domingo, 11 de abril de 2010
Até quando o São Paulo vai ganhar no grito?
Eu já estava com essa pergunta na cabeça, aos 45 minutos do segundo tempo, quando Durval fez o terceiro gol do Santos. Sim, porque o empate em 2 a 2 seria uma vitória para o São Paulo, um time acostumado a ganhar, quando não no futebol, no grito. O jogo de hoje foi exemplar: quando viu que não ganharia na bola, o São Paulo apelou para o que mais sabe fazer, mais até do que jogar bola: bater no adversário e intimidar a arbitragem. Quem não se lembra daquele jogo que decidiu o campeonato brasileiro de 77, quando Chicão pisou no Ângelo caído no chão, já com a perna quebrada por Neca, e nenhum dos dois criminosos foi sequer advertido pelo conivente árbitro Arnaldo César Coelho? Com a estrutura que tem, a administração profissional que tem, o dinheiro que tem, os treinadores e jogadores que pode contratar, o São Paulo sempre entra nas competições para ganhar, e quando não é líder, apela para a força. Hoje, para o bem do futebol, não deu certo, mas quase deu.