Na reta final das eleições 2010 é hora de declarar meus votos. Para presidente e governador, decidi logo. Depois foi se sedimentando o voto para deputado federal, que também não teve muita dúvida: um ex-colega de universidade, cuja trajetória coerente acompanhei, à distância. Para deputado estadual, foi mais difícil, mas me decidi por um candidato à reeleição igualmente reputado como coerente, ligado a assuntos que considero importantes e a uma liderança maior inquestionável. Duro mesmo foi decidir o voto para senador, mas prevaleceu o raciocínio de que, à falta do melhor, a gente vota no menos ruim, pra ver se melhora.
Voto Dilma 13 na aprovação do governo Lula; voto Hélio+ Patrus 15 pela renovação da política mineira, pelos avanços que podem vir principalmente do vice-governador; voto em Nilmário Miranda 1331, André Quintão 13555, Pimentel 133 e Zito 650, parlamentares alinhados com a mesma política, ainda que um deles tenha traído nossa confiança, com esperança de que tenha aprendido a lição.
Não se trata de esperar milagres – as grandes mudanças não vêm dos governos. O governo Lula foi acanhado em relação à educação e tem mentalidade atrasada em relação ao meio ambiente – exatamente as duas questões mais importantes para o futuro dos nossos filhos e netos, mas os últimos oito anos mostraram o que um bom presidente pode fazer pelo Brasil. Igualmente importante é eleger parlamentares íntegros para melhorar os Legislativos.
Depois do governo Lula, essa gente que guinou à direita e flerta com o golpe pertence ao passado. Tomara que Dilma seja ainda melhor. Precisamos de mais, muito mais.