José Cleves da Silva (*)
A espetacularização do Caso Bruno pela polícia coloca a mídia eletrônica e de papel brasileira numa situação difícil. Pior é ver parte dessa mídia legitimar a versão policial como única e verdadeira. (...) A polícia pode falar que fulano é ladrão ou assassino, ainda que contrarie os direitos constitucionais do cidadão, porque o que ela fala e escreve somente terá validade se corroborada na Justiça, sem que as ofensas morais impliquem dano para a autoridade policial, ainda que o acusado seja inocentado. Infelizmente é assim que funciona a estrutura do judiciário em nosso País. O que não pode ocorrer é a imprensa enfiar goela abaixo do público essas conclusões policiais, com o argumento fajuto de que "quem está falando é a polícia". Isso é covardia. Se querem o escândalo como forma de pagamento da dívida moral do acusado, que apresentem ao público as nuances dessa dívida sem o veio do sensacionalismo barato.
A espetacularização do Caso Bruno pela polícia coloca a mídia eletrônica e de papel brasileira numa situação difícil. Pior é ver parte dessa mídia legitimar a versão policial como única e verdadeira. (...) A polícia pode falar que fulano é ladrão ou assassino, ainda que contrarie os direitos constitucionais do cidadão, porque o que ela fala e escreve somente terá validade se corroborada na Justiça, sem que as ofensas morais impliquem dano para a autoridade policial, ainda que o acusado seja inocentado. Infelizmente é assim que funciona a estrutura do judiciário em nosso País. O que não pode ocorrer é a imprensa enfiar goela abaixo do público essas conclusões policiais, com o argumento fajuto de que "quem está falando é a polícia". Isso é covardia. Se querem o escândalo como forma de pagamento da dívida moral do acusado, que apresentem ao público as nuances dessa dívida sem o veio do sensacionalismo barato.