quinta-feira, 16 de abril de 2020

Estamos nas mãos dessa gente

É esse tipo de gente que governa. Não estou falando do governo do capitão, estou falando dos economistas. A vida da gente, o governo do país, a sociedade, o presente e o futuro ficam nas mãos de sujeitos cuja capacidade é ler gráficos. É muito pouco. Governar é pensar em muito mais: no bem-estar coletivo, na felicidade, na igualdade, na liberdade, na fraternidade, na natureza, no futuro, no ar, na terra, nas águas, nas árvores, nos pássaros, nos peixes, nos insetos, nos répteis, nos macacos, e nos seres humanos, é claro. Mas esses caras, que mandam no mundo não é de hoje, só sabem "interpretar" números, ler gráficos, são uns seres humanos limitadíssimos, umas bestas quadradas. Se Marx, que foi Marx, falou besteira e mais besteira, e Keynes, que foi Keynes, também era bem limitado, que dizer desses economistas que seguem cartilha? Inventam cada barbaridade, cometem cada erro grosseiro, nos seus planos mirabolantes! E depois saem do governo, deixam a terra arrasada, e vão ganhar rios de dinheiro em consultorias e bancos. Todos ricos, milionários. 

Presidente do BC diz a investidores que reduzir mortes por coronavírus é pior para a economia

Amanda Audi, The Intercept Brasil

16 de Abril de 2020, 1h01

Em fala a investidores do mercado financeiro, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, tirou de contexto dados de um gráfico elaborado por economistas do Centro de Pesquisas de Política Econômica para defender a tese de que o isolamento social irá aprofundar a recessão.

“Esse é um gráfico que muita gente tem comunicado em palavras, que é a troca entre o tamanho da recessão e o achatamento da curva [de contaminação] que você quer atingir. Mostra que, quando você tem um achatamento maior, você tem uma recessão maior e vice-versa”, teorizou Campos Neto em uma live organizada pela XP Investimentos, uma das maiores corretoras de valores do Brasil. A fala foi acompanhada ao vivo por mais de 6 mil pessoas no último dia 4, um sábado à noite.

Na ótica do neto de Roberto Campos – ministro do Planejamento da ditadura militar e um dos maiores expoentes do liberalismo econômico no Brasil –, o gráfico serve “para ilustrar que existe essa troca [entre salvar vidas ou combater a recessão] e é uma troca que está sendo considerada”.

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