terça-feira, 5 de outubro de 2010

Um período extraordinário de liberdade. Até quando?

Vivemos uma época de liberdade. A web é uma revolução na democratização da informação que jamais existiu antes. O governo Lula, além da estabilidade econômica, do crescimento, da distribuição de renda e do aumento da autoestima nacional, representa também um período extraordinário de liberdade. Fico me perguntando se tanto uma coisa como outra vão continuar. Quer dizer, o governo Lula está no fim, seja como for o governo Dilma ou Serra (toc toc toc) não será a mesma coisa. E quanto à internet? Os ricaços, os donos do planeta, aceitarão passivamente essa novidade libertária que está transformando a comunicação? Esta entrevista toca no assunto.

Jogo complexo: a grande mídia não está sozinha
Entrevista com o sociólogo e doutor em ciência política Sérgio Amadeu.
Por Juliana Sada
Do Blog Escrivinhador
Você poderia explicar o que é o Plano Nacional de Banda Larga e qual a sua importância?
- O Plano Nacional de Banda Larga é um conjunto de ações do governo para levar a internet com velocidade razoável para todo território nacional. As empresas operadoras de telefonia, responsáveis pela banda larga, não fizeram isso até hoje. Nada impedia que essas operadoras levassem banda larga para o Nordeste ou mesmo para a Cidade Tiradentes. Há mil restrições em locais onde não é rentável ter banda larga. A banda larga que foi implementada no Brasil é cara e de baixa qualidade, muito instável. O Plano Nacional de Banda Larga amplia a rede de banda larga fazendo parcerias também com pequenos empreendedores, com empresas estatais e retomando a Telebrás – não como a empresa estatal que era mas como um gestor do sistema.
Quais obstáculos estão postos para a implementação do Plano Nacional de Banda Larga?
- A Dilma ganhando, eu acho que fica tudo bem mas se ela perder, o plano vai ser feito do jeito que as operadoras querem. E para elas é uma briga econômica. Tomara que dê certo mas vai ter que dar porque isso é estratégico. As empresas já estão percebendo isso. Vai ter que ter, não tem jeito.