sexta-feira, 31 de maio de 2019

O novo sempre vem

Como diria Belchior.
Assim como faliram as instituições que fizeram o golpe, aderiram a ele, foram cúmplices dele ou se omitiram, também faliram os partidos de esquerda e centrais e sindicatos que foram incapazes de resistir, o PT e a CUT à frente. O PT morreu em 2016, como o PTB morreu em 1964, e a CUT como a CGT. O PT não foi capaz de entender o golpe, resistir a ele e assumir a liderança de um novo momento político. Lula está preso, e tentou ser presidente assim mesmo, compreende-se, porque era a única alternativa do PT. O PT é menor do que Lula, o PT depende de Lula, o PT é Lula.
O PT pode renascer, Lula pode renascer, como Perón renasceu. Vai depender do que vier. O peronismo renasceu, sobreviveu, existe até hoje. O PTB morreu -- e o PT ajudou a matá-lo, recusando unir-se a Brizola, a submeter-se a Brizola, a reverenciar Getúlio Vargas. A esquerda brasileira tem essas rupturas, ao contrário da esquerda argentina.
Neste momento, porém, o PT, as centrais e, em menor medida, os sindicatos, porque mais próximos dos trabalhadores, estão mortos. E Lula está preso. Uma resistência verdadeira ao golpe, que continua nesse governo espúrio, passa por compreender isso. E formular novas bandeiras e forjar novas lideranças. A juventude entende isso melhor que os velhos.

Presença de partidos, sindicatos e 'Lula Livre' causa divergências em ato pela educação em SP

João Fellet, da BBC News Brasil em São Paulo

Enquanto sindicalistas discursavam no maior carro de som durante a manifestação contra o bloqueio de verbas para a educação nesta quinta-feira (30/5), em São Paulo, um grupo de seis estudantes do primeiro ano do ensino médio acompanhava as falas à distância.

Pareciam desconfortáveis com a presença de bandeiras de partidos e a defesa de outras causas por parte dos manifestantes, entre as quais a rejeição à reforma da Previdência e a liberdade para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

"Estou aqui porque critico o Bolsonaro, que faz um governo horrível e tira verba da educação. Mas não sou a favor do PT, que também prejudicou o país, e nem de Lula", disse Eric Freire, de 15 de anos, que participava pela primeira vez de um protesto contra a política educacional do governo.

"Aqui tem muitos sindicatos que, quando convém, apoiam os estudantes, mas que também apoiam políticos envolvidos em corrupção", afirmou a colega Ísis Cavalcante.

Autoridades não estimaram o número de pessoas presentes; para organizadores, foram "mais de 200 mil", muitos dos quais professores e estudantes. As manifestações ocorreram em várias cidades do país e sucederam protestos ocorridos em 15 de maio, confrontados por atos pró-Bolsonaro no último domingo.

Clique AQUI para ler a íntegra no saite da BBC Brasil.

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