A administração Lacerda continua o desmonte dos 16 anos de administração progressista em Belo Horizonte. Faz parte disso a "limpeza" da cidade, que toma da população os espaços públicos. Primeiro, foi a Praça da Estação, privatizada para o museu da Ângela Gutierrez, para a Coca-Cola e empresas que puderem pagar as caras taxas de uso. A Mata do Isidoro, última grande área verde da cidade, está sendo loteada para construção da "Vila da Copa". Gafiteiros estão presos como quadrilha. Agora são os tradicionais feirantes da Praça 1º de Maio – o nome é simbólico: o prefeito do partido socialista, que não mora em BH, mas em um condomínio de luxo em Nova Lima, ao que tudo indica não gosta de pobres. Chama a isso "revitalização". Sem povo, é claro, porque povo atrapalha a cidade que precisa ficar limpinha para agradar a Fifa e os turistas que virão para a Copa de 2014.
PBH dá ultimato aos feirantes
Donos das barracas deverão encerrar as atividades até o dia 31 de dezembro
Depois de mais um dia de trabalho, a vendedora de sapatos Júlia Carvalho de Almeida, 41, passa pelas barracas verdes da praça 1º de Maio, no centro de Belo Horizonte, e enche as sacolas de verduras, legumes e frutas. Mas a partir do ano que vem, ela terá que procurar pelos alimentos em outro lugar. As oito barracas que vendem ainda biscoitos, cereais e temperos serão desativadas devido às obras de revitalização da praça, contemplada pelo programa Centro Vivo. Os comerciantes têm até o dia 31 de dezembro para deixar o local.
A íntegra da matéria do jornal O Tempo.
E no blog Praça Livre BH.