sábado, 9 de outubro de 2010

Uma entrevista para entrar para a história como aula de manipulação de informações

Mais um exemplo da forma Folha de fazer jornalismo. O repórter passou a longuíssima e entendiante entrevista tentando fazer Ciro dizer alguma coisa que ele pudesse transformar em manchete contra Dilma. Não conseguiu. Aí inventou essa que é uma interpretação, juntando partes separadas. A publicação na íntegra, que deve ter sido negociada, tem a vantagem de mostrar Ciro avisando que a entrevista será manipulada na edição. O que não impediu o uso de um recurso que manipula até a fala literal, ao colocar entre colchetes informações que não podem ser confirmadas e que a Folha afirma serem verdades. A entrevista não tem outro interesse, a imparcialidade é descarada, o repórter não está interessado em nenhuma informação, em nenhum assunto sério, em nada relevante. E parece não ter consciência do papel vergonhoso que faz. É um retrato do nível de esgoto a que chegou a Folha. Quem tiver paciência que leia. Hoje ou no futuro. Não como jornalismo, mas como registro histórico de uma época que, espero, vai para o lixo da história do Brasil e do jornalismo.

Ciro diz que 'aprendizes de mafiosos' do PT fizeram eleição ir para o 2º turno
Integrado nesta semana à coordenação da campanha de Dilma Rousseff (PT), o deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE), 52, afirma que escândalos do PSDB, aliados a outros patrocinados por "aprendizes de mafiosos" do PT, formam a "frouxidão moral" que teria levado parte eleitores politizados a descarregar votos em Marina Silva (PV) e levar a eleição para o segundo turno.
O deputado volta a criticar o PMDB, principal partido aliado a Dilma, dizendo que há contradições "graves" e ainda não resolvidas na aliança, embora seja "impossível" governar sem essas contradições.
A íntegra.