domingo, 25 de agosto de 2019

Por que, como e quem põe fogo na Floresta Amazônica

Queimadas, ao contrário da imagem tão difundida de tempo seco e um fósforo riscado levianamente, são feitas de forma proposital e com método por grandes empresários que querem isso mesmo: desmatar, retirar madeira para vender e formar pastos para criar gado. Tudo ilegalmente, criminosamente.




Os interesses econômicos por trás da destruição da Amazônia

Por Ana Magalhães, Daniel Camargos e Diego Junqueira, Repórter Brasil, 24/8/19

Desmatamento, pecuária e extração ilegal de madeira estão entre as causas do número recorde de focos de incêndio na maior floresta tropical do mundo

As queimadas que destroem a Amazônia e chamam atenção mundial são apenas a face mais visível da exploração da maior floresta tropical do mundo. Por trás da derrubada da mata e do fogo, estão poderosos interesses econômicos: a criação de gado, o comércio ilegal de madeira e a produção de soja.

Parte desses produtos tem como destino final a Europa. O presidente da França, Emmanuel Macron, chamou as queimadas de “crise internacional”, declaração que foi interpretada como uma subida no tom das ameaças sobre a compra de produtos brasileiros — e que coloca em xeque o acordo entre Mercosul e União Europeia. A relação do mercado internacional com as queimadas não é simples, já que a Europa compra produtos que saem de áreas desmatadas ilegalmente há anos, conforme a Repórter Brasil denunciou em diversas reportagens.

O fogo é uma das etapas do processo de abertura de pastagens, que tem início na derrubada da floresta com tratores e correntes, passa pela secagem e pelas chamas e termina no plantio de capim para alimentar os animais, de acordo com Erika Berenguer, pesquisadora sênior do Instituto de Mudanças Ambientais da Universidade de Oxford. Após a substituição das árvores pelo gado, o terreno pode vir a ser usado para o plantio agrícola, segundo a pesquisadora, que estuda queimadas na Amazônia há 10 anos.

Clique aqui para ler a íntegra da reportagem no Repórter Brasil.