sexta-feira, 10 de maio de 2019

Por que eles querem reformar a Previdência

A questão da reforma da Previdência é que ela não precisa ser reformada, mas ninguém diz isso. Ao dizer "ninguém" estou me referindo a políticos e partidos políticos, e a veículos de comunicação. Assim como tudo mais que Temer fez e o capitão está fazendo, a reforma da Previdência é uma bandeira ideológica. Não se trata de falência da Previdência, muito menos de retomar o crescimento, trata-se de defender interesses particulares dessa gente que está no poder.
Quem está no poder desde o golpe são fanáticos ideológicos, os liberais exaltados, evangélicos exaltados etc. Eles estão defendendo seus interesses particulares, querem dinheiro do Estado para eles, não querem que o Estado dê dinheiro para pobres. Nem em aposentadoria, nem em saúde, nem em educação, nem em transporte, nem em moradia, nem em seguro desemprego, nem em bolsa família.
É simples assim. Mas a esquerda capturada pelo neoliberalismo é incapaz de dizer não à reforma da Previdência e dizer claramente: "Queremos manter a Previdência como está, vamos tirar dinheiro dos banqueiros para sustentar a Previdência e a educação pública, a saúde pública, o transporte público, a moradia dos pobres, o bolsa família, a pequena propriedade rural, o ambiente, os territórios indígenas e tudo mais".

Empresas ligadas a deputados devem R$ 172 milhões à Previdência
Camilla Veras Mota, da BBC News Brasil em São Paulo.
Mesmo tendo passado pela maior renovação dos últimos 20 anos, a Câmara dos Deputados mantém uma característica que marcou as legislaturas anteriores – empresas ligadas a parlamentares devem cifras milionárias ao fisco e, em particular, à Previdência, cuja proposta de reforma tramita na Casa.
Um levantamento feito pela BBC News Brasil com dados obtidos via Lei de Acesso à Informação mostra que um em cada quatro deputados é sócio, diretor ou presidente de empresa com débito em aberto com a Receita Federal ou o INSS.
São 134 parlamentares, que somam uma dívida de R$ 487,5 milhões. A Previdência responde por mais de um terço desse valor: R$ 172 milhões em débitos de 61 empresas ligadas a 46 deputados. 

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