quinta-feira, 22 de outubro de 2009
Liberdade de imprensa só existe quando o governo é de oposição
Liberdade de imprensa é um mito do capitalismo. Funciona assim: a "grande" imprensa é um partido da burguesia - partido auxiliar ou partido principal, conforme a época e a necessidade. A burguesia está poder, por meio de prepostos, então a "grande" imprensa atua como partido do governo. "Hay gobierno, soy a favor" é seu lema. Quando, por dificuldades no percurso, o governo não corresponde ao que a burguesia quer, a "grande" imprensa faz oposição, como porta-voz da burguesia. Dessa forma, aquela frase predileta do Millôr Fernandes, "imprensa é oposição, o resto é armazém de secos e molhados", só se cumpre quando o governo não agrada a imprensa. Em Minas Gerais, só tivemos imprensa de oposição - ou "liberdade de imprensa" - no governo Newton Cardoso (1986-1990), que não entrou em acordo com a principal empresa de comunicação regional. Vivemos a mesma situação no país hoje, com a oposição do partido Veja/Globo/Folha ao governo Lula. Quando o governo faz o que os capitalistas querem, a imprensa nem se lembra da tal da liberdade de imprensa. Prevalece a liberdade de empresa.