segunda-feira, 17 de maio de 2010

Acordo comprova boa vontade do Irã e desinteresse dos EUA

O acordo com o Irã não revela apenas a competência e o acerto da política externa brasileira, mostra também que o Irã estava disposto a negociar e os EUA e seus seguidores é que não o queriam. Não há razão para desconfiar do que foi acordado em Teerã pelos presidentes do Brasil, do Irã e da Turquia. É o que se conclui destas entrevistas com especialistas.

Acordo prova desinteresse de potências em entendimento sobre questão nuclear do Irã, diz professor
Luciana Lima
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Independentemente da possibilidade de o Irã construir a bomba atômica, as potências não querem acordo que envolva o direito daquele país do Oriente Médio de enriquecer urânio, na opinião do professor do curso de Relações Internacionais da Universidade de Brasília (UnB), Carlos Eduardo Vidigal. Países como Estados Unidos, França, Reino Unido e Alemanha temem que fique provado o equívoco das sanções anteriores impostas pelo Conselho de Segurança da ONU a Teerã. Para o professor Vidigal, o acordo marca uma disposição do Irã para o diálogo. “Não temos nesse contexto um Irã que pode ser acusado de não estar disposto à cooperação. Temos um país disposto ao diálogo”, destacou o professor. O professor avaliou ainda que o Brasil avançou em termos diplomáticos por ter se posicionado com base no diálogo, sem ferir os princípios acordados com a comunidade internacional.
A íntegra:
http://agenciabrasil.ebc.com.br/web/ebc-agencia-brasil/enviorss/-/journal_content/56/19523/953073

Acordo é positivo e descrença 'não tem sentido', diz consultor da Aiea
O consultor da Aiea (Agência Internacional de Energia Atômica) e assistente do presidente da Eletronuclear Leonam dos Santos Guimarães afirmou ao Opera Mundi que o acordo entre Brasil, Irã e Turquia é satisfatório e que o ceticismo das potências mundiais “não faz sentido”. Segundo ele, o Irã não tem estoque de urânio que o habilite a construir armas nucleares. Guimarães afirmou também que a indisposição ocidental com o acordo tem raízes geopolíticas, e não nucleares, e que a proposta em breve tende a ser aprovada pela Aiea.
A íntegra:
http://operamundi.uol.com.br/noticias_ver.php?idConteudo=4120

Cnen elogia ação diplomática do Brasil no fechamento de acordo nuclear com o Irã

Carolina Gonçalves
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro – O presidente da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen), Odair Dias Gonçalves, avaliou como vitoriosa a atuação do governo brasileiro na negociação sobre a troca de combustível nuclear, firmado pelo Irã. “Para o Brasil é uma vitória enorme. Primeiro, uma projeção enorme do país. Segundo, [sinal de] uma confiança no programa nuclear brasileiro. Foi uma jogada diplomática muito inteligente”, disse. O presidente da Cnen lembrou que “o Brasil está investindo muito no novo programa nuclear e isso [a mediação no acordo assinado pelo Irã] não deixa de contribuir para que o programa seja implementado com mais clareza”.
A íntegra:
http://agenciabrasil.ebc.com.br/web/ebc-agencia-brasil/enviorss/-/journal_content/56/19523/953407