Entretenimento é um dos nomes do capitalismo. Youtube não é outra coisa, inclusive em podcasts sérios, políticos, de informação. Informação é entretenimento. No YT e nas demais redes sociais. Depois de muito ver influenciadores políticos, gente bem informada, com posições respeitáveis, fico me perguntando se de fato são influenciadores políticos ou o que antigamente, na televisão, era chamado de showman. Cito Jones Manoel, que é talvez o mais consequente de todos, militante do PCBR, com participação em protestos e manifestações, posicionamento claro nas questões nacionais e internacionais, que demonstra boa formação e muita leitura. Que papel pode ele desempenhar numa revolução brasileira? Será mesmo capaz de liderar? A revolução não será feita por trabalhadores organizados, a partir dos locais de trabalho e espaços públicos? Será que a influência via redes sociais substitui as organizações reais dos trabalhadores, do povo ou será só mais uma forma de entretenimento? A quantidade de gente que tem ocupada em entretenimento deve ser maior do que trabalhando em atividades produtivas. Todo mundo quer se distrair da realidade e grande parte quer ganhar dinheiro distraindo os outros. Entretenimento não é trabalho, trabalho é atividade produtiva, que atende uma necessidade, entretenimento é feito para ganhar dinheiro, é parte da dinâmica capitalista. Trabalhadores que se mobilizam e organizam para reivindicar, protestar ou, quem sabe, mudar a ordem social o fazem por necessidade, não para serem "monetizados". Influenciadores são parte do espetáculo capitalista. Tudo gira em torno do dinheiro, é claro, nisso e em qualquer coisa. Porta dos Fundos diversifica e tem o seu programa de auditório.
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