A força da internet é também seu ponto fraco: o excesso de informações. Não apenas é impossível consumir todas as informações disponíveis (e cada vez menos será, porque elas aumentam em velocidade gigantesca), como elas se perdem nesse ciberespaço infinito. Por isso as ferramentas de busca são as mais importantes – o Google pesquisa é apenas um programa primitivo, é preciso desenvolver muito mais. O usuário, gastando o mínimo de tempo possível, precisa informar a máquina do que lhe interessa e o Google do futuro deverá lhe oferecer as informações que procura.
Uma pessoa curiosa, que se interessa por muitos assuntos e gosta de ler, passa do dia inteiro na internet e não lê nem um décimo do que gostaria. Por isso é preciso selecionar o que vai ler. A simples seleção, porém, nas condições atuais, já significa enorme gasto de tempo. E muitas vezes gasto inútil, porque não se encontram as informações desejadas. O computador pode ajudar mais.
É possível hoje publicar um jornal pessoal na internet, trabalhando sozinho. Não vou produzir informações, no máximo comentá-las, mas posso fazer uma boa seleção de informações na internet, segundo meu ponto de vista, e editá-las no meu blog. Nessa seleção posso incluir textos, fotos, filmes, gravações de som.
Embora no modelo acima a informação seja apenas (bem) editada, posso também produzir informações: posso fotografar e filmar, com equipamentos amadores, até mesmo celular, transferir as imagens para o computador e dele para o blog.
Uma terceira etapa é reproduzir informações enviadas por leitores. Na internet, o público não é apenas consumidor, ele interfere e informa, de maneira que a notícia é produzida da forma colaborativa.
Para fazer um jornal assim, é preciso começar selecionando assuntos e áreas de interesse: restringir o foco a um tema e informar bem sobre ele.
Informar bem significa: com independência e liberdade, profundamente, amplamente e de forma colaborativa.