Tem uma coisa boa na Marina: o que ela representa de insatisfações do povo com o que os governos do PT não fizeram.
Tem uma coisa ruim na Marina: como grande parte das insatisfações populares foram manipuladas pelas "seis irmãs" que controlam os veículos de comunicação no Brasil.
O principal é que o fato de haver muitas insatisfações não significa que Marina seja a resposta para elas.
Como Collor não foi.
Do jornal GGN.
Como Marina tenta montar o reverso de Lula
Antes de entrar no tema, um pedido de desculpas. No artigo "O mito do
cavaleiro solitário" atribuí a Marina Silva a condenação das pesquisas
com células tronco e o criacionismo. Conferindo matérias da época, fica
claro que em nenhum momento Marina colocou suas convicções acima da
liberdade de pesquisa da ciência.
Agora, ao tema.
O episódio Malafaia é elucidativo para entender dois pontos apontados
aqui no Blog, sobre o programa e a candidatura de Marina Silva.
O primeiro, a qualidade do programa original da Rede Sustentabilidade.
Quem acompanha a série que escrevo sobre o Brasil 2015 poderá
conferir que a maioria absoluta dos conceitos defendidos – e das
críticas que faço à condução das políticas públicas - foi contemplada no
Programa do Sustentabilidade..
O segundo, a incapacidade de Marina Silva de minimamente administrar
conflitos. E, de certo modo, a falta de fôlego da própria Rede para
enfrentar o velho.
Dois episódios demonstram isso.
1. O caso do aprofundamento da democracia participativa, uma das
grandes bandeiras atuais. Bastou uma manchete preconceituosa do Estadão
para a Rede soltar uma nota informando que os conceitos criticados pelo
jornal constavam de um trabalho ainda não aprovado pelos coordenadores
do programa. O programa é divulgado e os conceitos continuam lá.
2. O caso LGBT, ou com essa fantástica frente modernizadora, esse
centro do mais avançado pensamento das ONGs paulistas, os centuriões da
modernização foram botados para correr pelo pastor Silas Malafaia.
A íntegra.