quarta-feira, 28 de abril de 2010

Um grande jogo

Tem jogo que não precisava ter 90 minutos. Jogar 90 minutos contra o Santos é muito tempo, a molecada corre do começo ao fim, tocando a bola. Um vacilo, eles vão lá e fazem gol, como fizeram o segundo. O primeiro foi um erro de marcação. O segundo também, não dá pra entender três jogadores contra um, e ainda o goleiro, e deixam o cara cabecear sozinho. O Atlético é o contrário do Santos, faz um gol e tende a tocar a bola, garantir o resultado. Mas jogou muito, tem que jogar muito pra ganhar da molecada. Só tem uma forma de derrotar o Santos: atacando o tempo todo também. E marcando melhor do que eles. As substituições pioraram o Atlético; Jonilson, Renan e Leandro foram piores do que Correia, Ricardinho e Fabiano. Não que estes jogassem bem. Fabiano, que vinha sendo a sensação do time, não jogou nem a metade do que costumava jogar. Ricardinho erra passes demais e Correia não fez nada de extraordinário. Mesmo assim, os que entraram pioraram o time. O menino Renan escondeu da bola, Jonilson entrou errando passande, fazendo faltas, sofrendo dribles. Leandro jogou como sempre e ele sempre jogo de razoável pra mal. Tardelli é que jogou com personalidade, pra frente. Estava em noite inspirada, como há muito tempo não tinha. Muriqui é mesmo o novo Obina, o cara que ataca sempre, que desloca, sofre falta, dá passe para gol. Aranha foi melhor do que se esperava. Aliás, já não é aquele frangueiro dos jogos atrás. Foi um grande jogo. Dizer que o Santos jogou mal é balela. Foi o Atlético que não deixou a molecada jogar - quando deixou, levou gol. O time e a torcida, que lotou o Mineirão. Vencer o Santos, mesmo por diferença de um gol (3 x 2) já é um feito. Até porque no segundo jogo não tem nenhuma garantia de vitória para o Peixe, o Galo pode vencer outra vez. Ou empatar. Por que não?