"Nós pusemos a bola na área, quem tem de fazer o gol é o Conselho de Segurança da ONU"
Luiz Antônio Alves
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, disse hoje (18/5/10) que um dos detalhes mais importantes da Declaração de Teerã é que o documento é resultado de uma negociação e não da confrontação. Segundo o chanceler, o documento assinado ontem em Teerã resume avanços notáveis em relação a todas as situações anteriores. Amorim ressaltou que esta é a primeira vez que o Irã aceita, por escrito, uma proposta relativa ao seu programa nuclear, sem impor nenhum tipo de condição. Também pela primeira vez, e por escrito, o Irã aceita que se tratam de 1,2 mil quilos de urânio, exatamente a proposta original da própria Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea). "Um jornal insuspeito como o Financial Times faz hoje uma apreciação muito razoável sobre as possibilidades que o acordo abre. Acho que ignorar esse acordo seria uma atitude de desprezar uma solução pacífica. Não creio que se possa fazer isso". O anúncio de que o Irã continuaria com seu programa de enriquecimento de urânio mesmo após a assinatura do acordo com o Brasil e com a Turquia é assunto para ser tratado numa segunda etapa. "Nós não pretendíamos resolver todos os problemas de uma única vez. Isso exige uma conversa não com o Brasil, mas com os integrantes permanentes do Conselho de Segurança da ONU, sobre cujos resultados sou otimista. Nós pusemos a bola na área, mas quem tem que fazer o gol são os membros permanentes do Conselho e os representantes da Agência Nacional de Energia Atômica (Aiea)".
A íntegra:
http://agenciabrasil.ebc.com.br/web/ebc-agencia-brasil/enviorss/-/journal_content/56/19523/954866
e
http://agenciabrasil.ebc.com.br/web/ebc-agencia-brasil/enviorss/-/journal_content/56/19523/954973