"Andar de ônibus ou trem deve ser gratuito como andar nos passeios públicos", pregam os suecos. Na Belo Horizonte de Lacerda contramão da história, transporte público é péssimo e caríssimo e os passeios, praças e parques estão sendo fechados para exploração em "eventos patrocinados".
Do Opera Mundi.
Movimento sueco luta há mais de uma década por transporte público gratuito
"Para quem são construídas as cidades?". É com esta simples pergunta
que os membros do grupo Planka têm promovido a discussão da mobilidade
urbana no mundo há mais de uma década. O movimento foi fundado em 2001
pela SUF (Federação da Juventude Anarcosindicalista da Suécia, na sigla
em sueco), em resposta ao aumento da passagem do transporte público de
Estocolmo, a capital do país.
O grupo defende que o custo da utilização do transporte público deveria
estar embutido nos impostos pagos pelos cidadãos, de acordo com a sua
renda, em vez de um valor fixo para todos. "As passagens deveriam ser
como as calçadas – pagas por todos e de uso gratuito", diz a página web
do grupo.
"Nós queríamos fazer alguma coisa concreta que fosse além da pura dissidência", explica a Opera Mundi
Christian Tengblad, um dos membros do coletivo. "Nestes anos de
atuação, conseguimos que muitas pessoas economizassem com transporte e
forçamos um debate em torno das tarifas e da mobilidade no espaço
público."
O Planka atua defendendo o não pagamento das passagens no transporte
público, saltando as catracas ou simplesmente embarcando nos ônibus e
bondes sem pagar. Caso apareça um controlador, a multa é paga pelo
movimento se a pessoa multada for um membro do grupo. Para se associar,
paga-se uma mensalidade de 100 coroas suecas (R$ 33), que financia todas
as atividades do Planka.
A íntegra.