quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Centrais sindicais vão às ruas por Dilma

Esta notícia é importante por dois motivos: a militância trabalhista vai às ruas, o que não fez no primeiro turno, e faz isso em São Paulo, que concentra a ponta de lança da direita serrista. A ação da direita nos seus redutos é intimidatória, e inibe os eleitores de Dilma de se manifestarem. É possível mesmo prever conflitos, talvez pancadaria. A campanha ganha corpo e os dois lados ficam bem definidos. Dilma atrai os trabalhadores, a classe média ascendente, os progressistas; seu eleitorado é maior no Nordeste e no Norte, mas está bem espalhado pelo país inteiro. Serra fica com a extrema direita, o lumpem e a classe média moralista; seu eleitorado está concentrado no estado mais rico, mais populoso e mais reacionário do país.

Do jornal Valor
Centrais sindicais iniciam campanha pela eleição de Dilma
João Villaverde | De São Paulo
14/10/2010
Em reunião realizada ontem no espaço onde funcionara o comitê de campanha de Aloizio Mercadante (PT) ao governo de São Paulo, representantes das seis entidades e de movimentos sociais acordaram em iniciar hoje uma larga campanha de rua. A partir de hoje, duas turmas de sindicalistas se revezarão em São Paulo, das 7h às 14h e daí às 19h, percorrendo pontos públicos como praças e estações de metrô com panfletos e jornais. Amanhã, as centrais participarão de comício da campanha de Dilma em São Miguel Paulista (SP) onde entregarão à candidata a "Agenda da classe trabalhadora", documento aprovado em assembleia promovida no Estádio do Pacaembu, em São Paulo, para cerca de 23 mil sindicalistas presentes. O documento, originalmente idealizado para ser entregue à todos os candidatos, só chegará a Dilma. Artur Henrique, presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), a maior do país, resume: "ela é a única capaz de encampar as necessidades da classe trabalhadora, então não faz sentido entregar o documento a quem não fará nada com ele".
A íntegra.