Quando esteve na Suécia, na Copa de 1958, Garrincha deixou lá um herdeiro. Terá o Brasil uma geração de herdeiros do intercâmbio cultural na Copa 2014?
Do Zero Hora, via DCM.
As gaúchas e os estrangeiros que estão em Porto Alegre na Copa: o relato de uma jornalista do Zero Hora FêCris Vasconcellos
Enquanto via a invasão laranja na Borges de Medeiros sentada aqui na
redação, fui sendo também eu invadida por uma absurda vontade de ver o
mundo lá fora. Logo que tive a oportunidade, fui percorrer as ruas junto
com gringos de todas as querências para sentir na pele a vibração
daqueles sorrisos e gritos de torcida.
O que se via na rua era um choque de universos um tanto diferentes:
de um lado, jovens estrangeiros maravilhados com o tão famoso charme da
mulher gaúcha; de outro, garotas encantadas com tanta novidade e tanto
homem – vamos combinar e o IBGE comprova, artigo de baixo estoque no
mercado do Rio Grande do Sul.
Era bonito ver o intercâmbio: os holandeses com suas extravagâncias;
os australianos com sua simpatia e os brasileiros com sua vibração. Ora,
senhoras e senhores, ao juntar tanta gente embriagada de alegria e
cerveja, é claro que a mistura passa do químico para o físico rapidinho.
Como nos comportamos no flerte é um reflexo de como nos comportamos na
vida e, portanto, há sim muita troca cultural na troca de fluídos.
A íntegra.