terça-feira, 27 de maio de 2025

Calma urgente: realidade é fricção. I.A. e o fim do arbítrio

Os grandões da tecnologia americanos anunciaram que vão inventar Deus em 2027. É essa a ideia, o Deus do século XXI, Deus redivivo. A inteligência artificial vaia estar em toda parte, interagindo com a nossa vida, presencialmente, sem que precisamos operar um celular. Isso nãoa é Deus? Há milhares de anos, o homem inventou um Deus, vários deuses, agora estão inventando outro, com a tecnologia. 

sábado, 24 de maio de 2025

Música do dia: Que loucura, Sérgio Sampaio

Sebastião Salgado, 1944-2025

O mundo está ficando despovoado de gente boa. Depois da Argentina e do Uruguai, o Brasil dá sua cota para o empobrecimento do mundo em 2025. Não se pode dizer que Salgado, Mujica e Bergoglio tenham levado vidas de sofrimento, ao contrário, nesse mundo absurdo do século XXI, viveram vidas boas e longas. A foto abaixo foi copiada do do saite do International Center of Photografy, no qual tem a seguinte legenda: São Paulo, Brazil: Abandoned babies playing on the roof of a Febem (Foundation for Child Welfare) center; 430 children live there, 35 percent of those children were found abandoned on city streets. 2007. Entre as incontáveis obras de arte do Sebastião Salgado, mostrar crianças abandonadas é certamente o retrato mais eloquente da espécie que destrói o planeta Terra e não se interessa sequer pela sua continuação. 

São Paulo, Brazil: Abandoned babies playing on the roof of a FEBEM (Foundation for Child Welfare) center; 430 children live there, 35 percent of those children were found abandoned on city streets;

terça-feira, 20 de maio de 2025

CALMA URGENTE! Deus abençoe minha audiência

Um quadro do absurdo da nossa época, expresso num Congresso alienado. Coisas desse tipo me parecem formar um ambiente de véspera de revolução. 

Franklin Martins conversa com Hildegard Angel

Ouvir Franklin Martins sempre é bom. Ele tem pedigree, tem uma história admirável, faz parte da geração de 68, tem experiências no jornalismo e no governo e uma obra extraordinária de pesquisa da MBP; não é qualquer um. Sua limitação, na minha opinião, é ver a realidade de um ponto de vista político tradicional, numa época em que o absurdo se impõe no mundo. Sua aula de história é importante, embora quase tudo eu já soubesse e pense igual. Ele disse duas coisas novas para mim. A primeira é que abandonar a oposição legal entre 1964 e 1974 foi um erro, o que me parece correto, e até óbvio, hoje, diante das consequências da luta armada. A segunda é que a política está presente na MPB desde o Império, o que é uma característica que nenhuma outra nação tem, e isso aconteceu em decorrência da oralidade da nossa cultura, numa sociedade de analfabetos. 

quarta-feira, 14 de maio de 2025

Música do dia: Lero e Leros e Boleros, Sérgio Sampaio

Sempre que escuto as obras-primas da música popular brasileira, penso para que publicar poesia em livro. 

 

Bergoglio, Mujica e Lula

Cada povo com sua peronalidade.

segunda-feira, 12 de maio de 2025

Dois óscares para Fernanda

Um pela a ponta em Ainda estou aqui e outro pela magnífica atuação em Vitória. Eu nunca tinha visto nada igual. Pensei que era uma ponta também e vi um filme inteiro sustentado por uma atriz de 95 anos. Nem Ruth Gordon (75 anos), em Harold and Maude, nem Jessica Tandy, em Driving Miss Daisy (80 anos). Vitória tem um defeito imperdoável: o filme se baseia na história de uma mulher negra e isso fica evidente, quando a gente fica sabendo, e então as peças se encaixam, mas o defeito imperdoável é perdoado porque a protagonista é vivida pela Fernanda Montenegro, a maior atriz de todos os tempos. Só ela era capaz de fazer isso. A plateia aplaudiu ao final da sessão. 

 

quarta-feira, 7 de maio de 2025

Provoca com Tadeu Jungle, 6/5/2025

Vale a pena ver. O melhor Provoca com Marcelo Tas a que eu já assisti. Eu não conhecia um dos maiores artistas brasileiros contemporâneos.

terça-feira, 6 de maio de 2025

Calma urgente! - O inferno é a nuvem

Ótima discussão pertinente, cheia de informações e opiniões inteligentes. 

Uma radiografia da CBF, um retrato do Brasil

Que país é este? Que democracia é esta? O poder mais democrático é também o mais corrupto. O menos democrático é o que tem salvado a democracia. Aquele no qual os brasileiros depositam nas urnas de quatro em quatro anos as suas esperanças é um fantoche dos banqueiros e agrotoxicoexportadores. Talvez o que os chineses estão dizendo para os americanos sirva também para os brasileiros: vocês precisam de uma revolução. Não sou favorável a revolução, que é uma violência terrível, mas me pergunto se ela mataria mais do que os 700 mil mortos de covid que um governo de criminosos matou, se mataria mais do que 30 mil mortos nas rodovias e os 50 mil pobres mortos por violência por ano. Essa matança de brasileiros acontece porque a vida do pobre aqui não vale nada, porque o Brasil é uma nação que não tem identidade, não tem um projeto nacional, é profundamente injusta e desigual, governada por interesses particulares, nos quais predominam castas, lobbies, facções criminosas. Há dez anos o país estava em ebulição com uma pretensa campanha anticorrupção, que derrubou uma presidenta reeleita, e o que tivemos depois, o que temos hoje? Muito mais corrupção do que antes, corrupção desavergonhada, em todas as instituições, no Congresso, nos poderes executivos e até no STF. Juízes de primeira instância ganham mais de 100 mil reais por mês e os presidentes das federações estaduais de futebol também. E o salário mínimo, quanto é? 1.500 reais! E o trabalhador, quantas horas trabalha? Dezesseis horas por dia, sem descanso remunerado, porque agora todo mundo é PJ, é MEI, é "empreendedor". O Brasil está se desintegrando sob o comando do neoliberalismo desde o governo Collor, passando pelos de FHC, Lula, Dilma, bozo, temer e Lula outra vez. Os integrantes do STF fazem política, pelo menos um usa o cargo para benefício pessoal, como mostra a reportagem da Piauí e outras antes já tinham mostrando, mas não foram eleitos, foram escolhidos pelo presidente da República da vez, um processo absolutamente elitista. O Congresso escolhido pelo voto popular, que reúne os políticos espalhados pelo país e mais próximos do povo e do seu pensamento, que dependem do que entregam aos eleitores para serem reeleitos, não têm a menor responsabilidade com o governo, cada um pensa em si, e nele a corrupção é generalizada, quem manda são os donos dos partidos. O Brasil só existiu como nação na Revolução de 1930 (1930-1945) e nos efeitos desta que duraram até o desmonte feito pelo neoliberalismo a partir da redemocratização de 1985, não porque a democracia seja ruim, mas porque seu projeto nacional, materializado na Constituição de 1988, não foi implantado, porque a Constituição democrática foi usurpada pelos banqueiros, pelas castas, pelos lobbies e pelo crime organizado cada vez mais poderosos. Para o povo, sobraram os desmontes da regulação do trabalho, o pagamento eterno da dívida dos banqueiros, os venenos na comida, as destruições ambientais provocadas pela mineração e pelo agrotoxiconegócio e as matanças diárias de pobres pelas polícias e pelos bandidos. Esse é o ambiente que gera revoluções.


sábado, 3 de maio de 2025

A técnica que aniquila qualquer sofrimento

Muito interessante. Certamente a transformação social passa pela transformação dos indivíduos, isto é, pela vontade de cada um transformar-se a si mesmo, em vez de esperar a revolução (ou o paraíso) ou se esconder nos males sociais que justificam seu comportamento. 

Lições e estratégias da Cidade do México para os centros das cidades

Excelente fonte de reflexões. 

 

A revolução bolchevique segundo Paulo Leminski

Muito bom. Depois vou escrever comentários, por enquanto vou só republicar.

quinta-feira, 1 de maio de 2025

Música do dia: Gota d'água, Chico Buarque

Uma curiosidade nessa gravação: ao repetir a primeira parte da canção, Chico canta: "Já lhe dei eu meu corpo, não me servia..." Bonito e significativo. Será a letra original, censurada, como costumava acontecer? Será que ele escreveu e nunca gravou, mas lembrava? Conferi em outras gravações, inclusive da Bibi Ferreira, que é a original, da peça, a primeira parte declamada, e belíssima, por sinal, também não tem esse verso. Essa gravação do Chico, até onde sei, é uma singularidade.