terça-feira, 16 de novembro de 2010

Garimpo avança destruindo Amazônia peruana

É a lógica do capital. Onde há lucro, ele vai lá. Atrai trabalhadores, que só têm sua força de trabalho como meio de ganhar a vida. Nesse processo, não importam meio ambiente, futuro, nada. O capital é imediatista e destruidor. Chamam a isso de desenvolvimento, porque cria riqueza. Garimpeiros invadem reservas, derrubam a mata, escavam buracos com jatos d'água, despejam mercúrio tóxico na terra, na água e no ar. Pegam o ouro e vão gastar com bebida e meninas prostituídas. Em 2008, a atividade produziu 16 toneladas de ouro e rendeu 500 milhões de dólares, quase nada transformado em imposto e melhorias sociais. Só destruição. Não tem atividade mais destruidora do que mineração, como provam estas Minas Gerais.
Reportagem de Maria Emília Coelho, do Eco. O melhor jornalismo está na internet.

Filhos de Madre de Dios
Estima-se que cerca de 300 pessoas cheguem por dia a Madre de Dios. A maioria vem das regiões pobres da cordilheira andina em busca de trabalho nas áreas de extração do minério. São estimuladas pela facilidade de acesso gerada pela construção da rodovia Interoceânica Sul, que liga o Acre aos portos do Pacífico, rasgando as montanhas peruanas. E pela subida do preço do ouro, que bateu recordes nos últimos tempos graças à crise econômica mundial.