quinta-feira, 13 de junho de 2019

É preciso resgatar da extrema direita os símbolos nacionais

Só porque eu tenho escrito isso desde que o golpe começou.
Resgatar ou criar novos símbolos, porque os símbolos brasileiros são ridículos e impostos por elites delirantes, colonizadas e subservientes aos europeus: um hino imenso que ninguém sabe cantar, as cores da bandeira do império português e que não representam mais nada, sem falar no fato que a direita veste a camisa amarela da corrupta CBF. Precisamos de símbolos autênticos, que certamente não serão a bandeira vermelha, a foice e o martelo etc., que usadas por outras minorias.
Agora, deixar para a extrema direita entreguista que detesta o Brasil e seu povo a apropriação dos símbolos nacionais é o fim da picada. A não ser para desmoralizá-los de uma vez por todas, e mostrar que precisamos de símbolos autênticos, populares.

É preciso resgatar da extrema direita os símbolos nacionais

Em várias democracias ao redor do mundo, radicais têm se apropriado de bandeiras nacionais para poder chamar vozes discordantes de inimigos da pátria

Oliver Stuenkel, El País, 12/6/19

Em um fim de semana recente, ao sair de casa para correr no Parque Ibirapuera, em São Paulo, minha mulher questionou a escolha da minha camisa – da seleção brasileira. "Vão achar que você é bolsominion", alertou e me lembrou das manifestações pró-governo previstas para o dia seguinte na Avenida Paulista.
De fato, verifica-se hoje uma tendência crescente de apropriação de símbolos nacionais por movimentos de extrema direita tanto no Brasil quanto em outros países. Isso faz parte de uma estratégia sofisticada, pois permite uma suposta divisão da população entre patriotas de um lado e inimigos da pátria de outro.
Na Finlândia, por exemplo, usar uma camisa estampada com o símbolo nacional – o leão e a cruz – era comum no passado, mas seu uso hoje está fortemente associado a grupos xenófobos. Incomodada com o controle da extrema direita sobre o símbolo, uma agência finlandesa de design chegou a pedir, poucos anos atrás, sugestões para criar símbolos alternativos, que cidadãos moderados poderiam usar sem ser confundidos com radicais da direita. "Grupos extremistas sequestraram símbolos nacionais, fizeram do nacionalismo uma palavra suja e basicamente roubaram o direito de todos nós nos orgulharmos de nosso país", explicou Karri Knuuttila, um dos principais membros da iniciativa, à época.
Nos Estados Unidos, o presidente Trump tem sistematicamente tentado se apropriar da bandeira nacional, alegando (incorretamente) que seus adversários evitavam usá-la em eventos – e que, portanto, não seriam patriotas.

Clique AQUI para ler a íntegra no El País.