1- A internet é um novo paradigma de comunicação, porque possibilita a todos se expressarem, produzirem e difundirem informações. No modelo antigo, as pessoas comuns são passivas; na internet, são ativas. No modelo antigo, há um dono ou concessionário do veículo de comunicação para mil profissionais que produzem as notícias e um milhão de leitores e telespectadores. Na internet, há bilhões de donos e produtores de notícias. Todos dispondo de recursos fantásticos, como vídeos, áudios, fotografias, animações e ilustrações, além de textos. A internet integra todos os outros meios: jornal, revista, rádio, televisão, cinema, telefone. Uma revolução.
2- O outro lado da moeda dessa pluralidade de informações são o excesso e a dispersão. Como novo meio, o modelo da internet ainda está em formação; precisa de mecanismos para cada um localizar rapidamente as informações que lhe interessam e fazer o que quer fazer: comunicação, entretenimento, informação.
3- As organizações sociais (sindicatos, associações diversas, ONGs etc.) ainda engatinham na internet. Visto que a internet está acessível a todos, sem que sejam precisos investimentos astronômicos, elas podem montar estruturas de comunicação tão poderosas – ou mais – do que as grandes empresas comerciais. Algumas iniciativas estão em curso, falta compreender seu potencial, expandi-las e multiplicá-las.
4- Um exemplo desse potencial são as redes sociais, como o facebook. Conjunto de saite com aplicativos, o fb é hoje o veículo mais avançado de comunicação na internet, porque põe ao alcance de pessoas comuns o compartilhamento de informações num ambiente coletivo. Um passo importante que as organizações sociais precisam dar é a criação de redes semelhantes ao fb para compartilhamento específico de notícias – comunidades cujo interesse seja a produção e troca de informações de interesse coletivo, em forma de textos, fotos, vídeos, áudios etc. Talvez seja essa a nova forma de imprensa na internet, uma imprensa feita por todos: cidadãos-leitores-jornalistas.