sexta-feira, 26 de dezembro de 2025
Governo entrega cultura brasileira para a indústria internacional de streaming
Lulopetismo não tem projeto nacional nem na cultura. Caráter neoliberal dos governos do Lula vai ficando cada vez mais evidente.
quinta-feira, 25 de dezembro de 2025
Música do dia: A força do vento, Lô Borges
Depois daquelas do ano ímpar de 1972, do álbum Clube da Esquina e do "disco do tênis", essa é a canção do Lô Borges de que eu mais gosto, mas não é dele, é de um desconhecido juiz-forano Rogério Ribeiro de Freitas. A letra é uma bela ideia casada com uma melodia muito gostosa, embora merecesse ser mais trabalhada; a interpretação do Lô é digna dos seus melhores momentos, arranjo e instrumentos são ótimos e o resultado é uma canção que a gente gosta de ouvir e de cantar.
sábado, 20 de dezembro de 2025
Um debate rico e oportuno sobre neoliberalismo, governo Lula e muito mais
O neoliberalismo foi um golpe do capitalismo no Estado de Bem-Estar Social que vigorou a partir do fim da II Guerra Mundial, numa época em que o socialismo avançava. Quando a URSS desmoronou, o capitalismo deitou e rolou, conquistou o mundo com o discurso das privatizações, do Estado mínimo, do empreendedorismo, da prosperidade individual etc. No Brasil, aconteceu uma coisa que pouca gente entendeu, mas agora está cada vez mais evidente e o debate desse vídeo é especialmente esclarecedor e oportuno. O avanço do neoliberalismo veio junto com a redemocratização e foi conduzido por governos de partidos e políticos de esquerda, FHC e Lula, depois de deflagrado pelo governo Collor. Sob esses governos, o Brasil abandonou o projeto desenvolvimentista, que vinha desde a Revolução de 1930, e adotou o projeto do Consenso de Washington, abandonou a industrialização e o progresso tecnológico e voltou a ser uma nação exportadora de produtos primários. A obra desses presidentes foi tão eficiente que, quando a extrema direita chegou ao poder, com temer, o minúsculo, e bozo, o boçal, só precisou radicalizar a destruição do Estado, que já estava bem avançada. O novo governo Lula sequer cuidou de reverter o que a extrema direita fez, ao contrário, continua sua obra, em grande medida. Agora a esquerda, pelo menos seus setores críticos e pensantes, começa a refletir e entender o que aconteceu. O trauma do governo bozo colaborou para isso, mas há também outro fator, o fim do ciclo Lula, que já tem data marcada, no máximo 2030, talvez o ano que vem. Só agora começa a cair a ficha de que, a despeito de ter sido um operário, um sindicalista e um líder popular, Lula foi um político burguês, que governou para o capital, para os banqueiros e para o agrotoxiconegócio. Nunca teve um projeto de desenvolvimento nacional, ao contrário do Ciro Gomes, e fez o que o capitalismo internacional hegemônico queria. A consciência que aparece nesse debate, que não é de hoje, foi feito em agosto passado, e de muitos outros que estão acontecendo, bem como a crítica sem temor, o temor que prevaleceu na esquerda durante tanto tempo, quando qualquer discordância do Lula e do PT era considerada de direita, essa crítica e essa consciência mostram que a esquerda se mexe e se renova. O passo seguinte é formular um projeto socialista de desenvolvimento nacional, com um discurso claro e sem medo de ser "radical", com bandeiras e lutas objetivas dos trabalhadores e um programa de governo alternativo ao projeto radical da extrema direita, que é a destruição do Estado e de todos os direitos sociais, bem como ao projeto neoliberal moderado, que o lulopetismo põe em prática desde 2003.
Governo desvia dinheiro da reforma agrária para banqueiros
Quem denuncia é o João Pedro Stedile, um amigo fiel do Lula, tão amigo que optou por "não judicializar" o assunto para não prejudicar seu governo. "Taxa Incra" foi criada na ditadura militar e é recolhida por empresas rurais, chega a R$ 2 bilhões por ano, mas cai nos cofres do tesouro e é usada para pagar juros da dívida interna. Dinheiro para a reforma agrária não tem, para a agricultura familiar, que alimenta os brasileiros, também não, mas o financiamento do agrotoxiconegócio exportador não para de crescer. Esse é um governo de esquerda? É um governo dos banqueiros e dos latifundiários.
sexta-feira, 19 de dezembro de 2025
O marxismo de Trótski, por Ruy Braga
Uma boa exposição sobre o pensamento do Trótski, uma das personalidades mais brilhantes da história, haja vista ter sido o teórico do caráter socialista da revolução na Rússia, antes mesmo do Lênin assumir tal posição, além de ter liderado o soviete mais importante e ter organizado e comandado o Exército Vermelho, que derrotou os inimigos externos e internos da revolução, tudo isso sendo ainda um grande escritor e historiador. Não há personagem similar na história. O mais admirável na leitura do Trótski é exatamente esse aspecto para o qual o professor da USP chama atenção: ele é um pensador marxista, ao contrário de tantos que se dizem assim sem o ser, a maior parte submissa ao stalinismo. O que significa ser marxista? Significa aplicar a teoria marxista à realidade, usando-a para resolver os problemas políticos concretos, o que implica inovar, como ele inovou na tese da revolução permanente, que Lênin veio a adotar nas famosas teses de abril. Segundo o palestrante, Trótski fez isso durante toda as sua prática política, isto é, da conversão ao marxismo até ser assassinado a mando de Stálin em 1940, aos 60 anos.
O exemplo chinês para o Brasil e o projeto de desenvolvimento do Ciro
Obviamente, a resposta à pergunta título do programa é não. Elias Jabbour desponta como o segundo pensador político mais fecundo sobre o Brasil, o primeiro é o Ciro Gomes, há muito tempo. Não sei qual a diferença entre o projeto de desenvolvimento nacional dele e o do Ciro e Breno Altman não lhe pergunta, não sei por quê. É interessante também ver um stalinista, tal qual o entrevistador, lá pelas tantas (aos 38 minutos) defender a revolução permanente do Trótski. Porque não é outra coisa dizer que o que falta ao Brasil não é uma burguesia nacional, é uma esquerda com pensamento estratégico. A esquerda, na sua visão, deve ocupar o papel que a burguesia brasileira nunca ocupou, de desenvolver o país. Nem ele nem B.A., defensores dos governos lulopetistas, parecem se dar conta da sua contradição política, uma vez que esse peso, de a esquerda brasileira não ter um projeto próprio, recai sobre o PT e sobre Lula, uma vez que a esquerda brasileira há quarenta anos é o PT, que por sua vez tem como único projeto político eleger Lula. O resultado disso é que há mais de duas décadas a esquerda brasileira se dedica a administrar o Estado para a burguesia, adotando o programa neoliberal inaugurado por Collor e seguido por FHC. Essa consciência, porém está a caminho. Pode se dar em condições melhores, isto é, caso Lula seja reeleito no ano que vem, ou em condições piores, na oposição já em 2027, sem ele, caso a extrema direita volte ao governo. De fato, a considerar a teoria marxista como científica, e observando também as nações onde a revolução socialista orientada pelo marxismo foi vitoriosa, como a China, o Vietnã, Cuba e a própria URSS, o que os marxistas de cada nação devem fazer é interpretar o desenvolvimento histórico da sua nação para entender como se dará a revolução socialista nela. Muitos marxistas acadêmicos brasileiros tentaram fazer isso, alguns deles colocando a mão na massa, como os fundadores da Polop, no começo da década de 1961, antes do golpe militar de 1964, portanto. Depois do golpe houve uma nova onda nesse sentido, que resultou na luta armada, derrotada, e em seguida a esquerda adotou a defesa das "liberdades democráticas" (exceto remanescentes da Polop), que resultou no PT. Hoje, mais uma vez se faz a discussão sobre a revolução brasileira, depois de longo tempo em que o marxismo ficou restrito à academia; aqueles que se meteram na política, abandonaram o marxismo, tipo FHC, ou nunca foram marxistas, tipo Lula. Há partidos que se dizem revolucionários, como o PCBR, do Jones Manoel, e até um grupo que se chama Revolução Brasileira, cujo expoente é Nildo Ouriques. A política que esses grupos fazem, entretanto, é de proselitismo, usando a internet, sem ligação com os trabalhadoras. Será que a revolução no século XXI não precisa de ligação, digamos, "orgânica" com as massas?
quinta-feira, 18 de dezembro de 2025
Renan Calheiros denuncia acordo secreto de Jaques Wagner
Quinta-feira de discursos quentes no Congresso. Agora no Senado. Outro alagoano. Quem diria, Renan Calheiros ficou à esquerda do Jaques Wagner, MDB à esquerda do PT. Não me espanta, mas pode espantar quem não sabe como funcionam o governo, o presidente e seu partido.
Ela voltou. Heloísa Helena assume vaga do deputado Glauber Braga
E fala o que precisa ser dito. Vale a pena ouvi-la. Palmas para ela.
quarta-feira, 17 de dezembro de 2025
domingo, 14 de dezembro de 2025
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