Enquanto o governo Lula dá bons exemplos para o mundo, a lerda justiça nacional continua tratando ricos de um jeito e pobres de outro. A Amazônia é o faroeste, a lei do mais forte, questões sociais resolvidas a bala, instituições corrompidas.
O diretor de Defesa dos Direitos Humanos da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Fernando Mattos, disse à Agência Brasil que a libertação de Reginaldo Galvão, condenado a 30 anos de prisão pela morte da missionária Dorothy Stang, reforça a sensação de impunidade em relação a esse tipo de crime. A desembargadora Maria de Nazaré Gouveia, do Tribunal de Justiça do Pará, concedeu habeas corpus para que o condenado aguarde em liberdade o recurso de apelação da sentença. A decisão tem caráter liminar e ainda será analisada pelas câmaras criminais do tribunal. "Nós recebemos essa notícia com preocupação e com uma dose de frustração”, disse o diretor. “Nossa expectativa era de que, pela primeira vez, conseguiríamos a condenação de toda uma cadeia de pessoas envolvidas em um crime com essa repercussão internacional, dos pistoleiros aos mandantes.” No dia 1º de maio, Reginaldo Galvão foi condenado a 30 anos de prisão em regime fechado sob acusação de ser um dos mandantes do assassinato da missionária, de 73 anos. O crime ocorreu em fevereiro de 2005 em Anapu, no Pará.