sábado, 19 de novembro de 2022

Quem aprendeu depois de oito anos?

Passados oito anos desde que o partido e o candidato derrotados em 2014, PSDB e Aécio Neves contestaram o resultado das urnas; seis anos do golpe incentivado pela globoetc., reforma trabalhista, destruição dos sindicatos, teto de gastos; quatro anos de horror sob o bozo, quase 700 mil mortos na pandemia, destruição acelerada da Amazônia e todos os biomas, fome, miséria, desemprego, inflação, liberação da criminalidade e da corrupção, desmonte da estrutura do Estado; passado todo esse tempo, quem aprendeu com esses erros e horrores?

Quem se cansou da violência e do ódio entre os brasileiros? Quem se cansou da ignorância? Quem aprendeu a não acreditar em informações de redes sociais? 

A globoetc. aprendeu que imprensa tem que ser independente e imparcial? Que suas opiniões devem vir em editoriais, explicitamente, mas informações precisam ser equilibradas, buscar a imparcialidade, ouvir todos os lados possíveis e ter compromisso exclusivamente com o leitor, o ouvinte, o telespectador, o público? 

O PT aprendeu que a renovação de lideranças e a alternância no poder são fundamentais para a democracia? 

A direita e o centro democráticos aprenderam que impeachment não é instrumento de derrubar governo eleito? 

Alguns comportamentos indicam que sim, outros que não. 

Alguns defeitos já voltam a aparecer nos políticos (inclusive os do Judiciário, porque nossos juízes, desembargadores e ministros atuam como políticos) e na imprensa, sem a exacerbação de tempos atrás, a não ser por parte da extrema direita. 

A estúpida discussão ideológica sobre o teto de gastos é um péssimo exemplo de que muitos continuam com a mesma cabeça velha que levou ao golpe de 2016.  

Felizmente, no meio da disputa polarizada e acirrada que mais parece futebol do que política, também surgem e se fortalecem vozes sensatas, razoáveis e equilibradas. Que estas prevaleçam! 

O que precisa vencer no Brasil não é um partido ou outro, não é uma ideologia ou outra, é a democracia, os interesses da maioria e as perspectivas de futuro para as novas gerações.