Os meios de comunicação tradicionais nos bombardeiam com todo tipo de informações. O modelo do telejornal tradicional (que copiou e adaptou a imprensa escrita) é generalista, com diversas seções: esportes, artes, polícia, economia, política, ciência, meio ambiente, tecnologia etc. Além disso, ele segue outra orientação, a chamada “importância” da notícia: a novidade, o que atinge muita gente, o bizarro.
Para quem usa a internet habitualmente, a televisão já é um meio de comunicação obsoleto. O telejornal, por exemplo: ele nos oferece os assuntos que quer, na ordem que quer, com as informações que quer. É comum que tenhamos de assistir a todo o telejornal para saber a informação que nos interessa e que, por ser importante, foi colocada no final do programa. Antes de saber o que queremos somos obrigados a engolir dezenas de notícias que não nos interessam, e não podemos fazer nada.
Trata-se de um modelo autoritário e manipulador, no qual o público é apenas consumidor, passivo, inerte – “o da poltrona”, nas palavras do comediante Renato Aragão. Com o surgimento da internet, esse modelo está superado, fadado ao desaparecimento. Ou pelo menos perderá inexoravelmente a importância e a influência que possuiu durante cerca de cinco décadas. A internet e as novas tecnologias da comunicação subvertem esse modelo, ao abrir a produção e difusão de informações para qualquer pessoa, retirando-a do controle de grandes organizações.