sábado, 30 de abril de 2011
BarceSantos 2 x 0 São Paulo
Dois shows em uma semana. Neste, uma torcida ridícula de 44 mil torcedores. Sou do tempo em que clássicos e jogos decisivos levavam 100 mil aos estádios. E os juízes continuam deixando bater. Mas, justiça seja feita, o SP não bateu como o Real Madrid. Neymar, Ganso e Elano, que trio. E os calendários continuam horrorosos, jogadores extenuados por jogos e viagens ainda em abril. A semana promete outros grandes jogos: Barcelona e RM, em Barcelona, Santos e América, no México (se o juiz deixar bater, o Santos não vai aguentar), Santos e Palmeiras ou Corinthians... Seria bom um confronto entre Santos e Cruzeiro, mas, ao mesmo tempo, dá pra imaginar que o Santos não vai chegar inteiro em duas competições duras, como são a Libertadores e o campeonato paulista. E depois, imaginar Santos x Barcelona. Que jogão seria. É desses grandes times – Barcelona, Santos, Cruzeiro – e seus sparrings – Real Madrid, São Paulo, Palmeiras, Manchester – que o futebol vive. Tudo – calendário, arbitragem, horários – deve ser pensando em função deles, de lhes dar condições de jogar grandes partidas. São eles que ainda levam torcida aos estádios. Os outros joguinhos atestam a decadência do futebol como jogo para torcidas (aqui em MG – estado em que a PM manda ainda, 26 anos depois do fim da ditadura militar – inventaram até essa aberração que é o jogo de uma torcida só). Agora é espetáculo de televisão.