O de sempre: matéria só tem um lado, o oficial. Cita duas testemunhas "que participaram das investigações". Como assim? Testemunha que participa de investigação tem nome: policial, como explica o jornal Hoje em Dia, que não tem mania de grandeza: "Para chegar até os suspeitos, um agente da Delegacia de Meio Ambiente se passou por pichador, em saite de relacionamentos, com o objetivo de acessar as páginas individuais dos integrantes da gangue e identificar os envolvidos, além de ter acesso à forma como o grupo agia. Por meio dos codinomes existentes nas diversas pichações, a polícia conseguiu identificar os suspeitos". Acusação de formação de quadrilha é acusação: o crime só se configura com a condenação, mas maus jornalistas ignoram isso. Dos acusados, nenhuma palavra. O mais interessante é que a matéria do 'grande' jornal é praticamente cópia da matéria da Assessoria de Comunicação do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, que no entanto não comete o erro de chamar os pichadores de quadrilha. Segundo o HeD, 347 pichadores foram presos este ano, até outubro. Ah se a polícia fosse tão eficiente para prender bandidos que invadem prédios como é com esses jovens que picham as fachadas!
A matéria do "grande" jornal: Testemunhas confirmam pichações da quadrilha conhecida como 'Piores de Belô'.
A matéria da Ascom: Testemunhas confirmam pichações.
E a matéria do Hoje em Dia: Prisão de pichadores cresce na capital.
Todas são do dia 16/12/10.