Revelação é do presidente Rafael Correa, que há um mês venceu uma tentativa de golpe.
Do jornal Brasil de Fato.
Blanche Petrich, de Quito (Equador)
La Jornada
O presidente Rafael Correa chega com um pouco de atraso a seu escritório no Palácio de Carondelet, onde havia marcado com o La Jornada, porque tinha ido visitar, no hospital infantil, um menino de 11 anos que, no dia 30 de setembro, entre o caos e a violência desatada, recebeu um disparo de bala expansiva na perna. O menino sofreu duas paradas cardíacas, mas, finalmente, quase um mês depois dos acontecimentos, se restabelece satisfatoriamente. Durante a entrevista, Correa se expressa, algumas vezes, com uma franqueza pouco comum em chefes de Estado: “estamos cegos, zerados, em matéria de inteligência para a segurança interna”. Mostra-se indignado com os setores que participaram na conspiração, incluídas as organizações indígenas que, diz ele, agora fazem política em aliança com a oposição de direita. E cauteloso antes de avalizar a lealdade das Forças Armadas a seu governo: “se portaram profissionalmente. Não todos, mas em geral. Lá também há infiltração”. Leia, a seguir, a entrevista:
- Depois do golpe contra Manuel Zelaya, em Honduras, o senhor declarou: “eu sou o próximo”. Quais sinais o senhor via na ocasião?
A íntegra.