segunda-feira, 11 de outubro de 2010

'Aborto é questão de saúde pública', diz reportagem do Globo, repetindo Dilma

É o jornalismo malabarista. Mesmo quando faz reportagem de verdade e mostra a realidade, O Globo distorce os fatos (na edição) para atacar Dilma. Diz que ela e Serra se esforçam para tratar do aborto pelo "viés religioso" e que se trata de questão de saúde pública. Mas se foi justamente o que Dilma disse! E Serra espalhou que ela era a favor do aborto e a "grande" imprensa passou a atacá-la por isso. Diga o que disser, Dilma estará sempre errada para O Globo. Olhemos a matéria pelo lado bom: o assunto é grave e foi tratado como merece.

Mortes em silêncio
Polêmica na campanha presidencial, aborto ilegal mata uma mulher a cada dois dias
Publicada em 9/10/2010 às 17h49m
Carolina Benevides e Tatiana Farah
São Paulo - Enquanto religião e política se misturam na campanha presidencial, reportagem de O Globo deste domingo revela que uma mulher aborta a cada 33 segundos e a prática insegura mata uma brasileira a cada dois dias, sendo que um abortamento é feito para cada 3,5 nascidos vivos. Tema polêmico, desde que o aborto passou a ser assunto central da campanha, sendo responsável, segundo pesquisas, por ajudar a levar a eleição para o segundo turno, os candidatos Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) têm se esforçado para manter a discussão vinculada ao viés moral e religioso.
- O debate não devia tratar de quem é contra e quem é a favor, mas de como é possível resolver um problema de saúde pública. Mulheres de todas as classes sociais, idades, escolaridades e religiões abortam. Muitas acabam no serviço público de saúde, onde são negligenciadas, julgadas e condenadas, o que contribui para que o número de mortes seja alto - diz Paula Viana, do grupo Curumim, que pesquisou a questão em cinco estados: Rio de Janeiro, Paraíba, Mato Grosso do Sul, Bahia e Pernambuco.
A íntegra.