Dois dias antes do Acordo com o Irã, o ex-ministro das Relações Exteriores de FHC Luiz Felipe (nome de rei) Lampreia (lembra lacraia e rima com lereia) previu o fracasso das negociações lideradas pelo governo brasileiro. "É um jogo para o público interno", disse em entrevista ao mesmo Opera Mundi. "O que provavelmente o Irã vai fazer, como tem feito em outras ocasiões, é prometer que vai fazer isso, aquilo, e tudo, mas na prática não fará nada, irá ganhar tempo e empurrar com a barriga, como eles têm feito."
E previu mais:
"Diante do fracasso, são grandes as chances da tensão aumentar, além da imagem de Lula ser danificada. A atitude das potências ocidentais e, inclusive, do Conselho de Segurança [das Nações Unidas] se tornará muito mais negativa, levando a um resultado de sanções na ONU ou nacionais."
E alertou:
"O Congresso norte-americano já está discutindo uma relação interna de sanções muito fortes contra o Irã e eventualmente isso pode até respingar sobre o Brasil, sobre empresas brasileiras que têm negócios com o Irã, como a Petrobras."
É mais uma lição exemplar: de um lado a independência e a competência da política externa do governo Lula, que leva o Brasil ao protagonismo mundial; de outro, a incompetência da política de FHC, submissa aos EUA, que deixou o país no buraco.
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