A ombudsman da Folha demonstra que não tem ideia do que seja liberdade de opinião. Parafraseando-a, imagina se isso acontece no governo federal, o escândalo que a Folha não faria. A credibilidade da grande imprensa continua caindo e seus prepostos ditos jornalistas a ajudam nessa tarefa. Jornais são corporações fechadas em defesa de interesses empresariais e políticos. Informação é matéria prima que eles manipulam, não é um valor.
Do Comunique-se.
Editor da Folha e repórter do Agora são demitidos por comentários no Twitter
Izabela Vasconcelos
O jornalista Alec Duarte, editor-assistente de política da Folha de S. Paulo, e a repórter Carol Rocha, do Agora SP, foram demitidos do Grupo Folha por postarem comentários no Twitter a respeito do jornal. Os dois comentavam a morte de José Alencar, ex-vice-presidente da República, que morreu no dia 29/3. "Nunca um obituário esteve tão pronto. É só apertar o botão", comentou o editor-assistente da Folha, sem citar nomes. "Mas na Folha.com nada ainda... esqueceram de apertar o botão. rs", respondeu a repórter do Agora. Alec então lembrou do erro do jornal, que noticiou erroneamente a morte do senador Romeu Tuma, em outubro de 2010. "Ah sim, a melhor orientação ever. O último a dar qualquer morte. É o preço por um erro gravíssimo." Apesar dos comentários, os perfis dos jornalistas não informavam que eram empregados do Grupo Folha. O Comunique-se tentou contato com Alec, mas ele não foi localizado. "É nosso perfil pessoal e foi um comentário normal, não teve repercussão, retuítes, mas fomos demitidos mesmo assim”, disse Carol, que questiona uma retaliação pelo comentário de algo que não é segredo: a antecipação de obituários nas redações. A jornalista também enviou um e-mail para a ombudsman do jornal, Suzana Singer: "Você não acha hipocrisia o jornal negar - ou censurar comentário sobre o tema - que depois da notícia errada sobre a morte do Tuma, os cuidados foram redobrados? Nada mais natural. Mais hipocrisia ainda é um jornal que zela tanto pela liberdade de expressão, que diz não admitir qualquer tipo de censura, praticar a mesma censura contra seus funcionários. Me lembro que o manual de redação diz alguma coisa como "somos abertos a críticas". Sério? Não conheço ninguém que tenha criticado a Folha e não tenha sofrido represália", escreveu. A repórter também fala do episódio em seu blog.
A íntegra.