quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Na Argentina, chefes da tortura foram condenados

Da Agência Carta Maior.
Morreu o Mengele da última ditadura argentina
Martín Granovsky, Página12
Condenado à prisão perpétua e destituído, por homicídio agravado, privação ilegítima da liberdade, torturas e roubos, morreu ontem em Buenos Aires, aos 85 anos, o ex-almirante Emílio Eduardo Massera. Ainda era processado por novas denúncias. O indulto de Carlos Saúl Menem deixou-o sem a condenação perpétua em 1990. Recobrou a liberdade e voltou a ficar dela privado quando, em 1998, foi processado pelo roubo de bebês. (...) Massera poderia ter morrido sem condenação alguma, mas em 31 de agosto último, a Corte Suprema de Justiça confirmou as sentenças dos tribunais inferiores que tinham falado sobre a inconstitucionalidade do perdão de Menem. Se o indulto não se ajustava à Constituição, então restava de pé a condenação original, de 9 de dezembro de 1985.