sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

O governo Lula e as políticas de esportes e segurança

Mazelas do melhor governo capitalista que o país já teve.

Do blog O biscoito fino e a massa.
Cidade sitiada
Por Alexandre Nodari
Entre as muitas falhas do governo Lula (e, neste Biscoito, acredito que não preciso ressaltar os inúmeros acertos), estão a política de segurança pública e a política esportiva, falhas em áreas aparentemente tão distintas, mas que coincidiram tragicamente nas últimas semanas. No começo do governo Lula, combatentes históricos do status quo esportivo (entre eles, o Juca Kfouri) apresentaram ao governo um plano de longo prazo para os esportes, com enfoque na inclusão social e na educação. Com a nomeação de um integrante do PCdoB para o cargo, Agnelo Queiroz, o projeto parecia ter tudo pra dar certo: o partido tinha se notabilizado, na figura de Aldo Rebelo, pela investigação implacável aos desmandos de Ricardo Teixeira na CPI da CBF-Nike. Todavia, em um movimento que é típico da esquizofrenia ideológica do PCdoB (que mereceria um post à parte: começa no movimento estudantil, passa pela formação partidária – com cartilhas que colocam lado a lado, como aliados, um carrasco, Getúlio Vargas, e sua vítima, Olga Benário – e termina na linha de frente ruralista representada atualmente por Rebelo, autor também do tosco projeto que visava proibir os estrangeirismos da língua portuguesa), Agnelo se aproximou dos cartolas corruptos e do mainstream do esporte de alto rendimento, deixando de lado a política esportiva de inclusão social, e focando na ajuda financeira aos grandes clubes de futebol (com a Timemania, loteria que ajuda a pagar as dívidas dos clubes junto à União, sem muita contrapartida), e nos grandes eventos esportivos (como as candidaturas bem sucedidas do Brasil para sediar a Copa do Mundo de 2014, e os Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro).
A íntegra.