Certa vez, ao ser interrogado sobre a surpreendentemente boa cobertura feita por um "grande" jornal mineiro, um dos seus repórteres mais experientes explicou: "Os chefes estavam de férias e os jornalistas puderam trabalhar com liberdade". Os chefes da Folha devem ter tirado férias. O jornal publicou uma matéria ruim para a imagem do seu próprio candidato, o "preferido das ruas" em pesquisa feita sob encomenda pelo Datafolha, o probo Joaquim Barbosa!
Barbosinha também pagou (com dinheiro público) viagem de jornalista da Globo.
A bandeira contra a corrupção é só uma bandeira, fácil porque popular e levantada geralmente pelos mais corruptos. Quem já se esqueceu do senador DEMócrito? Era ele o paladino da moralidade pública, o queridinho da revista veja, até ser pego com a boca na botija. Barbosinha assumiu logo o posto e seguiu pelo mesmo caminho.
Amanhã tem desmentido e retratação. Ou aconteceu algum desacordo entre Barbosinha e o partido da oposição -- a "grande" imprensa.
Da Folha de S. Paulo.
Barbosa recebeu R$ 580 mil em benefícios atrasados
Rubens Valente, de Brasília.
Crítico dos gastos do Judiciário, o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Joaquim Barbosa, recebeu R$ 414 mil do Ministério Público Federal por conta de controverso bônus salarial criado nos anos 90 para compensar, em diversas categorias, o auxílio-moradia concedido a deputados e senadores.
Chamado de PAE (Parcela Autônoma de Equivalência), o benefício já foi repassado para 604 membros do Ministério Público Federal, incluindo Barbosa. O pagamento consumiu R$ 150 milhões.
No mês passado, o CNJ autorizou o pagamento de cerca de R$ 100 milhões a oito tribunais de Justiça nos Estados relativos a auxílio-alimentação. Barbosa foi contrário, e sua posição contra os penduricalhos salariais ganhou amplo destaque. Ele chamou de "esdrúxula" e "inconstitucional" a resolução do CNJ.
O ministro ironizou o benefício ao dizer que "não cabe a cada Estado estabelecer auxílio-moradia, auxílio-funeral ou auxílio-paletó".
Além desse auxílio, o presidente do STF recebeu, em 2007, R$ 166 mil (ou
R$ 226,8 mil, em valores corrigidos) mediante a conversão em dinheiro
de 11 meses de licenças-prêmio não gozadas.
A íntegra.
Do Diário do Centro do Mundo.
STF pagou viagem de jornalista do Globo
Paulo Nogueira.
(Este texto foi publicado em maio. Dadas as novidades na relação Globo & JB, decidimos retornar com ele.)
Eis um caso inaceitável de infração de ética de mão dupla.
Um asterisco aparece no nome da jornalista do Globo que escreve textos sobre Joaquim Barbosa em falas na Costa Rica.
Vou ver o que é o asterisco.
E dou numa infração ética que jamais poderia acontecer no Brasil de 2013.
A repórter viaja a convite do Supremo.
É um dado que mostra várias coisas ao mesmo tempo.
Primeiro, a ausência de noção de ética do Supremo e do Globo.
Viagens pagas já faz tempo, no ambiente editorial mundial e mesmo brasileiro, são consensualmente julgadas inaceitáveis eticamente.
Por razões óbvias: o conteúdo é viciado por natureza. As contas do jornalista estão sendo bancadas pela pessoa ou organização que é central nas reportagens.
A íntegra.
domingo, 7 de julho de 2013
sábado, 6 de julho de 2013
BHTrans esconde lucro das concessionárias
Apesar de ser obrigada a informar, por determinação da Lei de Acesso à Informação. E o presidente da BHTrans ainda trata a repórter e o leitor como idiotas. É a cara da gestão Márcio Lacerda. O governo Anastasia também mantém a caixa-preta da imprensa fora do acesso da imprensa e do usuário/eleitor/contribuinte.
Do jornal O Tempo.
Lucro das concessionárias de ônibus de BH é um mistério
A íntegra.
Do jornal O Tempo.
Lucro das concessionárias de ônibus de BH é um mistério
Aline Lourenço
A relação entre o faturamento e as despesas das concessionárias que
gerenciam os ônibus na capital e a influência desses fatores na tarifa
paga pelo usuário são um mistério. A própria Empresa de Transportes e
Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans) admitiu ontem que desconhece as
planilhas de custos e os lucros das empresas. Atualmente, a autarquia
diz ter acesso somente ao faturamento delas, o que pode ser aferido
diariamente por meio do sistema de bilhetagem eletrônica.
Apesar de os contratos divulgados anteontem informarem que as concessionárias são obrigadas a publicar anualmente suas demonstrações financeiras, o presidente da BHTrans, Ramon Victor Cesar, diz que a regra não tem validade. "As empresas que são sociedades anônimas têm que publicar balanço de lucro, mas as concessionárias são sociedades limitadas. Até mesmo porque isso é segredo empresarial delas. Por isso, a cada quatro anos, auditamos as contas e verificamos a taxa de retorno delas", explica.
No entanto, o professor de direito administrativo da Universidade
Federal de Minas Gerais (UFMG) Florivaldo Dutra diz o contrário. "Isso
não tem nada a ver com o fato de ser anônima ou não. Tudo que influencia
no custo do serviço e é de interesse da sociedade tem que ser público,
não pode ocultar", argumenta.Apesar de os contratos divulgados anteontem informarem que as concessionárias são obrigadas a publicar anualmente suas demonstrações financeiras, o presidente da BHTrans, Ramon Victor Cesar, diz que a regra não tem validade. "As empresas que são sociedades anônimas têm que publicar balanço de lucro, mas as concessionárias são sociedades limitadas. Até mesmo porque isso é segredo empresarial delas. Por isso, a cada quatro anos, auditamos as contas e verificamos a taxa de retorno delas", explica.
A íntegra.
sexta-feira, 5 de julho de 2013
O papel histórico de Fernando Haddad
Haddad pertence a uma nova geração de petistas, não a geração dos filhos, que foi às ruas, mas uma geração intermediária. Ele tem em São Paulo o papel que Patrus teria em Belo Horizonte, caso tivesse vencido a eleição de 2012: liderar a renovação do PT, tirá-lo do centro em que se meteu, refém da direita, amigo dos capitalistas mais que dos trabalhadores que o fundaram e são seus donos, aproximá-lo outra vez das suas bases populares e abri-lo para os jovens que não viveram a ditadura nem lutaram contra ela, viveram em outro mundo e o veem de outra forma. São Paulo tem importância capital, todos sabemos, e Haddad pode ser o Lula de um PT renovado. Obteve uma vitória épica nas urnas, intimidou-se no cenário de direita, acovardou-se diante das primeiras manifestações, mas depois pareceu compreender a nova conjuntura e suas possibilidades. Qualidades já demonstrou ter. As ruas lhe ofereceram as bandeiras e o apoio para avançar. Apoio indispensável, porque o outro lado -- empresários gananciosos, elites neofascistas, imprensa reacionária e políticos conservadores -- é contra e vai fazer de tudo para sabotar mudanças que melhorem a vida da população.
Da Agência Carta Maior.
São Paulo: o impensável tornou-se obrigatório
Saul Leblon
O júbilo conservador que sepultou o mandato do prefeito Fernando Haddad nos protestos de junho talvez tenha cometido o erro de colocar o uivo à frente do discernimento.
A exemplo de todo o universo político brasileiro, o prefeito subestimou o alcance da insatisfação contida em 20 centavos de um reajuste que resistiu em revogar.
Paradoxalmente, a grandeza revelada nas ruas, antes de afrontar talvez tenha adicionado o impulso que faltava à identidade de esquerda da nova gestão.
A franqueza obriga a dizer claramente: Haddad precisa refundar seu governo.
A boa notícia é que ele tem tempo para isso e, sobretudo, as circunstâncias agora favorecem sua extração histórica.
O recomeço involuntário encerra um espaço de coerência política de que antes não dispunha.
Outra boa notícia é que Haddad já está sacando o bônus propiciado pelas ruas.
Entre o carro e o ônibus o prefeito não precisa mais incluir reticências na escolha.
Antes que a poeira baixasse, suspendeu a maior licitação de linhas de ônibus da cidade.
Planeja rediscutir as bases dos contratos com uma cidadania organizada, devidamente informada pela abertura da caixa-preta das empresas.
Na sequência, lançou o maior corredor de ônibus da história de SP.
Quase simultaneamente, suspendeu o gasto com a construção do túnel projetado pelo antecessor, idealizado para encurtar a rota dos automóveis ao litoral.
Quanto mais rápido reordenar diretrizes estruturais, mais consistente será o seu renascimento.
E mais surpreendente pode vir a ser a progressão de seu mandato.
Não só.
A íntegra.
Da Agência Carta Maior.
São Paulo: o impensável tornou-se obrigatório
Saul Leblon
O júbilo conservador que sepultou o mandato do prefeito Fernando Haddad nos protestos de junho talvez tenha cometido o erro de colocar o uivo à frente do discernimento.
A exemplo de todo o universo político brasileiro, o prefeito subestimou o alcance da insatisfação contida em 20 centavos de um reajuste que resistiu em revogar.
Paradoxalmente, a grandeza revelada nas ruas, antes de afrontar talvez tenha adicionado o impulso que faltava à identidade de esquerda da nova gestão.
A franqueza obriga a dizer claramente: Haddad precisa refundar seu governo.
A boa notícia é que ele tem tempo para isso e, sobretudo, as circunstâncias agora favorecem sua extração histórica.
O recomeço involuntário encerra um espaço de coerência política de que antes não dispunha.
Outra boa notícia é que Haddad já está sacando o bônus propiciado pelas ruas.
Entre o carro e o ônibus o prefeito não precisa mais incluir reticências na escolha.
Antes que a poeira baixasse, suspendeu a maior licitação de linhas de ônibus da cidade.
Planeja rediscutir as bases dos contratos com uma cidadania organizada, devidamente informada pela abertura da caixa-preta das empresas.
Na sequência, lançou o maior corredor de ônibus da história de SP.
Quase simultaneamente, suspendeu o gasto com a construção do túnel projetado pelo antecessor, idealizado para encurtar a rota dos automóveis ao litoral.
Quanto mais rápido reordenar diretrizes estruturais, mais consistente será o seu renascimento.
E mais surpreendente pode vir a ser a progressão de seu mandato.
Não só.
A íntegra.
quinta-feira, 4 de julho de 2013
Pesquisa do Datafolha sobre governo Dilma só ouviu ricos
Como é comum na folha, na veja e na globo, as informações são manipuladas e o leitor não fica sabendo. Quem só lê a velha imprensa, é enganado, mas quem se informa pela internet, não. Quem foi para as ruas demonstrou saber disso.
Do Tijolaço, via jornal GGN.
Pesquisa do Datafolha "some" com eleitores pobres, revela blog
Na base amostral da pesquisa do Datafolha, que apontou, recentemente, uma queda de 30% na aprovação da presidenta Dilma Rousseff, foi possível notar que a distribuição do eleitorado é totalmente diferente da distribuição do eleitorado brasileiro, segundo dados oficiais do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), revelou o blog Tijolaço na quarta-feira (3/7/13).
A distribuição por amostragem usada pelo Datafolha -- disponível no saite do instituto – revela que foi entrevistado um eleitorado com um perfil de grau mais elevado de instrução do que o que existe de fato, reduzindo o nível de aprovação da presidenta que, como diversos institutos concordam, obtém melhores resultados entre pessoas mais pobres e com menor grau de instrução.
A íntegra.
Do Tijolaço, via jornal GGN.
Pesquisa do Datafolha "some" com eleitores pobres, revela blog

Na base amostral da pesquisa do Datafolha, que apontou, recentemente, uma queda de 30% na aprovação da presidenta Dilma Rousseff, foi possível notar que a distribuição do eleitorado é totalmente diferente da distribuição do eleitorado brasileiro, segundo dados oficiais do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), revelou o blog Tijolaço na quarta-feira (3/7/13).
A distribuição por amostragem usada pelo Datafolha -- disponível no saite do instituto – revela que foi entrevistado um eleitorado com um perfil de grau mais elevado de instrução do que o que existe de fato, reduzindo o nível de aprovação da presidenta que, como diversos institutos concordam, obtém melhores resultados entre pessoas mais pobres e com menor grau de instrução.
A íntegra.
Quem faz a televisão brasileira
Boris Casoy X Jorge Kajuru.
Esse é o nível, salvo exceções. Por isso, nas manifestações vimos cobertura tão ruim e revolta popular contra veículos de emissoras, que sequer podem chegar perto do povo, têm que acompanhar de helicóptero.
Esse é o nível, salvo exceções. Por isso, nas manifestações vimos cobertura tão ruim e revolta popular contra veículos de emissoras, que sequer podem chegar perto do povo, têm que acompanhar de helicóptero.
Quem é a "voz das ruas" da revista veja
Dublê da Globo, dublê de povo, escolhido a dedo para o papel. Um líder de massas. Esse tipo de ficção é comum na revista.
A copa das manifestações vista pelo humor americano (e pelo NYT)
Se você tiver um pouco de paciência e relevar as imbecilidades, vai ter uma pequena aula de cultura americana e história brasileira contemporânea, e pode até rir um pouco.
Lei Maria da Penha não protege mulher famosa, decidem desembargadores do Rio
Normalmente a justiça brasileira funciona para os ricos, que podem pagar bons advogados etc. e não funciona para os pobres. Os desembargadores do Rio inovaram invertendo a lógica: se a mulher é independente pode apanhar, a lei protege só as "vulneráveis". Raciocínio que só não é incoerente com a tradição de juízes e tribunais de incentivarem a impunidade dos mais fortes.
Do Blog do Sakamoto.
Se a mulher é famosa, não pode ser vítima de violência doméstica?
Leonardo Sakamoto
O ator Dado Dolabella – que foi agraciado pelo telespectador brasileiro com R$ 1 milhão ao ganhar o humorístico A Fazenda, mesmo depois de descer a porrada em sua ex-namorada Luana Piovani – não será julgado pela Lei Maria da Penha. Assim decidiram, por unanimidade, os desembargadores da 7ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, seguindo o voto do relator Sidney Rosa da Silva, atendendo a recursos do réu (número 0376432-04.2008.8.19.0001). Dessa forma, fica declarada a incompetência do Juizado da Violência Doméstica e Familiar e o processo encaminhado a uma vara criminal.
De acordo com o relator, "é público e notório que a indicada vítima nunca foi uma mulher oprimida ou subjugada aos caprichos do homem" e não conviviam em uma relação de afetividade estável com o réu. E, por ser atriz renomada e o local da agressão não ser um ambiente doméstico, Luana "não pode ser considerada uma mulher hipossuficiente ou em situação de vulnerabilidade".
O que isso mostra? Que mesmo magistrados experientes interpretam a lei sob um viés conservador . Se a pessoa é famosa e autônoma não pode ser vítima de violência doméstica? E violência doméstica só pode ocorrer em casa?
Do Blog do Sakamoto.
Se a mulher é famosa, não pode ser vítima de violência doméstica?
Leonardo Sakamoto
O ator Dado Dolabella – que foi agraciado pelo telespectador brasileiro com R$ 1 milhão ao ganhar o humorístico A Fazenda, mesmo depois de descer a porrada em sua ex-namorada Luana Piovani – não será julgado pela Lei Maria da Penha. Assim decidiram, por unanimidade, os desembargadores da 7ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, seguindo o voto do relator Sidney Rosa da Silva, atendendo a recursos do réu (número 0376432-04.2008.8.19.0001). Dessa forma, fica declarada a incompetência do Juizado da Violência Doméstica e Familiar e o processo encaminhado a uma vara criminal.
De acordo com o relator, "é público e notório que a indicada vítima nunca foi uma mulher oprimida ou subjugada aos caprichos do homem" e não conviviam em uma relação de afetividade estável com o réu. E, por ser atriz renomada e o local da agressão não ser um ambiente doméstico, Luana "não pode ser considerada uma mulher hipossuficiente ou em situação de vulnerabilidade".
O que isso mostra? Que mesmo magistrados experientes interpretam a lei sob um viés conservador . Se a pessoa é famosa e autônoma não pode ser vítima de violência doméstica? E violência doméstica só pode ocorrer em casa?
Do UOL.
Condenação de Dado Dolabella é anulada porque Luana Piovani não é amparada pela Lei Maria da Penha
Rogério Barbosa
Na última quarta-feira (3), o TJRJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro) publicou uma decisão que anula a condenação do ator Dado Dolabela por agressão à atriz Luana Piovani. O caso se arrasta desde 2008, quando câmeras de segurança de uma boate registraram uma briga entre o casal.
Com esta decisão, o ator que havia sido condenado a dois anos e nove meses de prisão, em regime aberto, deverá ser novamente julgado em primeira instância.
Dado já havia tido sua condenação confirmada pelo TJRJ, mas como a decisão dos desembargadores não foi unânime, ele teve o direito de recorrer. A reviravolta no processo aconteceu porque agora o tribunal entendeu que Luana Piovani não está amparada pela lei Maria da Penha, já que não pode ser considerada uma mulher "hipossuficiente nem vulnerável".
Sem catracas na Suécia
"Andar de ônibus ou trem deve ser gratuito como andar nos passeios públicos", pregam os suecos. Na Belo Horizonte de Lacerda contramão da história, transporte público é péssimo e caríssimo e os passeios, praças e parques estão sendo fechados para exploração em "eventos patrocinados".
Do Opera Mundi.
Movimento sueco luta há mais de uma década por transporte público gratuito
"Para quem são construídas as cidades?". É com esta simples pergunta que os membros do grupo Planka têm promovido a discussão da mobilidade urbana no mundo há mais de uma década. O movimento foi fundado em 2001 pela SUF (Federação da Juventude Anarcosindicalista da Suécia, na sigla em sueco), em resposta ao aumento da passagem do transporte público de Estocolmo, a capital do país.
O grupo defende que o custo da utilização do transporte público deveria estar embutido nos impostos pagos pelos cidadãos, de acordo com a sua renda, em vez de um valor fixo para todos. "As passagens deveriam ser como as calçadas – pagas por todos e de uso gratuito", diz a página web do grupo.
"Nós queríamos fazer alguma coisa concreta que fosse além da pura dissidência", explica a Opera Mundi Christian Tengblad, um dos membros do coletivo. "Nestes anos de atuação, conseguimos que muitas pessoas economizassem com transporte e forçamos um debate em torno das tarifas e da mobilidade no espaço público."
O Planka atua defendendo o não pagamento das passagens no transporte público, saltando as catracas ou simplesmente embarcando nos ônibus e bondes sem pagar. Caso apareça um controlador, a multa é paga pelo movimento se a pessoa multada for um membro do grupo. Para se associar, paga-se uma mensalidade de 100 coroas suecas (R$ 33), que financia todas as atividades do Planka.
A íntegra.
Do Opera Mundi.
Movimento sueco luta há mais de uma década por transporte público gratuito
"Para quem são construídas as cidades?". É com esta simples pergunta que os membros do grupo Planka têm promovido a discussão da mobilidade urbana no mundo há mais de uma década. O movimento foi fundado em 2001 pela SUF (Federação da Juventude Anarcosindicalista da Suécia, na sigla em sueco), em resposta ao aumento da passagem do transporte público de Estocolmo, a capital do país.
O grupo defende que o custo da utilização do transporte público deveria estar embutido nos impostos pagos pelos cidadãos, de acordo com a sua renda, em vez de um valor fixo para todos. "As passagens deveriam ser como as calçadas – pagas por todos e de uso gratuito", diz a página web do grupo.
"Nós queríamos fazer alguma coisa concreta que fosse além da pura dissidência", explica a Opera Mundi Christian Tengblad, um dos membros do coletivo. "Nestes anos de atuação, conseguimos que muitas pessoas economizassem com transporte e forçamos um debate em torno das tarifas e da mobilidade no espaço público."
O Planka atua defendendo o não pagamento das passagens no transporte público, saltando as catracas ou simplesmente embarcando nos ônibus e bondes sem pagar. Caso apareça um controlador, a multa é paga pelo movimento se a pessoa multada for um membro do grupo. Para se associar, paga-se uma mensalidade de 100 coroas suecas (R$ 33), que financia todas as atividades do Planka.
A íntegra.
O incidente aéreo com Evo Morales e como o mundo piorou
Há quarenta anos, informações secretas passadas a jornalistas do The Washington Post derrubaram um presidente americano republicano, considerado conservador, e entraram para a história do jornalismo mundial. Hoje, a imprensa não publica nada que comprometa o governo ou o presidente americano, democrata, considerado progressista, informações precisam ser passadas ao Wikileaks, cujo fundador está há um ano asilado na Embaixada do Equador, e um americano que vazou informações está sendo caçado em todo o mundo, a ponto de governos europeus submissos ao império americano impedirem o pouso ou passagem do avião presidencial da Bolívia em seus territórios. As mais básicas liberdades são desrespeitadas e um incidente gravíssimo como este, que poderia levar à morte de um presidente, tornou-se corriqueiro.
Da Agência Carta Maior.
A covardia europeia contra o presidente Evo Morales
Por Eduardo Febbro
Os europeus são incorrigíveis. Para não ficar mal com o império norteamericano são capazes de violar todos os princípios que defendem nos fóruns internacionais. O presidente boliviano Evo Morales foi o último a experimentar as consequências dessa política de palavras solidárias e gestos mesquinhos. Um rumor infundado sobre a presença no avião presidencial boliviano do ex-membro da Agência Nacional de Segurança (NSA) norteamericana, o estadunidense Edward Snowden, conduziu a um sério incidente diplomático aeronáutico entre Bolívia, França, Portugal e Espanha.
Voltando de Moscou, onde havia participado da segunda cúpula de países exportadores de gás, realizada na capital russa, Morales se viu forçado a aterrissar no aeroporto de Viena depois que França, Portugal e Espanha negaram permissão para que seu avião fizesse uma escala técnica ou sobrevoasse seus espaços aéreos. Os “amigos” do governo norteamericano avisaram os europeus que Morales trazia no avião Edward Snowden, o homem que revelou como Washington, por meio de vários sistemas sofisticados e ilegais, espionava as conversações telefônicas e as mensagens de internet da maioria do planeta, inclusive da ONU e da União Europeia.
O certo é que Edward Snowden não estava no avião de Evo Morales. No entanto, ante a negativa dos países citados em autorizar o sobrevoo do avião presidencial, Morales fez uma escala forçada na Áustria. As capitais europeias coordenaram muito bem suas ações conjuntas para cortar a rota de Evo Morales. Surpreende a eficácia e a rapidez com que atuaram, tão diferente das demoradas medidas que tomam quando se trata de perseguir mafiosos, traficantes de ouro, financistas corruptos ou ladrões do sistema financeiro internacional.
Segundo a informação da chancelaria boliviana, o avião havia obtido a permissão da Espanha para fazer uma escala técnica nas Ilhas Canárias. Essa autorização também foi cancelada e, finalmente, o avião teve que aterrissar no aeroporto de Viena. Segundo declarou em La Paz o chanceler boliviano David Choquehuanca, "colocou-se em risco a vida do presidente que estava em pleno voo". "Quando faltava menos de uma hora para o avião ingressar no território francês nos comunicam que tinha sido cancelada a autorização de sobrevoo." O ministro pediu uma explicação tanto da França quanto de Portugal, país que tomou a mesma decisão que a França.
"Queriam nos amedrontar. É uma discriminação contra o presidente", disse Choquehuanca. Em complemento a esta informação, o portal de Wikileaks também acusou a Itália de não permitir a aterrisagem do avião presidencial boliviano. Em Paris, o conselheiro permanente dos serviços do primeiro-ministro Jean-Marc Ayrault disse que não tinha nenhuma informação sobre esse assunto. Por sua vez, a chancelaria francesa disse que não estava em condições de comentar ocaso. Bocas fechadas, mas atos concretos.
Ao que parece, todo esse enredo se armou em torno da presença de Snowden no aeroporto de Moscou. Alguém fez circular a informação de que Snowden estava no aeroporto da capital russa com a intenção de subir no avião de um dos países latino-americanos dispostos a lhe oferecer asilo político. Snowden é procurado por Washington depois de revelar a maneira pela qual o império filtrava as conversações no mundo. O chanceler boliviano qualificou como uma "injustiça" baseada em "suspeitas infundadas sobre o manejo de informação mal intencionada" o cancelamento das permissões de voo para o avião de Evo Morales. "Não sabemos quem inventou essa soberana mentira; querem prejudicar nosso país", disse Choquehuanca. "Não podemos mentir à comunidade internacional e não podemos levar passageiros fantasmas", advertiu o responsável pela diplomacia boliviana.
A íntegra.
Do Blog do Planalto.
Em nota, governo expressa repúdio ao constrangimento imposto ao presidente Evo Morales
A presidenta Dilma Rousseff emitiu nota, nesta quarta-feira (3/7/13), em que expressou repúdio e indignação ao constrangimento imposto ao presidente da Bolívia, Evo Morales. Alguns países europeus impediram o sobrevoo do avião presidencial boliviano por seu espaço aéreo.
Segundo a nota, o constrangimento não atinge somente a Bolívia, mas toda América Latina, comprometendo o diálogo entre os continentes e possíveis negociações entre eles. Dilma ainda afirma que encaminhará iniciativas em todas as instâncias multilaterais para que situações como essa nunca se repitam.
A íntegra.
Da Agência Carta Maior.
A covardia europeia contra o presidente Evo Morales
Por Eduardo Febbro
Os europeus são incorrigíveis. Para não ficar mal com o império norteamericano são capazes de violar todos os princípios que defendem nos fóruns internacionais. O presidente boliviano Evo Morales foi o último a experimentar as consequências dessa política de palavras solidárias e gestos mesquinhos. Um rumor infundado sobre a presença no avião presidencial boliviano do ex-membro da Agência Nacional de Segurança (NSA) norteamericana, o estadunidense Edward Snowden, conduziu a um sério incidente diplomático aeronáutico entre Bolívia, França, Portugal e Espanha.
Voltando de Moscou, onde havia participado da segunda cúpula de países exportadores de gás, realizada na capital russa, Morales se viu forçado a aterrissar no aeroporto de Viena depois que França, Portugal e Espanha negaram permissão para que seu avião fizesse uma escala técnica ou sobrevoasse seus espaços aéreos. Os “amigos” do governo norteamericano avisaram os europeus que Morales trazia no avião Edward Snowden, o homem que revelou como Washington, por meio de vários sistemas sofisticados e ilegais, espionava as conversações telefônicas e as mensagens de internet da maioria do planeta, inclusive da ONU e da União Europeia.
O certo é que Edward Snowden não estava no avião de Evo Morales. No entanto, ante a negativa dos países citados em autorizar o sobrevoo do avião presidencial, Morales fez uma escala forçada na Áustria. As capitais europeias coordenaram muito bem suas ações conjuntas para cortar a rota de Evo Morales. Surpreende a eficácia e a rapidez com que atuaram, tão diferente das demoradas medidas que tomam quando se trata de perseguir mafiosos, traficantes de ouro, financistas corruptos ou ladrões do sistema financeiro internacional.
Segundo a informação da chancelaria boliviana, o avião havia obtido a permissão da Espanha para fazer uma escala técnica nas Ilhas Canárias. Essa autorização também foi cancelada e, finalmente, o avião teve que aterrissar no aeroporto de Viena. Segundo declarou em La Paz o chanceler boliviano David Choquehuanca, "colocou-se em risco a vida do presidente que estava em pleno voo". "Quando faltava menos de uma hora para o avião ingressar no território francês nos comunicam que tinha sido cancelada a autorização de sobrevoo." O ministro pediu uma explicação tanto da França quanto de Portugal, país que tomou a mesma decisão que a França.
"Queriam nos amedrontar. É uma discriminação contra o presidente", disse Choquehuanca. Em complemento a esta informação, o portal de Wikileaks também acusou a Itália de não permitir a aterrisagem do avião presidencial boliviano. Em Paris, o conselheiro permanente dos serviços do primeiro-ministro Jean-Marc Ayrault disse que não tinha nenhuma informação sobre esse assunto. Por sua vez, a chancelaria francesa disse que não estava em condições de comentar ocaso. Bocas fechadas, mas atos concretos.
Ao que parece, todo esse enredo se armou em torno da presença de Snowden no aeroporto de Moscou. Alguém fez circular a informação de que Snowden estava no aeroporto da capital russa com a intenção de subir no avião de um dos países latino-americanos dispostos a lhe oferecer asilo político. Snowden é procurado por Washington depois de revelar a maneira pela qual o império filtrava as conversações no mundo. O chanceler boliviano qualificou como uma "injustiça" baseada em "suspeitas infundadas sobre o manejo de informação mal intencionada" o cancelamento das permissões de voo para o avião de Evo Morales. "Não sabemos quem inventou essa soberana mentira; querem prejudicar nosso país", disse Choquehuanca. "Não podemos mentir à comunidade internacional e não podemos levar passageiros fantasmas", advertiu o responsável pela diplomacia boliviana.
A íntegra.
Do Blog do Planalto.
Em nota, governo expressa repúdio ao constrangimento imposto ao presidente Evo Morales
A presidenta Dilma Rousseff emitiu nota, nesta quarta-feira (3/7/13), em que expressou repúdio e indignação ao constrangimento imposto ao presidente da Bolívia, Evo Morales. Alguns países europeus impediram o sobrevoo do avião presidencial boliviano por seu espaço aéreo.
Segundo a nota, o constrangimento não atinge somente a Bolívia, mas toda América Latina, comprometendo o diálogo entre os continentes e possíveis negociações entre eles. Dilma ainda afirma que encaminhará iniciativas em todas as instâncias multilaterais para que situações como essa nunca se repitam.
A íntegra.
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