terça-feira, 22 de março de 2011
O fim das sacolas plásticas em BH
Faltam 27 dias para o fim das sacolas plásticas no comércio de Belo Horizonte. A partir de 18 de abril, segunda-feira, o comércio não fornecerá mais sacolas plásticas aos consumidores. Vamos ver de novo aquela cena antiga que os mais jovens desconhecem: as pessoas andando com sacolas permanentes. Quem esquecer de levar a sua, poderá comprar no estabelecimento comercial a preço de custo: R$ 0,19. Folheto distribuído em supermercados, padarias e lojas, assinado pela prefeitura, Procon e entidades de classe empresariais, informa que Belo Horizonte é a primeira capital do país a adotar a medida. Trata-se da Lei municipal nº 9529/08, iniciativa do vereador Arnaldo Godoy (PT), sancionada pelo prefeito Fernando Pimentel em fevereiro de 2008. Ela levou três anos para entrar em vigor, isto é, em 28 de fevereiro passado, mas o prefeito empresário Lacerda, a quem tudo parece pegar de surpresa, adiou a fiscalização por 45 dias. O costume das sacolas plásticas é uma praga relativamente recente, que começou nos anos 80 no Brasil, prosperou nos anos 90 e se tornou universal neste começo de século. Estima-se que elas levem até 300 anos para se decompor na natureza e que anualmente sejam consumidas em todo o mundo 500 bilhões delas, das quais só 0,6% são recicladas; no Brasil, são 12 bilhões de unidades por ano e em Belo Horizonte, 157 milhões. A penalidade para o estabelecimento infrator é notificação, depois multa de R$ 1.000 (R$ 2.000 na reincidência), interdição e cassação do alvará. A lei previa também o fim do uso de sacos plásticos para acondicionamento de lixo, mas este artigo foi vetado pelo prefeito.