovação tão alta da oposição, o governo petista correu risco de ser interrompido.
O Brasil é muito melhor do que mostra a "grande" imprensa.
A "grande" imprensa é o que o Brasil tem de pior, hoje.
A tentativa de golpe da Veja mostrou mais uma vez que a democratização da comunicação é tão importante quanto a reforma política, ou mais. A presidente precisa conversar também sobre isso com a sociedade.
A democracia brasileira depende da democratização da comunicação.
A "grande" imprensa alimenta o ódio de brasileiros contra brasileiros, o preconceito contra os pobres, contra os negros, contra os diferentes, contra os nordestinos, contra os latino-americanos.
Plantou o protofascismo e o cultiva diariamente, com sua campanha de preconceitos e falsificação da realidade.
O ódio de uma pequena elite reacionária contamina a classe média e atinge até setores populares.
O novo governo Dilma precisa discutir a democratização da comunicação e promover uma campanha de vacina contra o ódio e o preconceito, mostrando que a riqueza brasileira vem da diversidade do nosso povo e da nossa cultura, mostrar que, ao contrário do que difunde o protofascismo, o Brasil e está mudando para melhor.
A vitória da oposição seria mudar para pior. Felizmente, nos livramos desse pesadelo.

Aécio chegou muito perto, beneficiado pelo apoio da "grande" imprensa, por sua máquina de propaganda em Minas e pelos golpes baixos.
Hoje, é o candidato mais forte para a eleição de 2018.
No entanto, talvez tenha passado a sua vez, como disse Ciro Gomes há alguns anos.
Ele perdeu em Minas, sua terra.
Ganhou em São Paulo, berço dos tucanos.
O governador paulista Alckmin foi reeleito e vai querer ser candidato em 2018; tem a seu favor a força tucana no estado. Mas tem também contra ele os escândalos de corrupção no metrô e da incompetência na gestão hídrica. Muita água vai rolar até 2018.
Em 2018, depois de um esperado bom governo petista no estado, Aécio deverá estar ainda mais fraco em Minas, seria um candidato a candidato sem base no seu próprio estado.
Talvez se desinteresse da política; vai ter de lutar muito para se conservar no topo da oposição, principalmente contra seus "companheiros" de partido paulistas.
Nesta eleição, todas as fraquezas do Aécio foram expostas, passaram a ser conhecidas, o que antes não acontecia, porque ele era blindado pela imprensa mineira. Daqui pra frente, poderá também sofrer as consequências dos escândalos em que está envolvido. A imprensa mineira que o apoia saiu enfraquecida, talvez nem sobreviva à derrota.
Em 2018, Lula poderá voltar.
As campanhas de 2018 já estão em curso, começaram ontem, quando Dilma agradeceu de forma especial o apoio do ex-presidente. E o senador eleito Serra -- mais um candidato a candidato em 20128 -- veio a BH solidarizar-se com Aécio.
Aécio é o candidato do golpe, só se houver um golpe contra a posse de Dilma é que ele pode ser presidente, porque é o nome mais forte hoje.

O segundo governo Dilma também já começou. A presidenta deverá liderar um processo de mudanças que a aproxime dos clamores das ruas, que aprofunde a democratização do país e que contenha o avanço do protofascismo.
A oposição também precisa fazer a sua parte, o PSDB precisa renascer como um partido social-democrata, em vez de apostar suas fichas na radicalização pela direita e em candidatos suspeitos.

Por último, o meio ambiente precisa entrar de com força na agenda política e nas políticas governamentais.
A recuperação e a conservação do ambiente são tão importantes hoje quanto o combate às desigualdades sociais.
As eleições, os governos e a vida humana serão cada vez mais difíceis, se não cuidarmos seriamente da nossa casa, da nossa mãe, da Terra.

domingo, 26 de outubro de 2014

Se Dilma perder, Veja cobrará a conta e nós pagaremos

Apesar dos golpes em andamento -- da capa da Veja e da fraude nas urnas eletrônicas --, continuo confiando na vitória da presidenta.

Do Diário do Centro do Mundo.  
Qual será a retribuição para a Abril e para a Veja caso Aécio vença
Paulo Nogueira, 26/10/14

Aécio, caso eleito, não poderia vir em momento melhor para a Veja e para a Abril: o mercado está matando as revistas como mídia relevante, mas o dinheiro público faz milagres.
Para o Brasil, ao contrário, Aécio não poderia vir em pior hora.
Quando enfim políticas sociais tiram milhões da miséria, eis – caso ele se eleja – alguém do velho grupo no comando das coisas.
A íntegra.

Imprensa estrangeira: A presidente austera contra o oposicionista playboy

É assim que a imprensa da Europa, da qual a classe média brasileira tanto gosta, vê a disputa no Brasil, hoje.
Matérias assim nunca saíram na imprensa mineira e seriam censuradas no Brasil, caso o tucano fosse presidente.

Da BBC Brasil.  
Imprensa internacional destaca disputa de 'austera x playboy'
O jornal Sunday Telegraph diz que a "Presidência de (Dilma) Rousseff está no fio da navalha" e diz que a presidente disputa uma "batalha por sua vida" para ser reeleita, diante da desaceleração da economia e escândalos de corrupção.
Já o jornal Sunday Times tem o foco principal em Aécio, e diz que as chances do tucano podem esbarrar no seu "passado playboy". "Sua reputação como amigo dos ricos pode ter arruinado suas chances de ser eleito presidente após a eleição mais disputada em anos".
A reportagem diz que Aécio é famoso pelo "seu estilo de vida de playboy, voando todos os fins de semana para o Rio de Janeiro, onde foi fotografado em festas deslumbrantes com modelos e atrizes" e cita que, atualmente, o candidato tem uma "imagem de família".
O jornal fala também que "Aécio tentou, em vão, durante a campanha proibir que sites de pesquisas na internet exibissem páginas de reportagens sobre seu suposto uso de drogas e mau uso de dinheiro público".
O financeiro Financial Times, na sua edição de fim de semana, disse que a eleição colocou "ricos contra pobres e áreas rurais contra cidades em uma guerra de classes".
Segundo o jornal, "as políticas e a campanha (de Dilma) dividiram o país... destacando as grandes desigualdades do Brasil".
A reportagem destaca a vantagem numérica de Dilma nas pesquisas, mas, citando analistas, diz que um eventual segundo mandato será de desafios.
"Apesar do desejo de brasileiros por mudança não ser suficiente para tirar Dilma do cargo, lidar com isso será o maior desafio nos próximos quatro anos".
A íntegra.

Urnas eletrônicas podem ser fraudadas e o TSE sabe

O novo tipo de golpe.

Do jornal GGN.
O TSE e a descoberta do programa de fraude nas urnas eletrônicas
sex, 24/10/2014 - 12:48
Patricia Faermann

Jornal GGN - Há menos de três meses, um jovem hacker recém-formado pela Universidade de Brasília acessou o sistema das urnas eletrônicas no TSE e descobriu, entre 90 mil arquivos, um software que possibilita a instalação de programas fraudados: o “Inserator CPT”. A ação foi planejada pela CMind (Comitê Multidisciplinar Independente), formado por especialistas em tecnologia.
A advogada Maria Aparecida Cortiz, que participa do grupo, articulou a estratégia dentro do Tribunal Superior Eleitoral, representando o PDT, depois que o presidente da Corte Dias Toffolli anunciou que não abriria edital para testes nas urnas das eleições 2014. “Não vai fazer teste? Então vamos por um hacker lá dentro para descobrir o que tem de errado”, disse em entrevista ao GGN.
Cortiz descobriu outra brecha no sistema: além do Inserator, o programa comandado pela empresa Módulo Security S/A – conforme relato do GGN a única proprietária do serviço por 13 anos com contratos irregulares – é transmitido de Brasília para os estados por meio da insegura rede da Internet.
As denúncias de irregularidades foram enviadas ao TSE em uma petição. Entretanto, a petição não virou processo e foi arquivada por um juiz da Secretaria de Informática. Além da omissão do próprio ministro Dias Toffoli, a advogada ainda denuncia o desaparecimento de quatro páginas do documento. “É o crime perfeito. O réu julga suas próprias ações”, conclui.
A íntegra.

1964, 1989, 2014

Não sou petista, nunca fui.
Ontem, no entanto, na rua, fui ameaçado por um desconhecido, de bandeira tucana em punho, de chamar a polícia federal para me prender, porque eu tinha um adesivo da Dilma na camisa.
Há momentos decisivos, em que os dois lados em confronto têm diferenças nítidas.
Em 1989, na primeira eleição presidencial direta depois da ditadura, votei em Mário Covas. No segundo turno, votei no Lula. O lado certo naquela eleição era óbvio -- como é agora.
Em 1994, votei no Fernando Henrique; em 1998, não votei. Não poderia votar num presidente que muda as regras do jogo para se beneficiar. Na emenda da reeleição, FHC revelou seu caráter, independentemente de ter comprado votos ou não, como reportagens do Fernando Rodrigues mostraram. Corrupção nunca foi um argumento que me convenceu. É um argumento ingênuo e oportunista: a corrupção faz parte da política capitalista e aqueles que mais gritam contra ela são geralmente os mais corruptos. Quem se deixa levar por esse argumento pode ser ingênuo na primeira vez, mas depois é cínico, ignorante ou idiota. Na história do Brasil, a bandeira moralista foi sempre agitada pela direita golpista, que, no poder, foi tanto ou mais corrupta. Alguém acredita a sério que o candidato da oposição, hoje, vai acabar com a corrupção?
Não foi a denúncia do "mensalão" -- a maior farsa da história política do Brasil, que resultou no maior erro judiciário de todos os tempos, conforme demonstrou em reportagens a revista Retrato do Brasil do eminente jornalista Raimundo Rodrigues Pereira, que também não é petista e nunca foi -- que me levou a votar no Alckmin em 2006.
Sim, eu votei no Alckmin em 2006, mas não exatamente por ingenuidade ou falso moralismo, e sim porque achava que a alternância no poder, naquele momento faria bem ao país.
O PT tinha chegado ao poder, feito sua experiência, muito diferente daquela que prometia, e seria bom o PSDB governar outra vez, quem sabe melhor; seria bom o PT voltar para a oposição e governar novamente, possivelmente melhor, quatro anos depois.
Quem inventou a reeleição, vou insistir, foi o PSDB, por um interesse imediato e pessoal do ex-presidente FHC, que fez muito mal à rejuvenescida democracia brasileira.
Parêntesis: FHC é uma curiosa figura pública que com o passar do tempo se torna cada vez menor. O tempo fez muito mal ao que parecia ser sua qualidade: o intelecto. De fato, sua característica maior é a vaidade, capaz de levá-lo a se prestar à cena ridícula de posar sentado na cadeira de prefeito antes de ser eleito -- e depois perder a eleição. Agora, numa idade em que a sabedoria lhe cairia bem, se deixa levar pela onda protofascista do seu partido e declarou, nesta eleição, que o voto dos pobres atrasa o país, pois os pobres são mal informados. Quem é bem informado então? Quem vê Globonews? Quem lê Veja e Folha? Ele, que deve se considerar bem informado, fez um governo muito pior do que o pobre, "ignorante" e nordestino Lula. Enfim, eu, que já o admirei, votei nele e li até seu livro de memórias, coisa que pouca gente fez, vejo-o hoje como um anão na política brasileira, um sujeito que cada vez se torna menor e que passará para a história mais ou menos como o presidente Washington Luís, isto é, lembrado só porque precedeu Getúlio Vargas. Ao contrário de FHC, talvez por não ser petista, Lula não me decepcionou, ao contrário, surpreendi-me por ele fazer um governo muito acima das minhas expectativas. Quanto mais deixava de me informar pela "grande" imprensa e me aprofundava e variava leituras, disponíveis principalmente nesta invenção revolucionariamente democrática, que é a internet, mas também em livros, mais admirava o governo Lula.
Os tucanos, nos quais votei, repito, em duas eleições seguidas e mais uma vez em 2006, não se mostraram à altura da sua missão, de realizar a social-democracia que adotaram no seu nome. Transformaram-se em neoliberais e agora flertam com o fascismo. Quem assumiu a posição social-democrata no Brasil foi o PT, empurrado para o centro pelo deslocamento para a direita dos partidos que, no combate à ditadura, se pretenderam democratas e reformadores.
Os governos do PT conviveram com a liberdade de imprensa demonstrando admirável e rara convicção democrática.
Quem censurou a imprensa, cooptou-a com verbas publicitárias, pressionou veículos, constrangeu jornalistas, solicitou retirada de reportagens da internet e apreensão de equipamentos e materiais da oposição, como no tempo da ditadura, foram os governos tucanos.
Esta é a realidade brasileira, óbvia para qualquer observador estrangeiro e para qualquer brasileiro que conhece o essencial da História.
Não à toa, os jornalistas estrangeiros se espantaram quando chegaram para cobrir a Copa e encontraram um país muito melhor do que aquele que a "grande" imprensa brasileira pintava.
Não à toa, a cobertura das eleições por correspondentes estrangeiros tende a ser muito mais imparcial do que a que os brasileiros consomem diariamente.
Nada mais absurdo do que acusar o PT de autoritário, de querer implantar a ditadura ou o comunismo.
O PT é o que o PSDB deveria ter sido: um partido reformista capitalista.
Tudo que o PT fez no governo o PSDB poderia ter feito, deveria ter feito, esperávamos que fizesse.
Distribuir renda, criar empregos, melhorar a educação e a saúde.
O que impressiona é que um partido capitalista reformista "assuste" a classe média, por adotar políticas que os países mais desenvolvidos -- os quais elas tanto elogiam, quando voltam de viagens de férias -- já adotaram há muito tempo.
A mesma classe média que pediu o golpe em 1964.
A classe média que, depois do golpe, arrependeu-se e foi para as ruas pedir o fim da ditadura.
O PSDB é hoje a UDN de 64.
O mesmo moralismo, o mesmo oportunismo, o mesmo flerte irresponsável com o golpe e a ditadura.
Mais uma vez temos dois lados em confronto, um lado reformista, democrático, que se apoia no voto da maioria e por isso implanta políticas que atendem em parte interesses dos trabalhadores, e de outro um lado reacionário, liderado pelas elites golpistas, apoiadas nos votos da classe média moralista, preconceituosa e facilmente manipulada por campanhas difamatórias.
Um lado que vence nas urnas, que tem o apoio da maioria, porque a maioria é pobre, é constituída de trabalhadores.
Outro lado que não vence nas urnas, porque defende interesses antipopulares e por isso tem que apelar para golpes.
Golpes baixos, como a capa da Veja, inventada para interferir no resultado da eleição, e prontamente repetidas pelos demais veículos de comunicação, reproduzida pelo candidato da oposição e entregue nas ruas aos eleitores, como propaganda eleitoral.
Nas vésperas do golpe de 1964, houve também um intenso, organizado e caríssimo trabalho de difamação do governo Jango para mobilizar as massas de classe média e justificar a pretensa "intervenção democrática" dos militares.
Os militares iam só "restaurar a ordem". Ficaram no poder 21 anos e deixaram o país muito pior do que o encontraram.
A diferença, hoje, é que os militares não se prestam mais ao papel de golpistas a serviço das elites reacionárias.
Alguém duvida de que a oposição atual já não teria apelado para os militares, se eles estivessem dispostos ao golpe?
Não é difícil imaginar FHC elaborando argumentos para justificar uma intervenção para "afastar os corruptos que aparelharam o poder", diante da "ignorância dos pobres".
A gente pode se enganar uma vez, por ingenuidade ou ignorância, mas não duas, três, quatro.
Depois de passar pelo golpe de 64 e por 21 anos de ditadura.
Depois de passar pela eleição de Collor, seu governo desastroso e seu afastamento.
Depois de conhecer a farsa do julgamento do "mensalão".
Não dá pra votar nesse pastiche de "mudança" que depende da aprovação da maioria e apela para golpes baixos para chegar ao poder.
Nós, brasileiros, precisamos de mudanças, sim, muitas mudanças, mudanças importantes.
Uma das mudanças de que precisamos é a do PSDB -- precisamos que ele mude para ser um partido social-democrata como prometeu ser, que defenda a democracia e reformas para melhorar a vida dos pobres, dos trabalhadores, da maioria.
Nos doze últimos anos o PT mudou o país para melhor, em muitas coisas, e para pior, em outras.
Nossas cidades, atulhadas de carros e prédios, mudaram para pior.
Mas o PSDB não é contra isso, só não foi capaz de fazê-lo, porque essa degradação da qualidade de vida nas cidades decorre do crescimento econômico e do acesso dos mais pobres ao consumo, e o governo FHC optou pela recessão, segundo o receituário do FMI.
As mudanças de que precisamos viriam, provavelmente, se o PSDB fosse de fato o PSDB.
E o PT fosse o PT, com ideias e práticas socialistas, um partido que abraçasse a causa ambiental como uma causa dos trabalhadores, do socialismo, do futuro.

sábado, 25 de outubro de 2014

TSE manda Veja publicar resposta do PT

Tudo combinado: veja inventa a notícia, sai dois dias antes, publica matéria, jornais e Globo repetem, PSDB reproduz matéria e distribui nas capitais.
Deviam ser todos presos, porque isso é crime -- eleitoral, contra a cidadania e a democracia.

Da CartaCapital.
Justiça concede direito de resposta ao PT contra revista Veja
Publicação da editora Abril distribuiu edição em que afirma que Dilma e Lula sabiam da corrupção na Petrobras 
por Redação — publicado 25/10/2014 20:14, última modificação 25/10/2014 20:42
O ministro Admar Gonzaga, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), concedeu na noite deste sábado 25 direito de resposta ao PT, em caráter liminar, contra a revista ‘Veja’. O periódico distribuiu nesta semana uma edição em que afirma que a presidenta Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula sabiam do esquema de corrupção da Petrobras. O magistrado considerou que a publicação não teve "qualquer cautela” e transmitiu a acusação de “forma ofensiva” e em “tom de certeza”.
“Fácil perceber que a revista Veja desbordou do seu direito de bem informar para, de forma ofensiva e sem qualquer cautela, transmitir ao seu grande público, em tom de certeza, acusação de que Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva tinham ciência de fato criminoso sobre um dos badalados temas desta campanha presidencial”, afirmou na liminar.
Por conta disso, a revista Veja fica obrigada a veicular, de forma imediata, o direito de resposta do PT no site da publicação “no mesmo lugar e tamanho em que exibida a capa do periódico, bem como com a utilização de caracteres que permitam a ocupação de todo o espaço indicado". A Procuradoria Geral da República já havia havia emitido parecer que aconselhava a concessão do direito de resposta.
Mais cedo, o mesmo ministro decidiu atender outra liminar que proíbe a Editora Abril, responsável pela publicação da revista Veja, de veicular publicidade da última edição em rádio, televisão, outdoor e propaganda paga na internet. "Tendo em vista que a Representada (revista Veja) antecipou em dois dias a publicidade da revista, entendo que a propagação da capa, ou do conteúdo em análise, poderá transformar a veiculação em verdadeiro panfletário de campanha, o que, a toda evidência, desborda do direito/dever de informação e da liberdade de expressão", justificou Gonzaga.
A íntegra.

Histórias da oposição protofascista

A internet -- território livre e renovador de manifestação daqueles que não têm concessões de tevê e rádio, nem são proprietários de editoras de jornais e revistas -- está cheia de relatos como este abaixo, publicado pelo blog O Cafezinho, que sugere que os veículos de comunicação e os oposicionistas estão chocando o ovo da serpente nazista.
A referência é o célebre filme do cineasta sueco Ingmar Bergman. 
Eu mesmo presenciei inúmeras provocações, ofensas, agressões verbais na manhã deste sábado, em espaços públicos da zona da sul de Belo Horizonte ocupados por manifestantes da oposição. Além da agressividade da manifestação -- péssimo exemplo para as crianças, porque pais levavam seus filhos --, com buzinas, desfile de motos e coros de palavrões contra a presidente Dilma e o PT, similares àqueles gritados no estádio, em SP, durante a Copa do Mundo, cavaletes de propaganda eram destruídos. É claro que também havia gente educada e até simpática no meio, mas o ambiente predominante era de provocações e agressividade, num estilo protofascista.

"Foi a minha primeira consulta com o médico ginecologista na zona oeste da cidade de São Paulo. O único que aceitava o meu plano de saúde para realizar a tal cirurgia. Seis meses nessa lenga-lenga.
Assim que entrei em sua sala, o médico percebeu o adesivo da Dilma grudado no meu caderno. Ele então me olhou de cima abaixo, se levantou e rapidamente trancou a porta do consultório.
Em seguida, sentou-se na minha frente lentamente e iniciou o interrogatório num tom sombrio com a seguinte frase:
'Tenho uma curiosidade: por que vocês querem destruir o país?'"
A íntegra.
Foi a minha primeira consulta com o médico ginecologista na zona oeste da cidade de São Paulo. O único que aceitava o meu plano de saúde para realizar a tal cirurgia. Seis meses nessa lenga-lenga.
Assim que entrei em sua sala, o médico percebeu o adesivo da Dilma grudado no meu caderno. Ele então me olhou de cima abaixo, se levantou e rapidamente trancou a porta do consultório.
Em seguida, sentou-se na minha frente lentamente e iniciou o interrogatório num tom sombrio com a seguinte frase:
“Tenho uma curiosidade: por que vocês querem destruir o país?”
- See more at: http://www.ocafezinho.com/2014/10/25/direita-fascista-sai-do-armario-para-defender-aecio/#sthash.asiairBr.dpufFoi a minha primeira consulta com o médico ginecologista na zona oeste da cidade de São Paulo. O único que aceitava o meu plano de saúde para realizar a tal cirurgia. Seis meses nessa lenga-lenga.

Assim que entrei em sua sala, o médico percebeu o adesivo da Dilma grudado no meu caderno. Ele então me olhou de cima abaixo, se levantou e rapidamente trancou a porta do consultório.

Em seguida, sentou-se na minha frente lentamente e iniciou o interrogatório num tom sombrio com a seguinte frase:

“Tenho uma curiosidade: por que vocês querem destruir o país?”
- See more at: http://www.ocafezinho.com/2014/10/25/direita-fascista-sai-do-armario-para-defender-aecio/#sthash.asiairBr.dpuf

Belo Horizonte no topo

Amanhã, dois candidatos nascidos em Belo Horizonte disputarão a presidência a República, enquanto os dois grandes times de futebol da cidade ocupam o primeiro e o segundo lugares no campeonato brasileiro.

Vox Populi: Dilma 54% x 46%

Do portal Vermelho.
Vox Populi: Dilma amplia vantagem sobre Aécio para 7 pontos
A presidente e candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT) continua à frente do senador Aécio Neves (PSDB) na disputa pela Presidência da República, segundo pesquisa Vox Populi divulgada neste sábado (25) por TV Record, Record News e Portal R7. A petista aparece com 48% dos votos totais, contra 41% do tucano.
A vantagem de Dilma sobre Aécio passou de três para sete pontos percentuais, já que no último levantamento, de 20 de outubro, a petista tinha 46% e o tucano, 43% dos votos totais. A pesquisa de hoje, portanto, é a primeira do instituto em que Dilma aparece na liderança fora da margem de erro.
Votos brancos e nulos somam 5%, enquanto outros 5% dos entrevistados não souberam ou não responderam.
Considerando apenas os votos válidos — que exclui brancos, nulos e eleitores indecisos —, Dilma passou de 52% para 54% na pesquisa atual, enquanto Aécio caiu de 48% para 46%.
A íntegra.

Folha manda boletim com matéria da Veja

Tudo combinado.
Leitor diz que nunca tinha recebido boletim assim. A Folha inventou agora, na véspera da eleição. Está em campanha.

Do jornal GGN.
Vale tudo da Folha de S. Paulosab, 25/10/2014 - 11:23, enviado por Olinto Antonio Franco de Godoy

Ref. à reportagem: A última tacada de Fábio Barbosa e da Editora Abril 

Vale tudo

Hoje, 25/10/2014, 9:06hs, abro meu mail (yahoo)  e vejo uma newsletter da Folha de SP para mim com um resumo das reportagens do dia. Destaque? A acusação do doleiro. Problema? Jamais recebei algo assim da Folha, exceto esporádicos pedidos de assinatura da mesma! Que vale tudo hein?!


[PS: Deve ser porque Dilma ganhou os votos dos indecisos no debate da Globo. A foto abaixo é a imagem da diferença entre as campanhas. Do outro lado não tem essa alegria e essa sinceridade nos rostos.]
(Foto reproduzida do blog O Cafezinho.)
DilmaIchiro-Guerra

Indecisos da Globo tiram fotos com Dilma

Em 2010 aconteceu coisa semelhante, quando parentas do chefão da Globo foram tirar fotos com Dilma.

Do blog Escrevinhador. 
Debate na Globo: e no final, os indecisos ficaram com quem? “Meu Banho, Minha Vida”
Por Rodrigo Vianna, outubro 25, 2014 10:30

Ao fim do debate, os "indecisos" da Globo preferiram Dilma

Ao fim do debate, os “indecisos” da Globo preferiram Dilma

O terceiro e o quarto blocos foram equilibrados. Mas Dilma foi quem produziu a frase que certamente marca esse debate. Lembrando o colunista José Simão, Dilma ironizou a falta de planejamento dos tucanos – que provoca a maior crise no abastecimento de água na história de São Paulo: “vocês criaram o programa Meu Banho, Minha Vida”.
Aécio tentou sorrir.
Depois, agressivo, atacou Dioma e arrancou aplausos dos tucanos que o acompanhavam no estúdio. Aliás, no segundo turno, os apoiadores do PSDB foram sempre agressivos dentro dos estúdios. Desrespeitaram regras, mas foram tratados com condescendência pelo confuso mediador William Bonner.
Ao fim do debate, os “indecisos” que estavam no estúdio pediram pra tirar fotos com Dilma. A imagem revela que – apesar da pouca habilidade de oratória – talvez Dilma convença mais, passando mais verdade na maneira de falar.
Ali Kamel, incomodado, pedia: “deixem ela descansar”. A presidente foi irônica: “ela, quem?”. E disse que os indecisos poderiam declarar ali mesmo o voto.
Kamel parece ter ficado contrariado.
Um bom resumo do debate veio de um amigo, no facebook:
- Dilma não é uma boa oradora;
- Aécio é um péssimo ator.
A íntegra.

TSE proíbe propaganda de revista mentirosa

Da RBA.
Liminar do TSE proíbe revista 'Veja' de fazer publicidade de capa
Para ministro, os contornos de propaganda eleitoral contidos na divulgação da revista 'Veja' interferem de forma indevida e grave em detrimento da candidatura da presidenta Dilma
por Redação da RBA publicado 25/10/2014 10:11

São Paulo – O ministro Admar Gonzaga, do Superior Tribunal Eleitoral, concedeu na noite de ontem (24) liminar proibindo a Editora Abril, responsável pela publicação da revista Veja, de veicular publicidade da última edição em rádio, televisão, outdoor e propaganda paga na internet. A reportagem de capa afirma que a presidenta Dilma Rousseff, candidata à reeleição, e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teriam conhecimento de esquema de corrupção da Petrobras.
"Tendo em vista que a Representada (revista Veja) antecipou em dois dias a publicidade da revista, entendo que a propagação da capa, ou do conteúdo em análise, poderá transformar a veiculação em verdadeiro panfletário de campanha, o que, a toda evidência, desborda do direito/dever de informação e da liberdade de expressão", diz o relatório de Gonzaga.
A íntegra.

O que um ex-diretor de Veja diz sobre a revista

Uma farsa óbvia e mal ensaiada
Golpe midiático do doleiro Yousseff, que admite que não pode provar o que diz, dará mais argumentos à regulamentação da mídia
por Paulo Moreira Leite, 24 de outubro de 2014

Numa tradição que confirma a hipocrisia das conversas de palanque sobre alternância de poder, os escândalos eleitorais costumam ocorrer no país sempre que uma candidatura identificada com os interesses da maioria dos brasileiros ameaça ganhar uma eleição.
Não tivemos "balas de prata" — nome que procura dar ares românticos a manobras que são apenas sujas e vergonhosas — para impedir as duas eleições de Fernando Henrique Cardoso nem a vitória de Fernando Collor. Mas tivemos tentativas de golpes midiáticos na denúncia de uma ex-namorada de Lula em 1989; no terror financeiro contra Lula em 2002; na divulgação ilegal de imagens de reais e dólares clandestinos dos aloprados; e numa denúncia na véspera da votação, em 2010, para tentar comprometer Dilma Rousseff com dossiês sobre adversários do governo.
Em outubro de 2014, quando a candidatura de Dilma Rousseff avança em direção às urnas com uma vantagem acima da margem de erro nas pesquisas de intenção de voto, Veja chega às bancas com uma acusação de última hora contra a presidente e contra Lula. Comentando o teor da reportagem, Lula declarou ao 247:
- A Veja é a maior fábrica de mentiras do mundo. Assim como a Disney produz diversão para as crianças, a Veja produz mentiras. Os brinquedos da Disney querem produzir sonhos. As mentiras da Veja querem produzir ódio, disse ao 247.
O mais novo vazamento de trechos dos múltiplos depoimentos do doleiro Alberto Yousseff  expressa uma  tradição vergonhosa pela finalidade política, antidemocrática pela substância. Não, meus amigos. Não se quer informar a população a partir de dados confiáveis. Também não se quer contribuir com um único grama para se avançar no esclarecimento de qualquer fato comprometedor na Petrobrás. Sequer o advogado de Yousseff reconhece os termos do depoimento. Tampouco atesta sua veracidade sobre a afirmação de que Lula e Dilma sabiam das "tenebrosas transações" que ocorriam na empresa, o que está dito na capa da revista.
Para você ter uma ideia do nível da barbaridade, basta saber que, logo no início, admite-se que só muito mais tarde, através de uma investigação completa, que ninguém sabe quando irá ocorrer, se irá ocorrer, nem quando irá terminar, "se poderá ter certeza jurídica de que as pessoas acusadas são culpadas".
A íntegra.

Ou se democratiza a comunicação ou a imprensa acaba com a democracia

Não é a revista que denuncia o "mar de lama", ela é que é o "mar de lama".
Uma revista ligada ao crime organizado, como lembra o Nassif sobre as relações dela com o Carlinhos Cachoeira, que continuam impunes.
Se a justiça brasileira funcionasse, estariam todos na prisão: os donos da revista e seus editores.
Mas o STF também virou instrumento político.
O povo vai às urnas e por maioria elege o presidente.
O presidente governa para a maioria -- desde 2002.
E uma minoria ressentida, que controla a grande imprensa, se dedica a caluniá-lo, atacá-lo, persegui-lo.
Dissemina a falsa impressão de que o governo provavelmente menos corrupto é o mais corrupto.
De que o país que melhor escapou à crise internacional é o que está pior.
E contamina metade da população com a desinformação e o ódio.
Quando poderíamos estar celebrando as conquistas da última década e discutindo como melhorar mais, estamos numa luta fratricida.
Absurda, desatinada, despropositada. 
É a imprensa da subversão -- subversão da informação. A imprensa que existe para fazer o oposto do que deveria, que vive para desinformar.
Mancomunada com uma facção política que prometeu ser a social-democracia brasileira, mas que se tornou protofascista.
Com um sociólogo que foi um péssimo presidente e se tornou um ex-presidente que cada vez mais envergonha quem um dia votou nele.
Se seu melhor quadro é seu atual candidato a presidente, o que esperar dessa facção política?
Que se torne um PDS, depois um PFL, depois um DEM, e por fim desapareça?
Do PT saíram dissidências que formaram o PSTU e o PSOL, reafirmando as origens do partido. Quando os social-democratas abandonarão os neoliberais protofascistas e fundarão um novo partido?
Quanto à "grande" imprensa, cada vez menor, em número de leitores e qualidade, quando é que caminharemos para uma comunicação mais parecida com as dos países civilizados?
É essa imprensa que nos aproxima da Venezuela, porque é cada vez mais parecida com aquela oligarquia que deu o golpe de estado de 2002.
Para que este país saia da conflagração fratricida em que a "grande" imprensa e seus seguidores estão nos metendo, é preciso que a comunicação seja democratizada e que passemos a ser informados do país real em que vivemos.
É preciso que surja uma oposição que tenha um projeto alternativo para o país e que dispute votos nas mentes, nos corações e na informação, não por meio de manipulação do que temos de pior.
Nunca se teve tanta liberdade de imprensa neste país, como nos últimos doze anos. Mesmo sendo caluniado diariamente, o governo do PT jamais recorreu a pressões sobre a imprensa, como fizeram os governos tucanos em Minas no mesmo período.
Nem mesmo direito de resposta temos mais.
Nem mesmo lei de imprensa, abolida pelo STF.
Nem mesmo diploma para exercício do jornalismo, também abolido pelo STF.
O que temos é uma imprensa fora da lei, acima da lei, que comete crimes e continua impune, como os representantes políticos da elite protofascista.
Há petistas na cadeia, mas não há criminosos presos pertencentes a essa direita protofascista nem imprensa.
Talvez o golpe esteja a caminho e seja completado amanhã, nas urnas, com fraude e factoide, como denuncia esta matéria).
Se o golpe for derrotado mais uma vez, esta pode ser última oportunidade para mudar esse quadro de crescimento da direita protofascista com apoio da imprensa degenerada.

Do jornal GGN. 
A última tacada de Fábio Barbosa e da Editora Abrilsex, 24/10/2014 - 15:03
Atualizado em 24/10/2014 - 15:06
Luis Nassif

O amigo liga em pânico: “A imprensa vai acabar com a democracia no Brasil”. Respondo: “É a democracia que vai acabar com a imprensa e implantar o jornalismo”.
A aventura irresponsável de Veja – recorrendo a uma matéria provavelmente falsa para pedir o impeachment de um presidente da República - não se deve a receios de bolivarianos armados invadindo a Esplanada. Ela está sendo derrotada pelo mercado, pelo fato de que, pela primeira vez na história, a Internet trouxe o mercado para o setor fechado, derrubando as barreiras de entrada que permitiram a sobrevida de um jornalismo anacrônico, subdesenvolvido, a parte do país que mais se assemelha a uma republiqueta latino-americana.
É um caso único, de uma publicação que se aliou a uma organização criminosa - de Carlinhos Cachoeira - e continuou impune, fora do alcance do Ministério Público Federal e da Polícia Federal.
A capa de Veja não surpreende. Há muito a revista abandonou qualquer veleidade de jornalismo.
Acusa a presidente da República Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula de conhecerem os esquemas Petrobras com base no seguinte trecho, de uma suposta confissão do doleiro Alberto Yousseff:
- O Planalto sabia de tudo - disse Youssef.
- Mas quem no Planalto? - perguntou o delegado.
- Lula e Dilma - respondeu o doleiro.
Era blefe.
Na sequência, a reportagem diz:
“O doleiro não apresentou - e nem lhe foram pedidas - provas do que disse. Por enquanto, nesta fase do processo, o que mais interessa aos delegados é ter certeza de que o depoente atuou diretamente ou pelo menos presenciou ilegalidades”.
Na primeira fase da delação premiada tem-se o criminoso falando o que quer. Enquanto não apresentar provas, a declaração não terá o menor valor. E Veja tem a fama de colocar o que quer nas declarações de fontes.
Ligado ao PSDB do Paraná, o advogado de Yousseff desmentiu as informações. Mas não se sabe ainda qual é o seu jogo.

As apostas erradas da Abril

Golbery do Couto e Silva dizia que a mentira tem mais valor que a verdade. A verdade é monótona, tem uma só leitura. Já a mentira traz um enorme conjunto de informações a serem pesquisadas, as intenções do mentiroso, a maneira como a mentira foi montada.
Daí a importância da capa de Veja: permitir desvendar o que está por trás da mentira.
A primeira peça do jogo é entender a posição atual do Grupo Abril.
Apostas de altíssimo risco só são bancadas em momentos de altíssimo desespero. A tacada da Veja torna quase irresistível a proposta de regulação da mídia e de repor as defesas do cidadão que foram suprimidas pelo ex-ministrio Ayres Britto, ao revogar a Lei de Imprensa.
Qual a razão de tanto desespero nessa aposta furada?
A explicação começa alguns anos atrás.
A íntegra.

Boas razões para votar na Dilma

Quer ler mais uma boa argumentação de voto? Clique aqui e leia o que escreveu Cristina Moreno de Castro. Concordo com todas as suas razões e tenho mais algumas.
Uma delas é que os que vão votar em Dilma desenvolvem raciocínios inteligentes e têm informações, além de bom humor e amor no coração, enquanto aqueles que vão votar na oposição não conseguem ir além dos "para mudar", "para tirar o PT", quando não partem para ofensas e manifestações explícitas de ódio e preconceito.
Até quando apresentam um argumento técnico, como por exemplo, a questão da energia, ele pode ser logo desmontado (já nos esquecemos do apagão no final do governo FHC?), o que mostra que foi buscado às pressas, como justificativa.
Da minha parte, acho que o voto tem três motivações: 1) interesse pessoal (neste caso, quem vota na oposição está defendendo interesses de classe ou pessoais inconfessáveis, enquanto a imensa maioria tem a defender o fim da fome, o emprego, sua ascensão social e outras conquistas); 2) informação (quem vota na oposição está nitidamente mal informado -- quem mandou ler Veja, Folha e Globo? -- e quem vota na Dilma, mesmo quando está mal informado, é capaz pelo menos de reconhecer o que melhorou na sua vida); 3) idiossincrasias.
Este último ponto é o da subjetividade: um indivíduo pode ser bem informado, não ter interesse pessoal na eleição de um candidato e no entanto ser reacionário. Assim como outro pode ter uma aversão natural ao autoritarismo e ao preconceito.
Se parece que a elite que cultiva o ódio e o preconceito encontrou seu candidato, não é menos que a oposição brasileira precisa encontrar outro caminho, que conquiste votos com propostas, com outro modelo de governo, que não seja só "tirar o PT" e na prática conquistar o poder pelo poder, para realizar interesses pessoais e compromissos com seus financiadores.
Enquanto o único projeto de país existente for o PT, pode até ser que a oposição consiga derrotá-lo, mas dificilmente alguma coisa boa virá depois.

The Economist: o candidato da elite

Lembrei de uma mulher que, ao passar por petistas com bandeiras pró Dilma, na Savassi, gritou: "Quem vota na Dilma é pobre!"
Levou uma vaia, é claro. Só isso, nenhum xingamento, nenhuma ofensa.
Mesmo derrotado, como espero que seja, o candidato oposicionista talvez tenha encontrado seu eleitorado e este, o seu líder. Me refiro ao pessoal que anda de camionetes imensas, exibe produtos caros, não gosta de pobres e pretos, fala mal dos políticos e de tudo que é público, ao mesmo tempo em quem comete todo tipo de desrespeito, infração e crime, como dirigir embriagado, buzinar de madrugada, estacionar em cima do passeio, avançar sinal, levar o cachorrinho para fazer cocô no passeio, gritar contra os torcedores do time rival pela janela do apartamento, furar fila, dar carteirada, sonegar impostos, corromper fiscais, usar serviços e recursos públicos para realizar obras particulares e muito mais.

Do portal Fórum.
Revista britânica ironiza ato pró-Aécio: 'Só faltou champanhe"
outubro 24, 2014 10:27
The Economist chamou o protesto de “Revolução da Cashmere”, pela quantidade de socialites, roupas caras e iPhones vistos durante o ato em prol do candidato tucano; segundo a publicação, isso apenas reforça a imagem de que Aécio seria um verdadeiro representante da elite

A revista britânica The Economist publicou um texto ontem (23) sobre a mobilização de eleitores do presidenciável brasileiro Aécio Neves (PSDB). O evento ocorreu na noite de quarta-feira na Avenida Brigadeiro Faria Lima, em São Paulo. Mesmo tendo anunciado apoio ao candidato tucano, a publicação foi irônica e chamou a manifestação de “Revolução da Cashmere”, em referência à lã utilizada normalmente em roupas caras.
“Sujeitos de terno com camisas bem passadas e gravadas com suas iniciais, portando bandeiras de Aécio. Socialites bem vestidas, envoltas em elegantes cachecóis para afastar o frio fora de estação, entoando slogans contra o PT. Todos tirando selfies com caros iPhones”, dizia a matéria, que afirmou ter faltado apenas “taças de champanhe” no protesto.
A íntegra.

O ódio das elites

Se os crimes das elites são hediondos, devemos lembrar sempre que os da "grande" imprensa o são em dobro, pois é ela que vem alimentando o rancor dos tolos, dia após dia, há doze anos.
É provável que muitos um dia despertem da idiotia para ver como foram manipulados no que têm de pior.

Do portal Fórum.
Bullying eleitoral: quando o voto anti-PT afeta até a consulta médica
outubro 24, 2014 19:59
Discurso de ódio eleitoral faz com que médicos e professores universitários usem a autoridade para tentar convencer pacientes e alunos a votar em Aécio Neves

Por Anna Beatriz Anjos

Aurora Andures, de 48 anos, é estudante de Medicina da Universidade Presidente Antonio Carlos (Unipac), localizada em Araguari, cidade no oeste de Minas Gerais. Agora no sexto ano, ela não se esquece de como vivia há pouco tempo, quando trabalhava como cortadeira de confecção. Até 2005, não tinha sequer ensino médio. Graças ao ProUni e aos “programas do PT”, como gosta de dizer, conseguirá realizar o sonho de se formar médica. Por isso, nestas eleições, escolheu reeleger Dilma Rousseff para o cargo mais alto do país.
A opção de voto de Aurora sempre foi clara a quem convive com ela. Na faculdade, entretanto, ela é contestada pelos colegas e, em especial, por um de seus professores. "Ele usa de coação tanto comigo quanto com os pacientes [que atende nos ambulatórios da universidade]. Na verdade, principalmente com os pacientes, culpando-os por terem ‘votado errado’ nessa ‘corja de petralhas’ que aí está", relata. E continua: 'Quando pacientes tentam entrar para a fila de cirurgias, por exemplo, diz frases do tipo: ‘É impossível você se operar. Quem mandou votar no PT?’”. Com ela, o professor utiliza de outro argumento: “Como pode você, uma médica, ir contra a sua classe?”, diz a aluna. A Unipac, contatada pela reportagem, não respondeu até o fechamento da matéria.
A íntegra.

O último debate: a verdade contra a retórica

Porque tem do seu lado a verdade, a presidenta Dilma conseguiu rebater as manobras do adversário, mesmo sem ser treinada em oratória.

Da Rede Brasil Atual. 
Na Globo, Aécio busca última cartada contra Dilma: tom moral e agressividade
Tucano tenta se valer de denúncia da revista Veja, petista reage: 'O povo não é bobo, candidato'. Diferenças sobre economia e reforma política também marcam último debate
por Redação RBA publicado 25/10/2014 00:16, última modificação 25/10/2014 00:30

São Paulo – Esperado como o ápice de uma eleição marcada por alto grau de tensão, o debate presidencial realizado pela Globo encerrou três meses de campanha com diferença marcante entre os dois candidatos. Atrás nas pesquisas de intenção de voto, Aécio Neves (PSDB) retomou a agressividade que marcou o encontro realizado na semana anterior pelo SBT, buscando as últimas cartadas para modificar o quadro favorável a Dilma Rousseff (PT).
“Essa campanha vai passar para a história como a mais sórdida da história do nosso sistema democrático”, abriu o tucano, seguindo o roteiro para um dia marcado pela denúncia feita pela revista Veja de que Dilma e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tinham ciência de um esquema de propinas feito com verbas da Petrobras.
A petista seguiu a linha que havia guiado no vídeo exibido em programa eleitoral exibido no horário da tarde, acusando a publicação do grupo Abril de buscar um “golpe”. “É fato que o senhor tem feito uma campanha extremamente agressiva a mim e isso é reconhecido por todos os eleitores. Agora, essa revista, que fez e faz sistemática oposição a mim, faz uma calúnia e uma difamação do porte que ela fez a mim e o senhor endossa a pergunta”, afirmou. “O povo não é bobo, candidato. O povo sabe que está sendo manipulada essa informação porque não foi apresentada nenhuma prova.”
Com a falha na primeira carta na manga, Aécio sacou a segunda, afirmando ter novos documentos sobre o financiamento brasileiro ao porto de Mariel, em Cuba. Ele disse que os dados, guardados sob sigilo, revelam que o empréstimo será pago excepcionalmente em 25 anos, contra um prazo de 12 usado corriqueiramente. Dilma reiterou o que havia dito em outras ocasiões: o empréstimo é para uma empresa brasileira, a Odebrecht, e não para Cuba, e garante a criação de empregos para brasileiros.
Voltando à questão moral, tema que balizou a campanha tucana, Aécio perguntou a Dilma a opinião dela sobre o mensalão. “Se o senhor me responder por que o chamado mensalão tucano mineiro até hoje não foi julgado, por que o senhor Eduardo Azeredo (ex-governador de Minas Gerais pelo PSDB) pediu renúncia do seu cargo para o processo voltar para a primeira instância, o senhor estaria de fato sendo uma pessoa correta”, respondeu a petista. “O senhor é o primeiro a falar de corrupção, mas posso enumerar os casos de vocês que não foram investigados.”
Ainda na seara partidária, a principal diferenciação entre os dois candidatos se deu na temática da reforma política, levantada por Aécio, que voltou a advogar o fim da reeleição, proposta aprovada no governo tucano de Fernando Henrique Cardoso. Dilma respondeu que esta não é uma questão central, e apresentou uma lista de propostas: fim do financiamento empresarial privado de campanha, paridade de candidaturas entre homens e mulheres, fim da coligação nas eleições proporcionais.
“Se de fato o senhor está interessado em combater a corrupção a proposta é o fim do financiamento empresarial das campanhas. porque com o fim do financiamento empresarial, acabaremos com a influência do poder econômico nas eleições”, ressaltou. “Acho que o senhor não tem interesse na reforma política porque a única coisa que o senhor fala é sobre reeleição.”
“A senhora é contra o financiamento privado?”, questionou o tucano. “Contra o financiamento empresarial”, respondeu a petista. “O seu partido, o PT, recebeu R$ 80 milhões em doações empresariais, candidata”, rebateu Aécio. “Seu partido não tem autoridade para falar sobre isso. Sua campanha é uma campanha milionária.”
A íntegra.

O último debate: tiro no pé

Do blog Viomundo. 
Debate na Globo: De cara, Dilma neutraliza a bala de prata
publicado em 25 de outubro de 2014 às 0:28 
por Luiz Carlos Azenha

A famosa "bala de prata", que poderia modificar os votos dos indecisos, foi neutralizada de cara pela presidente Dilma Rousseff, já na abertura do debate da TV Globo.
Ela atacou a credibilidade não só da revista Veja, como também da IstoÉ, que mais uma vez neste fim de semana fez jus ao apelido jocoso de QuantoÉ.
Diríamos que este foi o debate do alprazolam, a droga que é o sossega leão dos ansiosos.
Já Dilma foi muito feliz quando popularizou seu discurso e recorreu a uma frase do humorista José Simão, segundo o qual os tucanos criaram, em São Paulo, o programa "Meu banho, minha vida".
No conjunto da obra, Dilma fez o necessário para impedir uma grande surpresa de última hora. Se de fato Aécio precisava de uma grande virada para vencer as eleições de domingo, não teve êxito.
Se a capa de Veja foi a bala de prata da oposição, melhor caracterizá-la como um tiro no pé.
A íntegra.

A imprensa mineira

Para aqueles que querem "mudar" com o candidato da oposição conhecerem as mudanças que virão, caso ele seja eleito.
Quem gosta de censura à imprensa e de viver na ignorância, achando que o governo é uma beleza, faz a escolha certa.
Que a maioria nos livre desse pesadelo.

Do Diário do Centro do Mundo.
Como funciona o "tráfico de notícias" da imprensa mineira censurada
Postado em 24 out 2014
por: Kiko Nogueira

A repórter LVC trabalha numa grande publicação mineira. Ela contou ao DCM como funciona o “tráfico” de reportagens apuradas em Minas Gerais e que são repassadas para órgãos de imprensa do Rio e de São Paulo.
Em resumo: nas gestões de Aécio Neves e de seu sucessor Anastasia, ficaram vetadas matérias “negativas” sobre o governo. A pressão sobre a mídia, exercida principalmente por Andrea Neves — irmã de Aécio e responsável pela comunicação –, foi bem retratada em dois documentários: “Liberdade, Essa Palavra” e “Gagged in Brazil” (“Amordaçados no Brasil”). Ironicamente, a versão original dos dois filmes foi retirada do YouTube.
Diante da censura e do receio de demissão, a saída dos profissionais é “sugerir” para colegas de outros estados as denúncias. Na maioria das vezes, elas são publicadas. Na maioria. “A gente fica feliz por tabela”, diz LVC.
O depoimento:

O tráfico de matérias daqui de Minas para outros jornais foi a forma que encontramos para driblar a censura, que tomou uma dimensão inacreditável nos últimos anos.
A gente já sabia de muitas dessas histórias, hoje conhecidas, há muito tempo. O aeroporto de Cláudio, o nepotismo, os problemas na educação…
Somos proibidos de ouvir o chamado ‘outro lado’ nas reportagens envolvendo inimigos do governo. Em casos como o aeroporto, o Estado de Minas [o maior jornal local] e o Hoje em Dia nunca deram uma linha. Quando saiu alguma coisa, foi apenas a justificativa da assessoria de Aécio Neves. Só o jornal O Tempo fez a cobertura.
A história do Agnello Queiroz, por exemplo, foi entregue por um amigo meu à imprensa de São Paulo e Rio [um assessor do governador de Brasília Agnelo Queiroz, quando ele era ministro do Esporte, recebia propina de uma empresa que presta serviço ao GDF. O dinheiro abasteceria um caixa 2 da campanha]. Não podia sair nada porque Agnello é amigo de Aécio.
Também foi um colega daqui que passou adiante os documentos comprovando que assessores do gabinete de Aécio, quando senador, recebiam dinheiro em cargos de estatais mineiras. A Heloísa Neves, assessora de imprensa do Aécio, é uma dessas pessoas.
[Diz o Estadão: “Três servidores comissionados recebem, além do salário do Senado, remunerações por integrar conselhos de empresas do Estado, governado pelo tucano de 2003 a 2010 e agora sob o comando do aliado Antônio Anastasia (PSDB). Assim, turbinam os rendimentos em até 46%. Ninguém é obrigado a bater ponto no Senado e, nas estatais, são exigidos a ir a no máximo uma reunião por mês. (...)
Também assessora de Aécio, com salário de R$ 16.337, a jornalista Maria Heloísa Cardoso Neves recebe jetons de R$ 5 mil por mês da Companhia de Desenvolvimento Econômico de MG (Codemig) para participar, obrigatoriamente, de três reuniões anuais do Conselho de Administração. E, por vezes, de encontros extraordinários”.]
O mensalão do Arruda não foi noticiado por causa de suas relações com Aécio. Nós conversamos bastante com os correspondentes dos jornalões. A direção dos jornais daqui já suspeita de que isso acontece, mas não há nada que eles possam fazer.
Há orientações sobre fotos. As de Dilma têm de ser fechadas nela e, de preferência, ela não pode aparecer sorrindo. Depois que votou em Porto Alegre no primeiro turno, ela foi para a casa do ex-marido, o Carlos Araújo. O neto apareceu lá. Foi proibida a publicação da fotografia dela com o menino.
Com a candidatura do Aécio, o Estado de Minas passou a dar duas manchetes de política. São sempre favoráveis a ele. Toda a imprensa mineira funciona assim.
No Estado de Minas, houve uma rebelião e os jornalistas deixaram de assinar matérias em que os editores mudavam demais o texto. Fica como “Da Redação”. No Hoje Em Dia, personagens que os repórteres não ouviram estão sendo incluídos nos artigos.
Essa censura vale até para assuntos corriqueiros, coisas com que qualquer governante tem de lidar. Nem as greves de professores são repercutidas.
As fontes relacionadas ao governo de Itamar Franco foram banidas. Existe um índex, uma lista negra, de pessoas que não podem sair de jeito nenhum. Algumas delas são o Fabrício de Oliveira, economista que critica o “choque de gestão”;  o Rogério Correia, deputado estadual pelo PT; o Padre João, deputado federal pelo PT; e o Sávio Souza Cruz, deputado estadual pelo PMDB.
Ocorrem armações. Uma vez, a oposição estava reclamando que Aécio estava passando tempo demais no Rio de Janeiro. O Estado de Minas fez uma foto dele, de manhã cedo, no Palácio da Liberdade, para dar a impressão de que o governador trabalhava muito.
A íntegra.

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Quarta-feira 22/10/14 em Belo Horizonte

As diferenças entre os manifestantes de um lado e de outro são gritantes.
Diferença de informação.
Diferença de ânimo.
De cor da pele.
De idade.
A agressividade dos manifestantes da oposição é assustadora.
Os argumentos que votam em Dilma são esclarecedores.
Alegria, humor e amor de um lado.
Rancor e ódio, do outro.
O único eleitor tucano que conseguiu articular um argumento razoável -- a alternância no poder -- pode ser facilmente rebatido.
Afinal, foi FHC quem inventou a reeleição, para se beneficiar dela, e para isso comprou votos de deputados, como foi amplamente noticiado, mas ninguém foi punido, porque era uma época em que a corrupção não era punida. Muito menos a "grande" imprensa a denunciava, como faz hoje diariamente.

Da TVCarta.

A capa de revista Veja e a regulação dos tabloides britânicos

Do DCM. 
O que pode -- e deve -- vir depois da capa da Veja
Paulo Nogueira

Quando soube da capa da Veja, me ocorreu uma passagem que, algum tempo atrás, testemunhei em Londres.
Os tabloides foram avançando cada vez mais em métodos indignos, desonestos e criminosos na busca de furos – e com eles leitores e anunciantes.
Até que se soube que um tabloide de Murdoch, o News of the World, invadira a caixa postal de uma garota de treze anos sequestrada e morta.
Acabou ali a festa.
Em menos de uma semana, em meio a uma torrencial comoção espalhada entre os britânicos, o centenário News of the World estava fechado.
Logo, repórteres, editores e altos executivos de empresas jornalísticas delinquentes começaram a ser investigados, processados e, em muitos casos, presos.
Não demorou muito e se estabeleceu um consenso na sociedade britânica: a imprensa tinha que ser submetida a novas regras. O regime de auto-regulação, como mostrou espetacularmente o caso do News of the World, fracassara.
Agora, os arranjos finais das novas regras estão em debate. Os tabloides nunca mais voltaram a fazer o que faziam impunemente.
Enxergo no jornal de Murdoch na cobertura do sequestro e morte da garota inglesa a Veja nesta capa às vésperas das eleições.
A íntegra.

Ricos contra pobres

Do blog do Mário Magalhães.
Rico vota em Aécio, e pobre em Dilma (calma, gente: quem diz é o Datafolha)
Mário Magalhães 24/10/2014 11:09

blog - ricos e pobre datafolha


Rico vota em Aécio, pobre vota em Dilma.
Calma, pessoal: não se trata de uma palavra de ordem, mas de constatação do Datafolha, como mostra o gráfico acima, publicado na “Folha''.
Os números da pesquisa divulgada ontem dão verniz científico ao que se vê nas ruas _quanto mais bacana o carrão, maior é a chance de carregar o adesivo de um candidato, e não de uma candidata.
O Datafolha identificou a “pirâmide social do voto, em porcentagem das intenções de votos válidos, distribuídos segundo a classe social''.
Como foram determinadas as classes? Cruzando “informações sobre escolaridade, renda e bens de consumo duráveis, como TV e geladeira. Votos brancos, nulos e indecisos não foram considerados''.
Eis o peso das cinco “classes'' no eleitorado: alta 7%, média alta 24%, média intermediária 31%, média baixa 14% e excluídos 25% (os arredondamentos fazem com que a soma dê 101%).
Descobriu-se que, de cada três entrevistados de classe “alta'', no topo da escala, dois votam no tucano.
De cada três “excluídos'', no pé, dois preferem a petista.
Para o bem e para o mal, era este o retrato do Brasil ontem.

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

A imagem símbolo desta eleição

A foto abaixo, publicada e explicada no texto do Blog do Rovai, é o melhor símbolo desta eleição singular, em que uma presidente corre risco de não ser reeleita e um governo com grande aprovação popular corre risco de ser interrompido.

Como explicar que num momento em que a economia vai bem, há pleno emprego e distribuição de renda; em que milhões saíram da miséria, dezenas de milhões passaram a consumir, aumentam os investimentos em todos os setores sociais e há obras em todas as partes do país, como explicar, numa situação assim, que a oposição possa derrotar o governo?
Isso não existe!
Nos EUA, praticamente todos os presidentes foram reeleitos ao longo da história; o momento de "mudança" é depois do segundo mandato.
Nas democracias representativas, a oposição vence eleições em momentos de crise.
A situação do Brasil é muito diferente disso, é mesmo o oposto disso.
E não só é diferente: é virtuosa.
Nunca na história do país os brasileiros conheceram período tão grande de crescimento econômico com distribuição de renda. Nunca se fez tanta coisa em todas as áreas.
Comparado ao Brasil de 2014, o Brasil de FHC era uma república das bananas e o Brasil da ditadura uma colônia.
No entanto, tudo corre o risco de ser dissolvido se a maioria decidir pela "mudança".
Mudança para pior.
Mudança para voltar no tempo, a 2002, ao tempo dos tucanos.
Não há dúvida de que, apesar de todas as promessas, no poder o candidato tucano faria tudo diferente do que é feito hoje. Foi assim no governo de Minas, foi assim no governo FHC. As diferenças são simples, mas provocam mudanças profundas: o PT é favor da intervenção do Estado na economia para provocar crescimento e distribuir renda; o PSDB acha que a iniciativa privada é protagonista e o mercado resolve tudo.
É simples, mas é a diferença entre o emprego e a recessão, entre a renda e a miséria.
Para os ricos não muda muito, mas para os pobres, sim.
Num modelo e em outro, os capitalistas continuam lucrando, mas para os trabalhadores faz muita diferença ter emprego, ganhar mais, consumir, ter acesso a moradia, educação, saúde.

Voltando à foto: ela é emblemática porque a distância entre as realizações dos últimos 12 anos e o voto da maioria no próximo domingo -- repito que acredito na vitória da presidente Dilma -- é a distância entre o Brasil que existe e o Brasil que nos mostram.
O dono do Estadão que segura o cartaz de ódio contra a Venezuela pertence a uma minoria mínima que no entanto tem um poder absolutamente desproporcional para fazer barulho e influenciar a opinião pública, porque monopoliza televisões, rádios, jornais e revistas.  
Essa minoria não só manipula informações e nos esconde o Brasil verdadeiro -- como mostram, só para citar dois exemplos de publicações de hoje neste blog, a entrevista da BBC com o ex-presidente FHC e a reportagem do Diário do Centro do Mundo sobre a estrada que o candidato tucano asfaltou para a família Marinho.
Essa minoria também estimula o ódio contra os pobres, contra os nordestinos, contra os trabalhadores, contra os "comunistas".
É uma minoria senil e anacrônica, cujo pensamento ficaria à vontade num hospício. Como levar a sério a pregação anticomunista na atual campanha, se o candidato a vice da oposição participou da luta armada e fez treinamento guerrilheiro?! Se o PT no poder faz um governo típico da social-democracia (que é o que prega no seu próprio nome o PSDB)?!
Corrupção? Aparelhamento do Estado? Na escola em que o PT aprendeu isso, tucanos e outros bichos são professores!!
E há várias gerações, porque seus privilégios passam de pai para filho há séculos.
Não admira que, quando Dilma e Lula mudaram o tom e passaram a denunciar os podres do candidato tucano, a imprensa logo passou à defensiva, criticando o baixo nível da campanha, dizendo que o povo não gosta disso etc. e tal.
Acusaram o golpe.
É claro: se o assunto é corrupção, eles são muito mais vulneráveis. Beneficiavam-se do fato de controlarem a "grande" imprensa, que só bate no governo do PT.
Mas o horário eleitoral gratuito e os debates são espaços "democráticos", iguais, que o PT, na defensiva, não estava aproveitando.
Quando Dilma revidou e também "bateu" no tucano, as mulheres gostaram, os pobres gostaram, os trabalhadores gostaram, os seus eleitores gostaram, porque ninguém gosta de apanhar calado.
Depois que Lula deu o exemplo de que um trabalhador pode ser um presidente melhor do que um "acadêmico", o povo não quer mais ser humilhado.
O apoio a Dilma cresceu.
E a "grande" imprensa mudou, passou a criticar o baixo nível "dos dois", passou a publicar que a população não aprova a "violência" da campanha.
Como?! Mas é a imprensa que dá munição para a violência e o baixo nível, há 12 anos!
É a "grande" imprensa que alimenta o ódio contra o governo do PT há 12 anos!
Agora é contra?!
"Baixo nível" só contra o governo? Só nos jornais, revistas, programas de rádio e tevê, nos jornais nacionais e canais de notícias?
Nos debates e programa eleitoral gratuito não pode não?
"Baixo nível" igual para os dois lados não pode não porque o candidato da oposição tem muito mais pontos fracos?
Não há nenhum motivo razoável para o ódio, para a violência, para a intolerância, para a confrontação no Brasil verdadeiro de hoje.
Ao contrário, deveríamos estar celebrando anos de prosperidade e democracia como só aconteceu antes nos anos JK.
Deveríamos estar discutindo problemas verdadeiros e sérios, como a destruição do ambiente e a deterioração das cidades provocadas pelo "desenvolvimento". Deveríamos estar discutindo a reorganização do crescimento econômico segundo parâmetros compatíveis com o século XXI, isto é, desenvolvimento com conservação e recuperação do ambiente.
No entanto, um pequeno grupo de privilegiados há séculos (o Estadão foi fundado no século XIX e seus donos vivem nele até hoje) prega o ódio contra o PT, contra os trabalhadores, contra os pobres, contra os nordestinos, contra a periferia, contra os venezuelanos, contra os médicos cubanos, contra a América Latina, contra os africanos...
E empurra o Brasil para trás.

Se a presidente Dilma perder, terá sido engolida pelo monstro. Se vencer, terá de fazer o que não fez em quatro anos, nem Lula em oito: destruí-lo.
A reforma mais urgente no país não é política, nem tributária, nem outra qualquer, é a democratização da comunicação.


 Fernao  Mesquista Estadão
Fernão Mesquita, dono do Estadão, manda Venezuela se foder em ato pró-Aécio
Por Renato Rovai, outubro 23, 2014 00:22

O senhor de média idade que segura o cartaz agressivo e odioso contra um país e um povo vizinho se chama Fernão Lara Mesquista, um dos filhos de Ruy Mesquista e sócios do grupo O Estado de S. Paulo. A foto foi feita pelo Tutinha, dono da Jovem Pan, que a publicou no seu Instagram. E foi produzida hoje, no ato pró-Aécio, realizado no Largo da Batata, em São Paulo. A atitude desse Mesquita não demonstra apenas o nível atual da mídia tradicional brasileira. Ela é mais reveladora. Mostra a que ponto o discurso de ódio e o vale tudo chegaram nessas eleições. Também demonstra a que ponto o dono de um grande jornal e de uma grande rádio chegaram. Se um é capaz de ser o modelo de uma foto dessas e o outro que a realizou é capaz de divulgá-la no seu perfil de uma rede social, o que eles não são capazes de fazer com seus veículos para eleger o candidato que defendem.
A íntegra.