Final de ano é época de desova no Legislativo. É nessa época que se aprovam as leis mais escabrosas. Vários vereadores foram eleitos deputados, estão se despedindo, inclusive a presidente. A Câmara funciona assim: para aprovar o que o prefeito quer, os vereadores negociam aprovação dos seus projetinhos – adoçante para diabéticos, por exemplo. Ou proibição de uso de jaleco fora do local de trabalho. Matérias de políticas públicas, que não são assunto para vereador. Coisa realmente importante os vereadores não aprovam: ou vem do Executivo ou é vetada pelo Executivo. O que é essa "reforma administrativa" do prefeito empresário milionário que não mora na cidade que administra e quer transformar a prefeitura em empresa? A população não sabe. Outro dia mesmo Pimentel fez uma reforma, agora Lacerda faz a sua. Pra deixar sua marca. Os vereadores cordeirinhos aprovaram, é claro. Quando essas gentes exaltam a democracia é disso que estão falando, desse joguinho político que passa longe da população, cujo papel é apenas votar, de quatro em quatro anos, para eleger os mais espertos e que têm mais grana para gastar em propaganda.
Do saite da vereadora Luzia Ferreira.
Vereadores aprovam 33 projetos de lei
Em reunião extraordinária realizada na manhã do dia 22 de dezembro, os parlamentares da capital votaram a favor de 33 projetos de lei. Entre as propostas aprovadas em 2º turno, está a reforma administrativa da Prefeitura e a municipalização do Anel Rodoviário de Belo Horizonte. O Plenário ainda rejeitou o projeto que obriga o município a fornecer protetor solar a funcionário que trabalhe exposto a raios solares. O projeto do Executivo que reorganiza a administração municipal prevê a criação de mais cinco secretarias, assim como o desmembramento e a fusão de outras, além da extinção de cargos. Durante a plenária, integrantes de movimentos populares protestaram contra a extinção da Secretaria de Habitação, que deve ser incorporada pela Companhia Urbanizadora de Belo Horizonte (Urbel). Aprovado em 2º turno com 22 votos, o PL 1380/2010 segue para redação final na CMBH e, em seguida, será encaminhado à Prefeitura para sanção ou veto.
A íntegra.